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MEMÓRIA

Enquanto Bolsonaro propõe comemorar o golpe no Brasil, Argentina grita: “Nunca mais”

População do país vizinho foi às ruas no domingo (24), aniversário do golpe, para denunciar violações

27.mar.2019 às 18h48
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h48
São Paulo (SP)
Luiza Mançano
Marcha do Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, em Buenos Aires, capital da Argentina

Marcha do Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, em Buenos Aires, capital da Argentina - Emergentes

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL), militar da reserva, determinou na última segunda-feira (25), por meio do porta-voz Otávio Rêgo Barros, que o Ministério da Defesa faça "as comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe de Estado de 1964, que inaugurou a ditadura no país, no próximo 31 de março.

A declaração de Bolsonaro não contradiz sua trajetória pessoal, embora ganhe outros contornos à frente da Presidência da República. Na ocasião da votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), Bolsonaro, então deputado federal, dedicou seu voto ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra — ex-chefe do DOI-Codi, centro de torturas do regime.

Ditadores de outros países também integram a lista de torturadores enaltecidos por Bolsonaro, como o general paraguaio Alfredo Stroessner, citado pelo presidente em seu discurso na fronteira com o país vizinho, em fevereiro, e o general chileno Augusto Pinochet — que, segundo o capitão reformado, "fez o que tinha que ser feito" no golpe de 1973.

O 31 de março de 1964 é uma data relembrada ano a ano pelas vítimas da ditadura no Brasil, como é na Argentina o dia 24 de março de 1976, que marca o início do último regime ditatorial do país — encerrado em 1983, com a transição democrática.

Para recordar a data, agora denominada "Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça", milhares de argentinos saíram às ruas do país no último sábado (24) e gritaram “Ditadura nunca mais”, atitude que revela não só uma visão crítica sobre o passado, mas também em relação ao presente e ao futuro.

O “Nunca mais” anuncia que recordar é necessário para que não se perpetuem nas instâncias de poder saudosistas e apoiadores da ditadura, e para combater aqueles que fazem do silêncio uma forma de política, como o presidente do país, aliado de Bolsonaro, Maurício Macri.

A convocatória da marcha do dia 24 de março, que marcou o 43º aniversário do golpe militar no país, foi realizada por organizações históricas como as Avós de Maio, Mães da Praça de Maio, e HIJOS (acrônimo, em espanhol, Filhos e Filhas pela Identidade e Justiça contra o Esquecimento e o Silêncio), formadas por familiares de vítimas do período.

Partidos políticos, sindicatos e movimentos populares também participaram da manifestação.

No domingo à tarde, uma multidão de pessoas se reuniu na Praça de Maio, na capital do país, Buenos Aires. No começo da marcha, as mães da Praça de Maio adentraram o local – onde realizam a tradicional ronda pela aparição de seus filhos – carregando uma quilométrica faixa azul com fotos e nomes de desaparecidos durante a ditadura militar.

Junto a avós, filhos e familiares de vítimas, elas leram uma declaração a todos os presentes na qual reivindicam a continuidade das políticas pela Memória, Verdade e Justiça no país.

 

Manifestantes carregam uma extensa faixa com os nomes e fotos dos desaparecidos na Argentina durante a ditadura militar (1976-1983) | Foto: Emiliano Lasalvia / AFP

Ao recordar os 30 mil desaparecidos, os manifestantes também fizeram um chamado ao presente — o país está em ano eleitoral. Estela de Carlotto, uma das Avós de Maio, afirmou que Macri é “insensível” em relação à dor dos familiares de desaparecidos, que o presidente nunca se posicionou os netos sequestrados durante a ditadura, encontrados recentemente pela organização.

“Essa insensibilidade que dói não deve ser algo a que se acostuma. Devemos revertê-la com um novo governo que coloque as coisas em seu lugar pouco a pouco (…) porque nos deixam um país endividado até várias gerações”, declarou Carlotto.

A dívida a que se refere Carlotto se aplica tanto à dívida histórica que o país tem em relação aos mortos e desaparecidos, como ao endividamento que a população argentina enfrenta nos últimos anos — resultado da política econômica de Macri, alvo de críticas durante a marcha.

“Nos manifestamos contra o avassalamento que o governo de Maurício Macri entrega ao país todos os dias: demissões massivas, miséria planejada, entrega do país aos abutres, perseguição aos povos originários, perseguição a militantes, presas e os presos políticos, a grave ingerência do Governo sobre o Poder Judiciário, retrocessos [na área de] Memória, Verdade e Justiça, violência institucional, repressão contra os protestos sociais, censura à imprensa e negacionismo”, explica a carta redigida pelas organizações presentes e lida pelos seus representantes.

Durante a marcha, Carlotto expressou categoricamente: "Se esquecemos, se repete”.

A declaração das militantes reafirma a posição de criar uma convergência para o futuro, considerando que a memória é um tema que está atravessado por outras lutas pela democracia.

“Também nos traz aqui a defesa de todos os direitos das mulheres, das lésbicas, travestis e trans. Isso é o mais bonito. Muito conquistamos nessas décadas de democracia com a força das lutas do povo: esse é o caminho, com memória e unidade”, declarou Nair Amuedo, das Mães de Maio.

A unidade que aparece na fala de Amuedo estava refletida entre os próprios manifestantes, como demonstram as fotografias. A marcha reuniu diferentes gerações, desde as militantes históricas pela memória, verdade e justiça, até jovens e adolescentes que carregavam seus lenços verdes, símbolo da luta pelo aborto que vem ganhando fôlego no país desde o ano passado.

"As avós nos ensinaram a lutar", diziam alguns cartazes na manifestação. 

A imagem pode conter: 7 pessoas, pessoas em pé

Manifestantes jovens carregam faixa com nomes de desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983) | Foto: Emergentes

Embora a maior marcha tenha acontecido em Buenos Aires, capital do país, em outras cidades também aconteceram atos e atividades para relembrar as vítimas da ditadura. Em Bariloche, na região patagônica, os manifestantes recordaram a luta do povo mapuche no país, alvo de perseguição e violência durante o regime passado e no atual governo Macri.

A imagem pode conter: 5 pessoas, céu e atividades ao ar livre

Manifestantes alçam bandeira mapuche durante ato em Bariloche | Foto: Euge Neme – Colectivo Al Margen

*Com informações do Página 12

Editado por: Daniel Giovanaz
Tags: argentinabolsonarojustiçamães de maiomemória
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