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Início Socioambiental

investimentos

Após cair ao pior nível sob Bolsonaro, orçamento de gestão ambiental quadruplica no governo Lula

Reforço no orçamento ampara queda do desmatamento; incêndios ainda é desafiador em cenários de El Niño e estiagem

25.set.2025 às 05h00
São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas
Lula cobra que países atualizem metas de redução de emissões antes da COP30

Lula participou de reunião sobre clima que acontece em Nova York - Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

Depois de chegar ao piso da série em 2022, com cerca de R$ 3,5 bilhões em valores liquidados e corrigidos pela inflação, o orçamento federal da função Gestão Ambiental quadruplicou em dois anos. Em 2024, alcançou aproximadamente R$ 15,3 bilhões — um salto de 4,35 vezes no período. Os dados compreendem um período de nove anos, entre 2016 e 2024.

Esse recorte orçamentário reúne fiscalização e comando e controle, combate a incêndios, licenciamento, manejo e administração de unidades de conservação, obras e infraestrutura ambiental, pesquisa e conservação da biodiversidade, gestão florestal, segurança hídrica e ações socioambientais em territórios indígenas e quilombolas. Inclui ainda iniciativas voltadas à redução de agrotóxicos e projetos de mitigação e adaptação climática.

No cenário internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta semana, em discurso na Assembleia Geral da ONU, um aporte brasileiro de US$ 1 bilhão a um novo fundo global para florestas tropicais. O gesto sinaliza o papel que o Brasil pretende apresentar ao sediar a COP30, em novembro, em Belém (PA).

Em casa, os primeiros resultados começam a aparecer. Dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam queda de 30,6% no desmatamento da Amazônia em 2024, com 6.288 km² desmatados, contra 9.064 km² em 2023. Trata-se da menor taxa desde 2018 e de um indício de retomada da política de comando e controle.

No entanto, os incêndios permanecem como desafio. O Inpe registrou números elevados em 2024, influenciados pela seca severa e pelos efeitos do El Niño. Especialistas destacam que a pressão do fogo responde não apenas à fiscalização, mas também a variáveis climáticas e sazonais.

O que é “Gestão Ambiental”

A função Gestão Ambiental, identificada pelo código 18 no Orçamento Federal, agrega todas as ações finalísticas e de apoio relativas a meio ambiente e clima em diferentes ministérios e autarquias. O escopo vai do licenciamento e fiscalização até obras de infraestrutura ambiental, passando por pesquisa e biodiversidade, segurança hídrica, gestão de florestas e ações socioambientais em territórios indígenas e quilombolas.

Segundo Adriana Pinheiro, assessora de incidência política do Observatório do Clima, esse recorte é estratégico. “Quando a gente pega esse extrato, ele é muito legal para ver de forma mais ampla a área ambiental. Ele pega meio ambiente e clima, mas também saneamento e recursos hídricos. Então é excelente para enxergar a política ambiental como um todo.”

Esse recorte permite observar a política ambiental em sentido amplo. A média de R$ 9,9 bilhões nos anos de 2023 e 2024, sob Lula, contrasta com os R$ 4,3 bilhões do governo Bolsonaro e os R$ 5,2 bilhões registrados no período Temer.

Fiscalização e combate a incêndios

Dentro da função 18, algumas rubricas concentram o núcleo do comando e controle ambiental. São ações ligadas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

No Ibama, os orçamentos destinados à fiscalização e à prevenção e combate a incêndios foram reforçados. Em 2024, juntas, alcançaram R$ 322 milhões, alta de 165%. Com relação às rubricas ligadas ao ICMBio, a fiscalização foi reforçada, mas o combate a incêndios decaiu no período mais recente

Segundo Adriana Pinheiro, há um reforço financeiro perceptível destinado ao meio ambiente. “Existe uma correlação entre o aumento orçamentário e a melhora dos indicadores. Quando há investimento, a política tende a se tornar mais efetiva. Mas não é associação direta, o resultado depende de capacidade institucional e coordenação federativa”, explica.

Falta “engenharia institucional”

Mesmo com o reforço orçamentário, a presença do Estado em campo continua limitada pelo déficit de pessoal. O Ibama contava com cerca de 1.800 agentes fiscais em 2009. Em 2021, esse número caiu para 630 e, em junho de 2025, estava em 771.

A queda na força de trabalho impactou o número de autos de infração: foram 19,6 mil em 2010 contra 8,4 mil em 2021, uma redução de 55%. Segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema), o déficit chega a 50,9% entre analistas ambientais e 82,6% entre analistas administrativos. No ICMBio, apenas 55% do quadro previsto está ocupado, e mais da metade já reúne condições para aposentadoria.

“Não é só dinheiro”, reforça Adriana Pinheiro. “Falta pessoal, capacidade técnica e coordenação entre União, estados e municípios. Cada bioma demanda um desenho específico. A Amazônia concentra o desmatamento ilegal; o Cerrado exige outra abordagem para o fogo e a sazonalidade. Sem essa engenharia institucional, o ganho não se sustenta.”

Para o Observatório do Clima, a experiência reforça a necessidade de blindar as políticas ambientais contra flutuações políticas. “Meio ambiente e clima precisam ser tratados como política de Estado. Desmontar é rápido; reconstruir é lento”, resume Pinheiro.

Economia da floresta em pé

Entre as propostas defendidas pelo Observatório do Clima estão a criação de marcadores orçamentários ambientais, que conectem planos a linhas de gasto, e a blindagem contra contingenciamentos. A entidade também propõe discutir um percentual mínimo para emendas parlamentares voltadas ao clima e à adaptação, referência que poderia variar entre 5% e 10%.

Outra prioridade é a recomposição de quadros por meio de concursos regulares, capacitação técnica e fortalecimento do poder de polícia, garantindo aplicação de multas e embargos. Também ganha relevância o estímulo a uma “nova economia da floresta em pé”, baseada em bioeconomia, valorização de serviços ecossistêmicos, intensificação sustentável em áreas já abertas e fortalecimento comunitário.

Para a assessora de incidência política Adriana Pinheiro, o debate sobre sustentabilidade passa pela revisão do modelo econômico: “A expansão desordenada sobre vegetação nativa é incompatível com o futuro. A alternativa combina floresta em pé, bioeconomia e renda de baixo impacto. E isso exige tanto recursos estáveis quanto instituições fortalecidas.”

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: amazôniabolsonaroibamaicmbiolula
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