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Oligarquias no poder

Opinião | Política no Paraná: negócio de família e de ricos

Temos praticamente uma “casta” hereditária de políticos profissionais que domina o Paraná

06.abr.2018 às 12h55
Brasil Fato Curitiba (PR)
Ricardo Costa De Oliveira
No foto, Beto Richa, Fernando Richa (esposa do governador e secretária de Estado), e Cida Borghetti, vice-governadora

No foto, Beto Richa, Fernando Richa (esposa do governador e secretária de Estado), e Cida Borghetti, vice-governadora - GIbran Mendes

Política no Paraná é assunto e negócio de poucas famílias no poder. O governo do Paraná segue o padrão organizativo dos tradicionais nepotismos e familismos da região. Conceituamos o governo Beto Richa como uma forma de supernepotismo porque governou com duas supersecretarias ocupadas pela esposa, Fernanda Vieira Richa e pelo irmão, José Richa Filho. Toda a infraestrutura e as obras públicas, as relações com as empreiteiras e fornecedores, fazem parte dos negócios da família governamental. As conexões das políticas sociais e cargos familiares na prefeitura também formam o quadro do nepotismo do governo Richa, com parentes no secretariado estadual e municipal, o filho Marcello Richa é secretário municipal em Curitiba. Junto com as supersecretarias vieram centenas de novos comissionados. Nepotismo, familismo e empreguismo sempre andam juntos. Os parentes devem se candidatar aos cargos legislativos nas eleições de 2018. A grande marca do governo Richa foi a violência contra movimentos sociais e o massacre dos professores e educadores. 

Agora, com a renúncia de Beto Richa para disputar o senado, outra situação inédita: a governadora passará a ser Cida Borghetti (PP), casada com o ministro da Saúde do golpe de Temer e deputado federal, Ricardo Barros (PP), da principal família política de Maringá, e mãe da deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros. Situação justificada por componentes constitucionais existentes somente no Brasil. A oligarquização familiar política se aprofunda na política brasileira e paranaense.

Os familismos devem pautar as eleições de 2018, uma eleição entre famílias políticas. Do secretariado do Governo do Paraná observamos várias famílias políticas de diversas regiões. Rossoni, Casa Civil, de Bituruna. Edgar Bueno, Secretaria para Assuntos Estratégicos, de Cascavel e pai do deputado estadual André Bueno. Ezequias Moreira Rodrigues, Cerimonial e Relações Internacionais, do escândalo da “sogra fantasma”.

Luciano Pizzatto, falecido recentemente, Representação em Brasília e esposo da presidente do Instituto Curitiba Saúde, Dora Pizzatto. Artagão de Mattos Leão Júnior, Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, de Guarapuava, filho do conselheiro do Tribunal de Contas, Artagão de Mattos Leão.

Michele Caputo Neto, Saúde, citado com o presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Durval Amaral, sobre denúncias de possível caso de nepotismo cruzado. Durval Amaral é pai do deputado estadual Thiago Amaral.

O nepotismo para existir e triunfar deve cooptar os outros poderes. Aí nós entendemos os grandes aumentos salariais no fim do ano para os deputados, os secretários, os cargos comissionados, os membros do Poder Judiciário e do Ministério Público. A maior vergonha pública no Brasil é a diferença entre o salário de um deputado e de um desembargador em relação ao de um professor do ensino fundamental ou de um policial.

O nepotismo só pode sobreviver com a falta de transparência na política e com a ignorância, subserviência e cumplicidade do sistema político, midiático e partidário. O nepotismo existe no meio de grandes carências pessoais, no meio de um eleitorado pobre e sem cidadania, dominado pelo clientelismo, com redes e estruturas de dependências pessoais. Um município pobre muitas vezes só ganha recursos se votar nos poderosos de plantão da Assembléia Legislativa.

Uma administração moderna, transparente, com concursos públicos e sistemas racionais de meritocracia na burocracia e no orçamento do Estado é fundamental. O que diminuiria os privilégios para os políticos profissionais e comissionados, limitaria o fenômeno do clientelismo e do nepotismo.

Somente a modernização, o planejamento de nossas instituições políticas e a criação de modernos partidos políticos poderá desenvolver a nossa cidadania e democracia frente a essas questões. Eleitor educado e organizado é eleitor mais consciente.

Ratinho Massa Júnior, família política midiática, Fernando Francischini, deputado federal, ex-secretário espancador de professores e Felipe Francischini, filho e deputado estadual. Pedro Lupion, deputado estadual e seu pai, Abelardo Lupion, ex-deputado e dirigente da Cohapar. Deputado estadual Nelson Justus e filho Nelson Justus, também da Cohapar. Reinhold Stephanes, deputado federal e seu filho Júnior, deputado estadual, suplentes que assumiram. Deputado federal Luiz Carlos Hauly e seu filho Luiz Renato Hauly, da Fomento Paraná. Família Belinati na prefeitura de Londrina e na diretoria comercial da Sanepar, com Antonio Carlos Salles Belinati.

A família histórica Guimarães, do período colonial, com dois deputados estaduais: Plauto Miró Guimarães Filho e Alexandre Guimarães, mais o conselheiro do Tribunal de Contas, Fernando Guimarães. Família Litro, Ney Leprevost, de famílias políticas. Cristina Silvestri, família Silvestri de Guarapuava, mãe do prefeito Cezar Silvestri Filho e esposa do ex-deputado federal e diretor da Agepar, Cezar Silvestri. Bernardo Ribas Carli, também de família política de Guarapuava, filho do ex-prefeito Luiz Fernando Ribas Carli e irmão do ex-deputado estadual Luiz Fernando Filho, do infeliz caso do atropelamento em Curitiba. Deputado Anibelli Neto, filho e neto de ex-deputados da região de Clevelândia. Jonas Guimarães, deputado estadual e sua filha, Lucélia Guimarães, chefe de Núcleo Regional da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, em Cianorte.

O deputado federal Luiz Nishimori e sua mulher Akemi Nishimori, chefe de Núcleo regional em Maringá. Deputado federal Alex Canziani e sua filha Luiza Canziani, indicada como candidata. O deputado federal Sandro Alex e seu irmão, Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa. O deputado estadual Alexandre Maranhão Curi, neto do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Aníbal Khury e de complexa rede familiar oriunda desde os tempos das “Capitanias Hereditárias, já pesquisada em outros artigos.

A família progressista Requião de Mello e Silva, Maurício "Requião”, deputado estadual e o atuante senador Roberto Requião de Mello e Silva, mostrando como o familismo é generalizado em todos os espectros da vida política paranaense. O Senador conservador Álvaro Dias e seu irmão, o ex-governador Osmar Dias, candidato de centro ao governo do Paraná pelo PDT. Rubens Bueno, deputado federal e sua filha, Renata Bueno, ex-vereadora e ex-parlamentar ítalo-brasileira, que foi casada com o ex-vereador e ex-superintendente da autarquia EcoParaná, Juliano Borghetti, irmão da nova governadora Cida Borghetti.

A conclusão é que temos em vários quadrantes praticamente uma “casta” hereditária de políticos profissionais. A política vem se tornando negócio de família e negócio de ricos. As eleições são caríssimas e muitos só querem o extrativismo estatal; isto é, só querem ganhar muito, ganhar mais e rápido dentro do aparelho estatal. Familismos, nepotismos, cargos comissionados, clientelismos e abuso de poder econômico muitas vezes andam juntos.

*Ricardo Costa de Oliveira é professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Editado por: Ednubia Ghisi
Tags: beto richapsdb
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