O tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve motivação política ou pessoal, na avaliação de 53% dos brasileiros, segundo pesquisa Genial Quaest, divulgada nesta terça-feira (20). Para 23% dos entrevistados, o líder estadunidense age por motivos econômicos; e 22% não souberam opinar.
Na avaliação, 69% dos entrevistados consideram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articulou o tarifaço com o governo Trump, também agiu por interesses pessoais.
No mesmo tema, 49% dos brasileiros avaliam que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está agindo para defender os interesses do país; 71% dos entrevistados consideram que Trump age mal ao impor tarifas de 50% aos produtos brasileiros; e 77% que o tarifaço vai impactar negativamente a vida.
Atuação de lideranças diante do tarifaço
Em julho, Trump anunciou uma taxação extra contra o Brasil, como retaliação ao país por conta dos processos criminais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje, tirando 694 exceções, todo produto exportado pelo Brasil aos EUA paga uma tarifa de 50%.
A solução para o tarifaço deve ser a negociação, para 67% dos brasileiros. Esse número teve aumento de 6 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em julho. Outros 26% acreditam que o Brasil deveria taxar reciprocamente os EUA.
A pesquisa também perguntou aos brasileiros sobre a atuação de lideranças políticas com relação ao tarifaço de Trump. O presidente Lula é quem está agindo melhor, na percepção dos brasileiros: 44% consideram que ele age bem, e 46% que ele age mal. Para 31%, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está agindo bem nessa situação. Outros 43% consideram que ele vai mal.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilham a mesma avaliação: 55% dos entrevistados avaliam que eles agem mal diante do tarifaço, e 24%, que agem bem. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), age mal com relação à taxação para 35% dos brasileiros. Outros 24% consideram que ele age bem.