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PARA CADEIRAS VAZIAS

Em plenário da ONU esvaziado, Netanyahu nega genocídio, fome em Gaza e rejeita ideia de Estado palestino

Discurso de procurado por crimes de guerra foi transmitido para toda a população de Gaza, vítima de genocídio

26.set.2025 às 13h43
São Paulo (SP)
Rodrigo Durão Coelho
Em plenário da ONU esvaziado, Netanyahu nega genocídio, fome em Gaza e rejeita ideia de Estado palestino

Para cadeiras vazias: representantes internacionais boicotaram fala de israelense, procurado pelo Tribunal Penal Internacional - ANGELA WEISS / AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou no plenário da Assembleia Geral da ONU que seu país conduza genocídio ou mesmo induza a fome na Faixa de Gaza, a ideia de um Estado palestino e condenou a inédita onda de reconhecimento da Palestina por aliados ocidentais. O discurso dessa sexta-feira (26) foi marcado pela saída de dezenas de delegados internacionais que esvaziaram o recinto antes da fala de Netanyahu, inclusive a delegação brasileira.

À Folha de S. Paulo, um diplomata brasileiro disse que a medida foi tomada pelo descumprimento da ordem de prisão contra Netanyahu emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e por Israel rotular o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “persona non grata” após comparar o tratamento genocida em Gaza à forma como os nazistas trataram judeus na Segunda Guerra Mundial. Vaiado ao entrar no plenário esvaziado, os poucos aplausos recebidos por Netanyahu vinham quase em sua totalidade da própria delegação israelense.

O discurso de Netanyahu foi transmitido por carros de som e alto-falantes por toda a Faixa de Gaza, com a justificativa de Netanyahu de que estava falando “aos reféns mantidos na Cidade de Gaza“. O pronunciamento, no entanto, foi ecoado por todo o território palestino, no que analistas apontaram semelhanças com métodos de imposição de propaganda política usados pela Alemanha nazista contra judeus em territórios ocupados na Segunda Guerra Mundial.

Acima, carro equipado com equipamento de som para transmitir na Faixa de Gaza discurso de Netanyanu na ONU; abaixo, Cartaz em caminhão anuncia o filme antissemita “Judeus Sem Máscara”, da Diretoria de Propaganda nazista | Foto: Reprodução/Telegram/Arquivo Fotográfico de História Contemporânea

No discurso, Netanyahu afirmou que Israel “destruiu a maior parte da máquina terrorista” do Hamas e busca “finalizar o serviço o mais rápido possível” em Gaza. Ele elogiou o ataque ao programa nuclear do Irã e o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Netanyahu usou um broche com QR Code que direcionava para um site com “atrocidades” do Hamas, fez um “quiz” sobre terrorismo e criticou o “evaporamento” do apoio internacional a Israel.

“Esta semana, os líderes da França, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá e outros países reconheceram incondicionalmente o Estado Palestino. Fizeram isso após os horrores cometidos pelo Hamas em 7 de outubro – horrores elogiados naquele dia por quase 90% da população palestina”, afirmou.

“Vocês sabem qual mensagem os líderes que reconheceram o Estado palestino esta semana enviaram aos palestinos?”, disse Netanyahu. “É uma mensagem muito clara: assassinar judeus compensa.”

A fala de Netanyahu ocorre alguns dias após dezenas de países, incluindo França, Reino Unido, Canadá e Austrália, reconhecerem formalmente o Estado da Palestina em uma cúpula sobre o futuro da solução de dois Estados. Embora pelo menos 151 dos 193 membros da ONU já tenham dado este passo, Netanyahu insiste que “não haverá um Estado palestino”.

Desmentidos

O discurso de Netanyahu foi repleto de afirmações controversas ou contestadas, entre elas, a de que a de que seu governo “não esqueceu” os prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas desde 2023. Mas numerosas manifestações em Israel acusam o premiê de colocar a vida deles em segundo plano, ao se recusar a negociar e prosseguir com ataques violentos contra Gaza.

Netanyahu também alegou que os líderes mundiais sucumbiram à “pressão de extremistas islâmicos”, mas tanto a opinião pública global como tais chefes de Estado vem se mostrando indignados com as escala da violência israelense contra a população civil palestina, a grande maioria das vítimas em Gaza. O premiê israelense disse ainda que o Hamas “impede os moradores de Gaza de sair”, contradizendo sua própria declaração de que 700 mil pessoas foram deslocadas.

Em sua fala ele afirmou que a ocupação não estava buscando um genocídio “porque pedia aos civis que saíssem”, mas a enorme quantidade de explosivos — calcula-se cerca de 200 mil toneladas — lançadas sobre bairros residenciais e hospitais levou respeitadas entidades internacionais a classificarem o que ocorre em Gaza como genocídio.

Netanyahu acusou o Hamas de roubar comida e ajuda humanitária, dizendo que Israel “vem alimentando a população de Gaza”. No entanto as mais de 300 pessoas que já morreram de fome e os massacres diários cometidos por militares israelenses, que abrem fogo na multidão de famintos que buscam ajuda, contam outra história.

Cisjordânia e protestos em Nova York

Netanyahu também já declarou que seu governo planeja expandir os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada e seus ministros de extrema direita, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, vão além e pedem a anexação do território. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se posicionou publicamente sobre o assunto pela primeira vez na quinta-feira (25), após se reunir com o chefe de governo israelense.

“Não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Não, não permitirei. Isso não acontecerá”, declarou. O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Fayçal bin Farhane, ecoou o magnata estadunidense, afirmando que “países árabes e muçulmanos deixaram claro ao presidente [Trump] os perigos de qualquer anexação da Cisjordânia e os riscos que isso representaria não apenas para a eventual paz em Gaza, mas também para qualquer paz duradoura”.

Netanyahu foi recebido com protestos em Nova York, na quinta-feira. Pouco antes da meia-noite, 14 pessoas foram detidas em uma manifestação “Proibido Dormir para Netanyahu” perto de seu hotel no Upper East Side, o Loews Regency, e receberam intimações por barulho excessivo, informou a polícia.

Comunidade judaica de Nova York protesta em frente a hotel onde Netanyahu se hospedou em Nova York / Leonardo MUNOZ / AFP)

“Criminosos de guerra não merecem paz, não merecem dormir. Estamos aqui para lembrá-los, a cada minuto, a cada segundo, de tudo o que fizeram”, disse Andrea Mirez à AFP, entre outros manifestantes que faziam barulho perto do hotel onde Netanyahu está hospedado.

Manifestações contra o governo israelense e em apoio aos direitos palestinos tornaram-se comuns em campi universitários e nas principais cidades dos Estados Unidos durante o cerco a Gaza, que se seguiu ao ataque do Hamas a Israel em 2023. Mais de 65 mil palestinos foram mortos em Gaza.

Pesquisa realizada pelo jornal The New York Times e pela Universidade de Siena neste mês indica que na cidade de Nova York — lar da maior população judaica fora de Israel — apenas 26% dos eleitores registrados simpatizavam mais com Israel do que com os palestinos, enquanto 44% simpatizavam mais com os palestinos.

Esperança de fim do genocídio

O discurso ocorre em um momento em que as esperanças de paz estão depositadas em um novo plano que Trump apresentou esta semana aos países árabes e muçulmanos. A proposta inclui 21 pontos, que incluem um cessar-fogo permanente em Gaza, a libertação dos prisioneiros israelenses, a retirada israelense do enclave e um futuro governo em Gaza sem o Hamas, cujo ataque em 7 de outubro de 2023 desencadeou o genocídio.

Privado de visto pelas autoridades americanas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, discursou por vídeo na ONU na quinta-feira, repetindo os compromissos assumidos há alguns meses para convencer a França, entre outros, a reconhecer o Estado da Palestina.

“O Hamas não terá nenhum papel a desempenhar na governança e deve entregar suas armas à Autoridade Palestina”, afirmou ele com firmeza.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, também condenou os ataques de 7 de outubro e o antissemitismo, que ele não quer que seja confundido com “a solidariedade à causa palestina”.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: gazagenocídioisraelnetanyahuonu
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