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Novo normal

Artigo | Cultura: primeiro setor atingido e último a retomar as atividades

O mundo inteiro busca soluções para essa nova realidade e ensaia formatos que possam ser viáveis no pós pandemia

16.jun.2020 às 13h35
Rio de Janeiro (RJ)
Gregory Combat

Na China, as bilheterias da maioria dos cinemas do país não apresentaram nenhuma recuperação expressiva após o retorno das atividades - Divulgação

Na lógica mundial, a indústria cultural não é só o primeiro mercado a ser afetado pelo lockdown e pelas diversas políticas de confinamento devido à pandemia, mas é também o último a voltar à normalidade.

No final de março, a China que já caminhava para uma reabertura gradual no país de suas atividades, apresentava índice históricos em diversos setores. No audiovisual, por exemplo, as bilheterias da maioria dos cinemas do país não apresentaram nenhuma recuperação expressiva no número de espectadores em suas salas.

Na Europa, em alguns países, também começaram a flexibilizar e reabrir equipamentos de cultura com novos procedimentos de segurança e empiricamente o processo da dita nova normalidade. Em Berlim, na Alemanha, a Berliner Ensenmble, companhia de teatro alemã fundada por Bertold Brecht se prepara para reestreia do seu teatro após meses de quarentena. Eles divulgaram em suas redes sociais uma foto da nova configuração das cadeiras da plateia: estão dispostas em duplas ou unidades, metade das fileiras não existe mais.

No Brasil a questão ainda é ambígua e nublada tanto às atividades culturais quanto às esportivas, que gerem grandes volumes de espectadores.

Recentemente tivemos um grande debate sobre a volta dos jogos de futebol, que assume maior protagonismo no segmento de esportes no país. A volta das partidas e dos campeonatos, ainda que sem a presença da torcida nos estádios para evitar aglomerações gera pontos divergentes entre os clubes e seus dirigentes. No setor cultural, artistas ainda seguem reinventando as formas de aproximar seu público de forma remota, já que parece muitas vezes distante a normalidade das casas de espetáculo reunindo grandes números de visitantes/pagantes para financiar os locais físicos de apresentação.

::Papo Esportivo | Retorno do futebol: e se um jogador testar positivo para covid-19?::

A flexibilização em nome do capital, como a abertura de shoppings centers na última semana gera uma preocupação ainda maior. Os números no Brasil não diminuem, somente aumentam em número de contágios e mortes diariamente. Essa flexibilização apresenta possibilidades de novos surtos e picos nos casos da covid-19, uma vez que esse também é o retrato do que aconteceu com outros processos pandêmicos no mundo – como foi o caso da epidemia da gripe espanhola.

::Sem secretário há um mês e com quatro em 17 meses, Cultura segue sua rota incerta::

O mundo inteiro busca soluções para essa nova realidade e ensaia novos formatos que possam ser viáveis aos parâmetros de vida em sociedade. A Dinamarca, dentre outros países nórdicos, instituíram “show’s drive in”, onde grandes estruturas de palco são montadas, e o público, de dentro de seus carros assiste aos espetáculos, formato esse que começa a ser copiado já em outros territórios, inclusive aqui, no Brasil em algumas cidades. Há de se entender a distopia social nessas configurações, onde o recorte de classe evidencia a acessibilidade e a não participação de parte da população.

Interações Sociais 

As muitas formas de interação social em todo globo mudaram, isso impacta não só a cultura, mas todas as formas de relação de vida em coletivo na sociedade. Novos processos de identidade surgem, e em alguns países se torna medida institucional por parte do poder público. A carteira de imunidade, por exemplo, é um desses novos processos. A ideia, em princípio, é que a população possa apresentar uma identidade médica, legal, dentro daqueles grupos que já foram submetidos ao teste em relação ao vírus e que estes possam servir para verificação em empresas, escolas e repartições públicas.

A China já implementou este recurso e, em alguns clubes, os clientes precisam ser submetidos a uma checagem através de um aplicativo que contém um algoritmo que avalia o status de saúde de cada cidadão. O software funciona de acordo com cada localidade e pede informações dos usuários para complementar a análise. Este fator e esta demanda geram, inclusive, uma nova ruptura social, através do constrangimento destas novas identidades, de quem é ou não infectado, seja para frequentar espaços cotidianos e/ou de entretenimento até acesso à educação e ocupar cargos no mercado de trabalho.

O estigma social segue com este abismo na questão da equidade e de direitos, sejam nos países que já estão adotando um novo normal, ou em outros que ainda estão flexibilizando suas medidas restritivas.

Os profissionais que estão na ponta, estão sempre mais expostos, são estes os bilheteiros, assistentes de produção, trabalhadores da limpeza, administração e manutenção, que em sua maioria se submetem aos transportes públicos lotados para chegarem aos seus postos de trabalho e são fundamentais para abertura e funcionamento. É necessário debater para quem está funcionando essa lógica, principalmente, no Brasil onde os casos aumentam progressivamente e forçosamente muitos se veem obrigados a atender a lógica do trabalho por falta de políticas eficazes frente a uma das maiores crises na saúde mundial.

A nova realidade e o novo comum se apresentam com muitas e novas questões que ainda não possuem respostas óbvias, tão pouco fórmulas efetivas para todos os territórios. Tanto na geografia quanto nos setores culturais e identitários iremos descobrir novas formas de mundo. Em muito ainda estamos engatinhando para reabertura desse lugar e em nosso país precisamos entender e debater no campo das políticas públicas esse momento.

Entender as regulações possíveis, as novas tecnologias, o desenvolvimento do campo remoto e acabar o quanto antes com o achismo desregulado e incabível do governo federal para dar espaço para a certeza científica, tendo como base que pretendemos congelar diversos setores por meses seguidos e entender como a flexibilização expõe e coloca tantas vidas – e quais são essas vidas –  em risco.

*Gregory Combat é produtor, artista e gestor cultural.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: artebrasilcinemacultura
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