O Secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, visitou neste domingo (14) o Muro das Lamentações, em Israel. Ele foi acompanhado pelo primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.
Rubio e Netanyahu colocaram orações escritas no Muro das Lamentações e visitaram escavações arqueológicas. O primeiro-ministro israelense se mostrou confiante na relação com os EUA: “Está tão forte e duradoura quanto as pedras do Muro das Lamentações que acabamos de tocar”.
O encontro acontece em um momento crítico: na última terça-feira (9), Israel atacou um complexo residencial no Catar, assassinando representantes do Hamas que estavam no país para negociações de cessar-fogo com Israel, além de um oficial do Catar.
No dia seguinte ao ataque, o primeiro-ministro catari Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani classificou a ação de Israel como “terrorismo de Estado”, afirmou que Netanyahu “acabou com a esperança” para os prisioneiros de Israel que ainda estão em poder do Hamas e ainda defendeu que o primeiro-ministro israelense deveria ser “levado à justiça”.
A agressão também foi mal vista pelo governo dos Estados Unidos, envolvido nas negociações de cessar-fogo em Gaza. Rubio e Trump se reuniram com o primeiro-ministro catari na sexta-feira (12) para discutir as consequências do ataque. Antes de embarcar, Rubio afirmou:“Obviamente, não estamos felizes com isso . O presidente não está feliz”. No entanto, ele garantiu que o incidente não iria “mudar a natureza da relação com os israelenses”.
Ele também disse que os projetos de Israel de expandir as colônias na Cisjordânia são “uma reação aos esforços ao redor do mundo pelo reconhecimento do Estado palestino“.
Na próxima Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece no dia 22 de setmbro, existe a expectativa de que o Estado palestino seja reconhecido por países aliados dos EUA, como Reino Unido, França, Canadá, Austrália e Bélgica.