A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 46%, o maior índice desde janeiro deste ano, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20). Em julho, o índice ficou em 43%.
De acordo com os dados, a desaprovação do petista caiu três pontos percentuais em relação à rodada anterior, de julho, e agora está em 51%. Outros 3% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em termos comparativos, este é o melhor resultado apontado pela Quaest para o governo Lula desde janeiro de 2025, quando registrava 47% de aprovação, com desaprovação de 49%.
O crescimento da aprovação foi registrado de forma consistente. Lula ganhou apoio em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde o aumento foi de 7 pontos percentuais. A margem de erro regional considerada pelo levantamento é de 4 pontos percentuais.
Quando o recorte é por faixa de renda, a avaliação positiva do presidente cresceu principalmente entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, com a aprovação passando de 46% para 55%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.
A pesquisa também aponta que o governo Lula é visto como “melhor que o de Bolsonaro” por 43% dos entrevistados. Já 38% avaliam que está “pior” e 16% dizem que está “igual”.
O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, com margem de erro específica para cada estrato pesquisado, com variação 2 a 8 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Economia
Os dados indicam uma melhora na percepção da situação econômica do país, embora a avaliação negativa siga mais alta. Para 46% dos entrevistados, a economia piorou nos últimos 12 meses. No entanto, esse índice era de 56% em março, 48% em maio e 46% em julho. Uma queda geral de 10 pontos percentuais.
Outros 22% dizem que a economia melhorou nos últimos 12 meses. Essa percepção de melhora é maior no nordeste, no centro-oeste e no norte do Brasil.
Junto a essa melhora nas perspectivas da economia, os dados mostram que a redução no preço dos alimentos está sendo sentida pelas famílias brasileiras. Em março, 88% dos entrevistados disse que o preço dos alimentos subiu no último mês. Número que caiu para 79% em maio e 76% em julho. Na pesquisa atual, 60% dos entrevistados tiveram a mesma resposta. Uma queda de 22 pontos percentuais.
Porém, na contramão dos dados mais recentes sobre o mercado de trabalho no Brasil, 55% dos entrevistados avaliam que está mais difícil conseguir emprego. Índice que vem crescendo desde à pesquisa de março, quando o número era de 46% – passou a 55% em maio e 56% em julho. Outros 34% consideram que está mais fácil conseguir emprego.
