Às vésperas do início da 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Reino Unido, Canadá e Austrália fizeram declarações neste domingo (21), reconhecendo a existência do Estado palestino.
O presidente francês, Emmanuel Macron, articulava nos bastidores um movimento em massa de países para o reconhecimento formal da Palestina. A França, inclusive, deve fazer o mesmo durante a Assembleia da ONU.
Segundo Keir Starmer, primeiro ministro do Reino Unido, “diante do crescente horror no Oriente Médio, agimos para manter viva a possibilidade de paz e uma solução de dois Estados. Isso significa um Israel seguro e protegido ao lado de um Estado palestino viável”.
Antes, em julho, Starmer já havia afirmando que faria o reconhecimento, caso Israel não adotasse um cessar-fogo em Gaza. Ao contrário, o estado israelense tem intensificado o genocídio do povo palestino, com uma ação terrestre que, segundo a Associated Press, matou 34 pessoas, incluindo crianças, na noite de sábado (20).
Mark Carney, primeiro-ministro canadense, também reconheceu formalmente a Palestina neste domingo. Carney explicou que “o Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece nossa parceria na construção da promessa de um futuro pacífico tanto para o Estado da Palestina quanto para o Estado de Israel”,
Já o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse em comunicado que o reconhecimento é” um esforço internacional para uma solução de dois Estados”.
Além dos três países deste domingo, nove países já haviam feito movimento semelhante desde a intensificação do genícido em Gaza: Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia, Bahamas, Jamaica, Barbados, Armênia e Trinidad e Tobago.
Outros países como Malta, Bélgica e Luxemburgo também devem formalizar o reconhecimento da Palestina durante a Assembleia da ONU.
Genocídio prolongado
Os ataques desta madrugada atingiram o sul de Gaza. Em um quarteirão residencial da zona sul da cidade, Mosallam Al-Hadad, afirmou que perdeu sua nora, grávida e dois netos. “A mãe, o menino, a menina e o bebê em seu ventre. Encontramos todos mortos”, contou. Seu filho também foi ferido de forma grave.
Segundo o hospital que recebeu os corpos de mais uma ofensiva isralense, um enfermeiro da unidade de saúde estava entre os mortos, juntamente com sua esposa e três filhos.