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GREVE GERAL

Crise no Haiti expõe fracasso da “ajuda humanitária” dos EUA ao país caribenho

Protestos contra o governo haitiano continuam, apesar da suspensão do aumento no preço dos combustíveis exigida pelo FMI

11.jul.2018 às 15h35
Updated On 01.fev.2020 às 18h44
São Paulo (SP)
Redação
Os haitianos rechaçam as exigências do FMI para um acordo de “ajuda humanitária" que exige o fim dos subsídios aos derivados de petróleo

Os haitianos rechaçam as exigências do FMI para um acordo de “ajuda humanitária" que exige o fim dos subsídios aos derivados de petróleo - Tereza Sobreira

Centenas de pessoas protestam no Haiti desde a última sexta-feira (6) contra o aumento nos preços da gasolina, do petróleo e do querosene. O aumento se deve a uma medida acordada em fevereiro entre o governo do país e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A medida de “ajuste” exigida pelo FMI envolvia o aumento da gasolina em 38%, do diesel em 47% e da querosene em 51% – este último utilizado pela maioria dos haitianos para iluminação, pois não há eletricidade na maioria das casas.

Esta decisão está relacionada a um acordo de “ajuda humanitária” entre o governo do Haiti e o FMI realizado sem o consentimento da população, como parte de um programa de ajustes cujo propósito era colocar um fim no subsídio aos produtos derivados do petróleo com o pretexto de reduzir o déficit no orçamento do governo e “estabilizar” a economia.

Os protestos contra a medida foram imediatos porque o acesso ao combustível só é possível graças aos subsídios oferecidos pelo governo. A maioria dos haitianos ainda vive na pobreza extrema, em um país com alto índice de desemprego e alta inflação.

Origem da dívida

A dívida do Haiti com o FMI começou após o terremoto de 2010, que causou a morte de mais de 200 mil pessoas e perdas materiais enormes, quando a organização financeira realizou um “empréstimo” de 114 milhões de dólares ao país caribenho, que deveria começar a ser devolvido após cinco anos e meio.

A calamidade que atravessou o país também abriu a oportunidade para a “ajuda humanitária” da ONU, que passou a controlar o Haiti a partir da MINUSTAH, com a presença de 7 mil soldados e policiais. Após a chegada da missão da ONU, o país sofreu também uma epidemia de cólera que matou mais de 8 mil pessoas, segundo os dados oficiais, e mais de 30 mil pessoas, segundo estudos independentes. Soma-se a esta catástrofe os furacões Matthew e Irma, de 2016 e 2017, depois dos quais milhares de pessoas perderam suas casas e desde então continuam vivendo em acampamentos.

O terremoto serviu de motivação para uma nova intervenção “humanitária” dos Estados Unidos no Haiti, onde anos antes, entre 1951 e 1986, foi responsável por implementar a ditadura dos Duvalier para controlar e saquear os recursos naturais da ilha caribenha.

Ajuda fraudulenta

A intervenção estrangeira acabou se tornando uma fraude econômica porque enquanto o país seguia sofrendo as consequências do terremoto, os milhões de dólares de “ajuda humanitária” do FMI nunca chegaram à população. Quase 90% do financiamento foi parar na mão de organizações estrangeiras, entre elas, a Fundação Clinton. A dívida externa do Haiti está estimada em 890 milhões de dólares e entre os maiores credores estão, além do FMI, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Diante das reações desencadeadas nos últimos dias contra o aumento no preço dos combustíveis, o presidente haitiano Jovenel Moïse reverteu a decisão no sábado (7) e determinou que a população voltasse para suas casas. No entanto, os protestos continuaram em diversas cidades, na capital do país, Porto Príncipe, e em outras cidades. Três pessoas morreram devido aos confrontos com a polícia.

Neste cenário, sindicatos do país, com o apoio de diversas organizações populares rurais e urbanas e grupos de oposição ao governo realizaram uma greve geral nesta segunda e terça-feira (9 e 10) e paralisaram o transporte.

Saídas e movimentos sociais

Na avaliação dos movimentos populares, é preciso manter a pressão para exigir a saída do presidente de Moïse e do primeiro-ministro haitiano, Jack Guy Lafontant. Além da pressão dos manifestantes, o governo enfrenta também uma cisão interna na base do governo, e alguns setores da burguesia comercial que dependem da importação de produtos da República Dominicana também exigem a saída do presidente por ter aumentado as taxas alfandegarias.

Diante da atual crise política no país, começam a se delinear cenários possíveis caso o governo renuncie. Uma delas seria a reocupação do território haitiano por parte das tropas de ocupação da da MINUJUSTH [Missão da ONU para o Apoio à Justiça no Haiti, iniciada após o final da MINUSTAH], o que, na avaliação dos movimentos populares do país, representaria um retrocesso diante da atual parcial desmilitarização. A outra possibilidade seria a formação de um governo de transição e a convocação de novas eleições no país em três meses. A terceira via, considerada a mais difícil neste momento, seria a convocação de um diálogo nacional.

Devido à instabilidade no país, as autoridades da República Dominicana, país vizinho do Haiti, reforçaram a segurança nas fronteiras da ilha, com envio de tropas terrestres e patrulhas aéreas para evitar uma nova onda migratória. O país limítrofe é conhecido por aplicar uma política de repatriações forçada e de violência xenofóbica contra o povo haitiano.

*Com informações da Telesur e da Alba Movimentos

Editado por: Pedro Ribeiro Nogueira | Tradução: Luiza Mançano
Tags: gasolinapetróleo
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