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cooperação

Rússia pretende investir R$ 16,5 bilhões na Venezuela até o final de 2019

Desde 2002, quando Chávez e Putin estreitaram relações, países assinaram 264 acordos bilaterais em 20 áreas estratégicas

10.out.2019 às 19h56
Caracas (Venezuela)
Michele de Mello
Além de cooperar militarmente e no setor produtivo, cooperação busca desenvolver um novo sistema internacional de transações financeiras

Além de cooperar militarmente e no setor produtivo, cooperação busca desenvolver um novo sistema internacional de transações financeiras - Foto: Sergei Chirikov/AFP

Durante o sábado (5) representantes do governo russo e venezuelano celebraram uma nova reunião da Comissão Intergovernamental de Alto Nível Rússia-Venezuela (Cian), em Caracas, quando foi anunciado um investimento de US$ 4 bilhões (R$ 16,5 bilhões) na economia venezuelana até o final de 2019.

O grupo foi criado em 2002, durante as administrações de Hugo Chávez e Vladimir Putin, para que ambos governos pudessem intercambiar métodos de trabalho, orientações políticas e estabelecer acordos bilaterais.

Desse último encontro, saiu um novo mapa de cooperação bilateral para os próximos dez anos, que abrange 20 áreas: energética, militar, industrial, mineira, entre outras. "Demonstramos que em meio às dificuldades podemos avançar juntos, por meio de coordenação política e diplomática que desenvolvemos em resposta ao assédio e à agressão imperial, da qual Rússia também é vítima", afirmou o vice-presidente para Economia, Tareck El Aisame, que preside a Cian pelo lado venezuelano.

“Não se trata de uma relação que tenta controlar, mas de uma relação que tenta conter os efeitos do bloqueio dos Estados Unidos. Rússia tenta neutralizar a ação dos EUA. Se existe uma relação imperialista é dos Estados Unidos, que quer submeter o povo às suas vontades políticas”, explica a professora especialista em direito internacional Laila Tajeldine.

Uma das medidas que buscam superar as dificuldades impostas pelas sanções dos Estados Unidos a ambos países é o comércio com uso de criptomoedas. Atualmente a Venezuela já compra produtos da Rússia em Petros (criptomoeda venezuelana) e estão desenvolvendo um sistema de pagamento digital, alternativo ao sistema financeiro internacional, com uso da tecnologia blockchain.

O novo sistema seria uma forma de driblar o impedimento imposto à Venezuela de realizar transações financeiras em dólares e em bancos vinculados ao sistema SWIFT.

O último encontro da Cian foi copresidido pelo vice-Primeiro Ministro russo Yuri Borisov e faz parte da agenda de trabalho definida por Maduro e Putin durante uma cúpula, em Moscou, dia 25 de setembro.

Soberania energética e autodefesa

Se a Venezuela possui petróleo e uma série de riquezas naturais para oferecer, os russos pagam com sua tecnologia militar, que, junto com a indústria, concentra 40% da atividade econômica do seu PIB.

Os setores energético e de defesa são considerados os mais importantes para a cooperação entre os dois países.

Desde 2013, a estatal russa Rosneft tem um convênio com PDVSA — estatal venezuelana de petróleo — para explorar hidrocarburos no Cinturão do Orinoco, considerada a maior reserva de petróleo do mundo.

Atualmente, a Rosneft e empresas privadas russas, como a Gazprom, exploram dois blocos: Junin 6, com capacidade de produção de 450 mil barris de petróleo por dia; e Ayacucho com capacidade de produção de 600 mil barris de petróleo diários.

Dessa parceria surgiu a PetroVictória, associação russa-venezuelana, que também explora o bloco Carabobo. Também foi criada a Perforosven, plataforma de exploração petrolífera no bloco Ayaucho. A cooperação inclui um potente sistema de distribuição dos combustíveis entre os dois países.

A Rússia é também o principal provedor de potássio à Venezuela, tendo comercializado, em 2016, 29 mil toneladas do químico usado no processamento dos derivados petrolíferos.

Mais recentemente, em 11 de setembro deste ano, o ministro de Petróleo Manuel Quevedo decide mudar a sede europeia da PDVSA de Lisboa para Moscou.

Por outro lado, o armamento militar e o sistema de aviação da Força Armada Nacional Bolivariana são, na sua maioria, de tecnologia russa. Entre os equipamentos fornecidos pela Rússia estão os fuzis Kalashnikov (AK47), aviões-caça Sukhoi, sistemas de radares S-300 e lançadores de mísseis terra-ar.

Também são constantes os treinamentos militares conjuntos, nesse ano já foram três visitas de técnicos russos à Venezuela. Durante a última semana de setembro uma comitiva técnico-militar vinda da Rússia chegou à Caracas.

“É importante essa cooperação no campo militar, porque Estados Unidos já demonstraram ao mundo que por meio da força e da violência alcançam seus objetivos”, explica a professora Tajeldine.

Diplomacia de paz

No campo geopolítico, a diplomacia russa tem sido férrea defensora da soberania venezuelana e do governo do presidente Nicolás Maduro. Foram os votos da Rússia e da China que impediram o avanço de resoluções de intervenção estrangeira, propostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela, no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Sua força militar permitiu à Rússia ter uma participação muito mais ativa no campo geopolítico e na defesa do direito internacional. Com isso pôde evitar a violação da soberania de outros países, como no caso da Síria e da Venezuela”, comenta Tajeldine.

No entanto, a diplomacia venezuelana também exerce um papel importante na geopolítica internacional. É uma das 115 nações do Movimento de Países Não Alinhados (MNOAL), teve uma postura enérgica de condenar as guerras iniciadas no Oriente Médio pelos Estados Unidos e União Europeia, além de, atualmente, presidir a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

“Essa atitude é levada em consideração pelos países que clamam por relações baseadas na multipolaridade, de respeito às soberanias, de não violação dos direitos políticos, econômicos e isso faz com que existam alianças naturais. Isso se deu entre Venezuela e Rússia, China, Irã e vários outros países. Certamente isso é importante para consolidar um bloco progressista”, finaliza a professora.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: euaimperialismopetróleorússiavenezuela
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