A partir de agora, estudantes que solicitarem visto para entrar nos Estados Unidos deverão manter suas redes sociais abertas ao público durante todo o processo de análise consular. A medida, que já está em vigor, foi anunciada pela embaixada dos EUA no Brasil no domingo (24) e se aplica aos vistos das categorias F (acadêmico), M (técnico ou vocacional) e J (intercâmbio cultural).
A exigência é parte de um pacote de medidas adotadas durante o governo do republicano Donald Trump, que vem endurecendo os critérios de entrada para estrangeiros. Segundo o comunicado da embaixada, “obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito”.
Além da obrigatoriedade de perfis públicos nas redes, autoridades estadunidenses afirmaram que realizarão uma verificação “abrangente e minuciosa” da atividade digital dos candidatos, incluindo eventuais indícios de “antiamericanismo”. As diretrizes, no entanto, não esclarecem quais plataformas serão examinadas nem os critérios que podem levar à recusa do visto.
Medida já está em vigor no Brasil
Os agendamentos para entrevistas nos consulados brasileiros haviam sido temporariamente suspensos para adaptação às novas diretrizes, mas foram retomados nesta semana com os sistemas atualizados. Agora, além da análise documental, os candidatos passarão por uma triagem digital mais detalhada, incluindo a etapa de checagem das redes sociais.
A orientação oficial é que os solicitantes ajustem previamente as configurações de privacidade de seus perfis para o modo público. Caso contrário, podem enfrentar atrasos ou até impedimentos na concessão do visto.
As mudanças se restringem aos vistos utilizados por estudantes de universidades e instituições técnicas, além de participantes de programas de intercâmbio acadêmico e cultural. Não há informações oficiais sobre a ampliação da medida para outras categorias, como turismo, trabalho ou residência.
