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‘Você vai se sentir na pele dos perseguidos políticos’, diz Thomás Aquino sobre filme O Agente Secreto

Nascido no Recife (PE) Aquino também comenta sobre como foi interpretar o protagonista de Guerreiros do Sol

‘Pacote’ em Bacurau, Josué em Guerreiros do Sol e Mário Sérgio em Vale Tudo, o ator Thomás Aquino também faz parte do elenco de Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça premiado em Cannes e que será exibido no Brasil pela primeira vez nesta quarta-feira (10), no Recife. 

Em entrevista ao Conversa Bem Viver, o artista comenta sobre as expectativas com o novo lançamento e explica qual deve ser o elemento central da narrativa. “É um filme sobre o lado psicológico da ditadura, mostrando algumas atrocidades e perseguições políticas. O filme trata da ditadura de uma forma que você vai entrar e  se sentir na pele da pessoa perseguida. Vai ter aflição, ação e drama.”

Nascido na capital pernambucana, Aquino também avalia como foi interpretar o protagonista de Guerreiros do Sol, Josué, que é uma figura inspirada em Virgulino Lampião. A novela conta a história do movimento do cangaço no Nordeste brasileiro. “Representar esse personagem é muito bom porque eu me sinto em casa”.

“Quando eu escutava as histórias do cangaço, achava a ideologia fantástica,  fundamental, porque ela quer bater de frente com um sistema de opressores, que incluiu os coronéis e a polícia corrupta, enquanto o povo se lascava”, afirma. 

O ator também comenta sobre os bastidores das gravações da reta final da novela Vale Tudo. 

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato – Você interpreta Josué em Guerreiros do Sol,  que apresenta o que foi o cangaço no Nordeste do Brasil sem reduzir o movimento ao vilanismo ou ao heroísmo. Como é ser um ator nordestino participando desse processo?

Thomás Aquino – É uma obra bem nordestina mesmo e um dos autores é Jorge Moura, que é de Pernambuco também, de Recife. Tudo isso facilita para que a gente tenha um enredo nordestino. Já tivemos muitas novelas na teledramaturgia nacional com cenas no Nordeste, mas os atores são sudestinos. Eu não tenho nada contra isso, mas acho que podemos equilibrar a balança.

Guerreiros do Sol mostra que atores nordestinos são muito talentosos. Temos muito talento no nosso Nordeste. Me chamaram para ser esse protagonista, o Josué, representando um cara que seria baseado em Virgulino Lampião, e, para mim, é uma grande honra.

Lampião era um cara sobre quem eu escutei várias histórias. Desde criança sabia mais ou menos do seu paradeiro, no sentido de conhecer um pouco mais sobre as suas histórias. Representar esse personagem é muito bom porque eu me sinto em casa. É claro, por exemplo, que eu tive aulas de prosódia. Por mais que eu seja nordestino, pernambucano, recifense, e fale com meu sotaque, a prosódia na década de 20 era diferente. Mas ainda assim é o meu sotaque. 

A produção pensou em tudo isso para que a gente pudesse mostrar o talento nordestino. Claro, chamamos também pessoas sudestinas, que estudaram para fazer os personagens. As pessoas do Sudeste podem fazer, mas primeiro temos que equilibrar a balança. Guerreiros do Sol mostra isso, se eu não me engano, com mais de 60% da equipe do elenco geral formada por nordestinos. Isso é maravilhoso e mostra que temos potencial e talento. Damos conta e podemos representar uma história que é nossa.

Quem foi Lampião? Guerreiros do Sol acerta na forma como o retratou?  

Os autores da série fizeram a opção de baseá-la no livro de Frederico Pernambucano de Mello, Guerreiros do Sol, que eles usaram como base para construir essa história. Eles quiseram também colocar ficção para ter mais liberdade de criar novos diálogos, diálogos inclusive que têm vozes mais recentes, mais fortes,  como o feminismo. Sempre houve feminismo, mas hoje em dia está com mais força. 

Na história, Maria Bonita morre com o Lampião, mas, na série, a personagem Rosa, interpretada por Isadora Cruz, sobrevive e vira uma grande líder. Isso eu acho muito interessante de ser descrito também.

Quando eu escutava as histórias do cangaço, achava a ideologia fantástica,  fundamental, porque ela quer bater de frente com um sistema de opressores, que incluiu os coronéis e a polícia corrupta, enquanto o povo se lascava porque não tinha poder, não tinha força. Só quem tinha poder sobrevivia naquela época.  O cangaço surge para bater nisso.

Mas, é claro que a ideologia se perde quando o poder realmente é dado a esses homens, porque o poder mexe com a cabeça dos homens. Em qualquer lugar a gente vê isso, inclusive na política atual, com os Estados Unidos, por exemplo, agindo como se fossem um “macho alfa”. Parecem crianças governando os seus países. E eu não sei nem se eu posso dizer sobre crianças, porque elas talvez não tenham a capacidade de ser tão ruins.

Mas eu acho que o acerto dessa novela é mostrar um pouco da história de como o cangaço começou, em relação a esse personagem Josué, que é baseado em Virgulino Lampião. Antigamente era assim,  as pessoas queriam entrar no cangaço por vingança, porque alguém matou alguém, etc, e a beleza dessa novela é que Josué mostra sempre uma luz, porque ele quer bater de frente com esse sistema, mas também se deixa doar para o amor de Rosa.

O homem bruto que ele se tornaria cede, porque, no fundo, ele não é assim. No fundo, ele está ali pela vingança do pai, mas Rosa mostra um outro caminho. A novela também traz essa dramaturgia que eu acho bonita.

Vemos realmente Josué ajudando as pessoas, dando comida, usando a inteligência que o Lampião tinha. Preferia não batalhar com armas e sim com a inteligência. Mas existiam vários subgrupos de Lampião e entre esses subgrupos cada um tinha um líder e entre esses líderes cada um fazia suas atrocidades. Era nisso que o cangaço e a ideologia se perdiam.

Essa novela tem vários acertos, mostra o feminismo e os vários possíveis amores (entre homens e mulheres, mulheres com mulheres, homens com homens). Várias bandeiras foram levantadas. Isso é fantástico em uma grande teledramaturgia.

Estão cada vez mais presentes nas telenovelas da Globo atores do Nordeste, mantendo o sotaque, mesmo que a trama ainda se passe no Rio de Janeiro. É o caso da sua interpretação de Mário Sérgio em Vale Tudo. O próximo passo seria deslocar o eixo de produção do Sudeste e chegar também a outras capitais do país?

Eu sempre bati na tecla de “por que não usar o meu sotaque?”. Por que não usar o meu canto? O Brasil é plural. Cada um tem sua regionalidade, seu canto, seu sotaque, e isso é lindo.

É maravilhoso podermos escutar e dizer: “rapaz, que coisa bonita você está falando. Poxa, fala um pouquinho mais”. Assim podemos conhecer um ao outro. E, quando não está descrito pelos autores e roteiristas que o personagem nasceu no Rio Grande do Sul, por exemplo, especificando a regionalidade dele, por que eu não poderia usar meu sotaque?

Por que eu não posso ser um cara que nasci em Recife, morei minha vida inteira lá, mas vim trabalhar no Rio Grande do Sul, como é o caso do Mário Sérgio? Quando eu comecei a conhecer essa história com a autora Manuela Dias e com o diretor Paulo Silvestrin, perguntei: “em relação ao sotaque, vocês tem alguma questão?”. Ela respondeu: “não. Achamos o seu sotaque maravilhoso e vai agregar muito para a novela”.

Eu achei isso muito bonito deles, porque é um personagem que ela escreveu, inclusive incluindo uma fala minha em que eu digo que sou do Recife. Eu me emocionei com isso e quando li o roteiro, disse: “caramba, eu não me lembro de ter visto um ator na novela falar que é de Recife e manter o sotaque de Recife”.

É legal, porque é um personagem que descreve também que já morou fora, que morou em São Paulo, que morou não sei aonde, e isso é basicamente o Thomás. Eu moro em São Paulo há nove anos e não perdi meu sotaque. Existem pessoas que moram há não sei quantos anos em outras cidades e que não perdem seu sotaque. Então, por que não manter também essa realidade nas novelas? 

Foi muito bacana poder trazer isso e muitas pessoas me escrevem no Instagram ou me mandam outras mensagens falando: “caramba, que massa que você mantém seu sotaque. Estou feliz de ver Recife na tela”. Pode parecer pequeno, mas é muita  representatividade. Isso me emociona de certa maneira.

Seria interessante uma novela sobre Chico Science, por exemplo, sobre o turismo do Nordeste, de Recife, de Alagoas, de qualquer lugar que seja do Nordeste, para mostrar também outras coisas. Seria legal ter isso em uma teledramaturgia nacional, falando sobre a história de qualquer outra parte da região do Nordeste. 

Junto de Wagner Moura, você também está no elenco de Agente Secreto, filme premiado internacionalmente de Kleber Mendonça que será exibido pela primeira vez no Brasil nesta quarta-feira (10), noRecife. Você acha que o filme está mais para Bacurau, no qual também atuou, ou para Ainda Estou Aqui?

Eu acho que ele tem um misto dos dois, porque os filmes de Kleber têm um viés político muito forte. Ele tem uma visão política muito forte. Bacurau retrata questões muito interessantes de quase colonização, dessas pessoas que vieram de fora e que não pesquisam sobre onde estão pisando.

Agente Secreto vai falar muito sobre a ditadura em um outro viés, não em relação à violência tão física, mas em relação à violência psicológica que Ainda Estou Aqui também retrata.

Vamos ver muita coisa interessante nesse filme brilhante, protagonizado por Wagner Moura e que lhe rendeu o prêmio de melhor ator em Cannes, um feito maravilhoso para nosso Brasil. 

Meu personagem está dentro dessa dramaturgia assim como tantos outros grandes artistas que fazem parte do filme. No roteiro, o personagem de Wagner leva o filme, mas ele se encontra com outros e eu sou um deles, junto com Maria Fernanda Cândido. Temos uma cena de embate entre nós três no filme.

Meu personagem está ali para, de uma certa maneira, apoiar o personagem de Wagner Moura. Eu não posso dar muitos spoiler ainda, mas eu tenho um papel que também é fundamental na história para levantar o personagem de Wagner. 

Mas é um filme que vai falar sobre mais esse lado psicológico da ditadura, mostrando, de fato, algumas atrocidades e perseguições políticas em relação a pessoas que queriam melhorar o nosso mundo. Essas pessoas são perseguidas, refugiadas política.

O filme trata a temática da ditadura de uma forma que você vai entrar e  se sentir na pele, no psicológico, da pessoa perseguida. Então, vai ter aflição, ação, drama, um drama sobre como essa pessoa sobrevive em meio ao caos. Está muito bacana e foi muito aplaudido em Cannes. Infelizmente eu não pude ir, mas eu estive lá estando aqui.

Assisti muitos vídeos ao vivo, troquei mensagem com as pessoas da produção, alguns amigos estavam lá, como Alice Carvalho. É um filme muito bacana, mais uma crescente de Kleber, depois de O Som ao Redor, Aquarius, Retratos Fantasmas e Bacurau

Vamos lotar as salas de cinema, porque é um filme massa, nacional. Vamos pegar essa levada. Temos o Ainda Estou Aqui que ganhou prêmios, o filme O Último Azul também, enfim, os filmes nacionais estão crescendo, estamos fazendo essa revolução no cinema nacional,  e o Agente Secreto vem só para manter esse pique.

Voltando para Vale Tudo, como você avalia a inserção de artistas negros na trama? O que você achou das declarações de Taís Araújo, que revelou incômodo com o fato de que sua personagem perderia a empresa e voltaria a vender sanduíches na praia?

O protagonismo negro está se repaginando e se renovando. Isso é um grande avanço, mas ainda falta muito para equilibrar essa balança, como disse anteriormente.  Em relação à Taís, acredito que a fala dela tenha relação com a questão  social. Mas é ela quem pode falar mais sobre o pensamento dela. Eu não vejo assim uma questão com a autora, mas eu vejo mais uma questão social.

Precisamos refletir  sempre sobre essa luta, essa guerra, essa questão da ascensão que cai, como as pessoas pretas sempre quando estão em ascensão  caem. Que sociedade é essa em que vivemos em pleno século 21? Onde está o equilíbrio? Eu acho que tem toda uma revolta social.

Mas muito jornalismo às vezes faz sensacionalismo e deixa uma matéria de uma maneira que, quando a gente vai ler, só lê a manchete e não se aprofunda nas questões. Isso também é muito triste no nosso país. 

Existe uma ansiedade do público sobre quem vai matar Odete Roitman. O elenco de Vale Tudo também pensa nisso?

Com certeza. O clima está sempre assim. Vamos lendo o roteiro quando chega e quando pode, porque são muitos itens secretos que até os próprios artistas, nós, atores, não conhecemos, como as cenas dos outros núcleos.

Mantemos esse segredo sobre quem vai matar Odete e, como vai chegando, gera sempre a expectativa, né? Mas eu estou muito feliz. Acho que eu não posso dizer quem vai matar a Odete, até porque eu não sei ainda. O que eu posso dizer é que o cerco está fechando. A novela também está chegando no seu fim. Muitas cenas estão sendo secretas e até os próprios atores ficam nesse negócio de: “meu Deus do céu, quem será?”. Fica um pouco de tensão no set, o que é maravilhoso.

Acho que a partir de agora, que deve estar no capítulo 130 na TV, a novela vai ganhar um outro pique, maior ainda do que já estava ganhando. Vamos ficar mais ansiosos para ver esse final dessa novela. Aguardem os próximos capítulos.

Conversa Bem Viver

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