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Setor cultural paralisa atividades em Curitiba

Por prevenção ao coronavírus, eventos são suspensos e locais fechados

Curitiba (PR) |
Apesar do impacto econômico, pois artistas e espaços culturais dependem do público para se manter, o sentimento é de compreensão. - Divulgação

O governador Ratinho Júnior (PSD) divulgou uma série de medidas para o combate ao coronavírus. Entre elas, a suspensão de visitas a teatros, museus, cinemas, bibliotecas e outros eventos artísticos culturais, além do fechamento dos espaços. Não há prazo para que as atividades voltem ao normal. Artistas e produtores receberam a notícia com preocupação pelo impacto econômico, mas a maioria acredita que é necessário esse esforço para conter a propagação. 

O espaço cultural Alfaiataria, conhecido por oferecer ao público oficinas, apresentações e exposições, fechará as portas por tempo indeterminado. Luana Navarro, artista e gestora do espaço, diz que a decisão impactará economicamente, mas que é momento de colaborar. “Isso afeta diretamente a gente como espaço cultural porque alugamos também para que artistas usem. Já tivemos, por exemplo, atividades que aconteceriam no Festival de Teatro, que também foi cancelado. Mas decidimos suspender as atividades, pois desejamos colaborar com a contenção do vírus”, explicou. 

Apesar do impacto econômico, pois artistas e espaços culturais dependem do público para se manter, o sentimento é de compreensão. “O momento é este mesmo, de suspender atividades. Cultura é importante, mas podemos ficar um tempo sem nos reunirmos. O momento é de dar prioridade à saúde”, disse Luiz Andrioli, escritor, jornalista e produtor cultural. Ele conta que cancelou uma peça teatral que já estava em cartaz e o lançamento de um livro.  

A diretora do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, também usou as redes sociais para confirmar que não haverá espetáculos nas próximas semanas. E a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) informou que, desde o anúncio do decreto, mais de 40 estabelecimentos em Curitiba  informaram a paralisação de suas atividades. Neste caso, a Abrabar solicitou que sejam garantidos aos empregados o  pagamento de férias coletivas.  

Edição: Lia Bianchini