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Bateu de frente

Em meio a aumento da militarização no Caribe, Petro diz que ‘não aceita ameaças’ dos EUA

EUA retiraram Colômbia da lista de países que colaboram no combate ao tráfico de drogas

18.set.2025 às 12h13
Brasília (DF)
Lorenzo Santiago
Petro convoca reunião de ministros latino-americanos para enfrentar ‘ingerência’ dos EUA

Petro disse que a estratégia de “contar mortos” não funciona, e é preciso ampliar a importância dos camponeses e pequenos produtores para ocupar as zonas rurais - Prensa Presidencial - Prensa Presidencial

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta quarta-feira (17) que não aceita ameaças dos Estados Unidos. A declaração se dá em meio ao aumento das ameaças estadunidenses no sul do Caribe e da retirada de Bogotá do certificado de combate às drogas.

O mandatário também afirmou que o governo de Donald Trump se engana pelas “máfias políticas” colombianas que levaram o país a uma guerra interna. Ele não explicou quem seriam esses grupos. 

“Não me ameacem. Estou esperando vocês aqui. Não aceito invasões, mísseis e assassinatos. Aceito inteligência. Venham falar com inteligência e receberemos vocês. Sem mentiras. Não se deixem enganar pelas máfias políticas colombianas que nos condenaram a 700 mil mortos, ao país mais desigual do mundo e a ter um maior nível de desigualdade. E eu estou solicitando isso e vocês estão se beneficiando. Queremos ajudar a entrar menos cocaína no seu país”, disse Petro.

O mandatário colombiano afirmou também que os EUA precisam corrigir a sua política de combate às drogas e afirmou que a Europa também pode aprender com os países sul-americanos a fazer esse enfrentamento. Segundo o colombiano, a estratégia de “contar mortos” não funciona, e é preciso ampliar a importância dos camponeses e pequenos produtores para ocupar as zonas rurais.  

A declaração de Petro vem na esteira de uma troca de postagens nas redes sociais. A embaixada dos EUA em Bogotá afirmou que a gestão do presidente colombiano é responsável pelo aumento do cultivo de coca e da produção de cocaína na América do Sul. 

“Sob a liderança equivocada de Petro, o cultivo de coca e a produção de cocaína na Colômbia atingiram níveis históricos. Os Estados Unidos agradecem às forças policiais e de segurança colombianas que estão enfrentando narcoterroristas e reconhecem sua coragem, habilidades e sacrifícios.”

Petro já havia respondido pelas redes sociais e disse que um dos principais responsáveis pelo aumento da produção no país foi a política do ex-presidente Iván Duque, que seguiu a política estadunidenses de fortalecer paramilitares e favorecer grupos organizados de tráfico de drogas. 

Retirada da certificação

A decisão dos EUA de tirar a Colômbia da lista de países que combatem o narcotráfico é o pano de fundo para toda a discussão entre Washington e Bogotá e tem impacto no financiamento para o governo colombiano.

A classificação dos países que cooperam com os EUA vem da Lei Antidrogas de 1986. A norma determina que a Casa Branca identifique os países que mais produzem as drogas que entram nos Estados Unidos e então fomenta ações para combater a produção nesses países. Entre as metas estipuladas pelo programa, também está o combate à lavagem de dinheiro, o suborno e a corrupção. 

A lei também orienta que os países processem pedidos de extradição relacionados a drogas para os EUA, além de cooperar com as agências policiais dos EUA. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a produção de cocaína aumentou 53% em 2023 e a área de cultivo de coca subiu para 253.000 hectares no mesmo ano.

Além do apoio militar, os EUA também financiam ações para o combate ao tráfico de drogas. O Escritório de Washington para a América Latina (WOLA) estima que a Colômbia recebeu mais de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) em ajuda do governo estadunidense em 2024.

A Colômbia tem sido, por décadas, um dos principais aliados de Washington na região. Em 1999, os EUA iniciaram o Plano Colômbia, cujo objetivo era ampliar o “combate à insurgência”. Os estadunidenses investiram US$ 1 bilhão (R$ 5 bi) em 2000, triplicando seu orçamento e representando 80% da assistência militar para toda a América Latina.

Nos anos 2000, com o desenvolvimento do Plano Colômbia, o país recebeu bilhões de dólares em assistência militar. No entanto, essa ajuda — juntamente com as sete bases militares que os Estados Unidos mantêm na Colômbia — não conseguiu reverter o grave problema das drogas.

A certificação era concedida à Colômbia desde 1997 com o ex-presidente Ernesto Samper. Analistas ouvidos pelo Brasil de Fato afirmam que o corte no financiamento pode ser de 30 a 40% dos recursos financeiros do governo colombiano no combate às drogas.

Petro também respondeu a essa decisão e disse que o país continuará com a política de combate da forma que acredita ser a correta, mas que a justificativa dos EUA é um “insulto ao país”. Ele também disse que aprendeu muito mais na política de combate ao tráfico do que “Iván Duque, amigo de Trump”. 

Ele reforçou também que a Colômbia conseguiu atingir números “históricos” de apreensões de drogas, em contraposição a uma política antidrogas “totalmente fracassada” dos Estados Unidos. 

“Trump, te faço o convite para abandonar suas amizades com as máfias da Flórida e nos ouvir, os governantes da América Latina. Precisamos falar cara a cara, sem mentiras, com inteligência e números reais”, disse.

Trump tem insistido na narrativa de que não só a Colômbia, mas principalmente, a Venezuela é responsável pela entrada de drogas nos Estados Unidos. Ele, no entanto, não apresentou provas para isso. O relatório da ONU sobre drogas de 2025 contradiz os argumentos do republicano. Segundo a organização, cerca de 87% da droga produzida na América do Sul sai pelo Oceano Pacífico e apenas 5% tenta sair pelo Caribe.

Editado por: Nathallia Fonseca
Tags: colômbiadonald trumpdrogasestados unidoseuaguerra às drogasgustavo petromilitarestráfico de drogasvenezuela

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