Venezuela

Nicolás Maduro: "Dizemos sim ao diálogo para a reconciliação nacional"

Um encontro com mais de 90 intelectuais, movimentos e líderes do mundo foi realizado em Caracas

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No encontro, Maduro expressou: "Não pedimos para estar no epicentro dos processos mundiais de hoje"
No encontro, Maduro expressou: "Não pedimos para estar no epicentro dos processos mundiais de hoje" - Foto: Presidência da Venezuela

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou na segunda-feira (4) todos os setores políticos do país para um diálogo nacional para o entendimento e a reconciliação, durante um encontro com mais de 60 convidados internacionais e 30 nacionais, entre intelectuais, movimentos e líderes do mundo, realizado na sede da Chancelaria, em Caracas.

“Em nome dos povos, dizemos sim ao diálogo, ao entendimento, à reconciliação nacional e aos acordos nacionais”, afirmou, a propósito da negativa de Donald Trump de se reunir com o governo venezuelano.

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Maduro assegurou que os EUA e o Grupo de Lima somente buscam provocar uma guerra e impor um golpe de Estado no país, denúncia que o presidente Maduro tem feito em diversas ocasiões, desde o dia 9 de janeiro, quando explicou que os planos golpistas formam parte de uma fórmula agressiva, violenta e que elude os princípios fundamentais da convivência entre os povos.

Diante da investida contra a Venezuela, por parte de países aliados aos EUA, Maduro disse que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, cometeu um grande erro ao não reconhecê-lo como presidente constitucional.

“Pedro Sánchez cometeu um grande erro apoiando o golpe de Estado na Venezuela e se, Deus não queira, as tropas gringas entrassem na Venezuela e houvesse derramamento de sangue, esse sangue chegaria às mãos de Pedro Sánchez”, disse.

Sánchez manifestou apoio ao deputado em desacato Juan Guaidó, que no dia 23 de janeiro se autoproclamou presidente interino da Venezuela.

Repúdio ao intervencionismo

Maduro rechaçou ainda as ameaças de ingerência e ratificou o caráter de paz na região.

“Na Venezuela não haverá intervencionismo, nem golpe de Estado consolidado, não haverá guerra na Venezuela; vencerá a paz, vamos voltar a triunfar por um só caminho, a paz com justiça”, respondeu sobre as novas ameaças bélicas do governo dos Estados Unidos.

“É uma loucura falar de guerra neste século XXI. Uma loucura o senhor Donald Trump pensar sequer que vai enviar seu exército a esta terra, que tem quem a defenda”, disse.

O presidente venezuelano afirmou que as intenções do governo estadunidense são apropriar-se das riquezas naturais do país e que Trump não tem motivos para uma ação militar.

Maduro denunciou que as ameaças do mandatário norte-americano violam a Carta das Nações Unidas e o o Direito Internacional, em relação às relações entre os Estados.

“Digo como um povo de paz, senhor Donald Trump, não temos nenhum medo de suas ameaças. A Venezuela tem o direito e a verdade, estamos do lado certo da história e o senhor não tem razões para ameaçar com uma intervenção um país livre, pacífico como o nosso”, acrescentou.

Ele lamentou que alguns setores da oposição venezuelana apoiem uma intervenção estadunidense.

Também repudiou as declarações de guerra de outros altos funcionários dos EUA. Maduro denunciou que o conselheiro de Segurança, John Bolton; o vice-presidente, Mike Pence, e o secretário do Departamento de Estado, Mike Pompeo, mantêm uma campanha através das redes digitais para realizar ações violentas contra o Estado venezuelano, além de usar este meio para dar instruções aos porta-vozes da oposição.

“Por Twitter dão ordens de quando marchar, onde marchar, o que fazer, o que anunciar e dizer. Por Twitter, John Bolton pede um levantamento militar para derrubar o governo de Maduro”, condenou.

“John Bolton é um louco extremista envolvido em todas as operações sujas nos últimos 40 anos do império estadunidense no mundo”, advertiu.

*Com informações da Agência Venezuelana de Notícias.

Edição: Portal Vermelho