Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Pós-capitalismo

“Trabalho não liberta mais da pobreza e da fome”, afirma economista Márcio Pochmann

Especialista participou de live realizada por Projeto Brasil Popular para pensar alternativa à crise agravada pela covid

25.jul.2020 às 15h40
São Paulo (SP)
Sheila Oliveira
Márcio Pochmann é reconhecido como um dos principais economistas brasileiros

Márcio Pochmann é reconhecido como um dos principais economistas brasileiros - Agência Brasil

A pandemia aprofundou os efeitos da crise social e econômica no Brasil e agravou as condições de vida da classe trabalhadora. A forma de gerir os problemas adotado pelo governo Bolsonaro não demonstra eficiência no combate ao vírus, tampouco aponta saídas à economia.

Diante desse cenário, haveria alguma perspectiva de mudança que transforme a realidade brasileira? Para responder essa e outras questões e explicar como o país chegou na grave situação em que se encontra, o Projeto Brasil Popular (PBP) realizou no sábado (25) a live “Mudanças Estruturais do Capitalismo Brasileiro e os efeitos da pandemia”, que contou com a participação do economista e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcio Pochmann. 

De acordo com Pochmann, é preciso pensar em um projeto pós-capitalista de médio e longo prazo que dialogue com as massas que estão sobrando no mercado de trabalho. "Esse modelo atual de capitalismo não pode dar esperanças em termos de inclusão social, emprego e renda. A repetição de políticas passadas não darão sucesso na conjuntura atual", acredita.

:: Opinião | Uma agenda de 10 pontos para o Sul Global pós-covid :: 

Mesmo afirmando que há uma incapacidade do capitalismo brasileiro em sofrer algum tipo de reforma estrutural, o economista explica que uma das saídas para a crise atual seria a mudança no perfil de tributação, que é regressivo e tributa mais os pobres, por meio do consumo, e não a renda. "A participação dos ricos na tributação é mínima. Eles não deveriam financiar o estado pagando títulos públicos, mas pagando impostos", explica o economista.

Além disso, o contingente da população que recebe Bolsa Família deveria entender que o recurso é apenas uma parte que essa mesma população paga de imposto. "Os ricos que nada pagam recebem muito mais. A realidade é constrangedora, quem critica o sistema tributário é quem não paga imposto", declara.

:: Qual a saída para a economia do RJ em meio à pandemia e regime de recuperação fiscal? :: 

Pochmann define a situação em que se encontra o país como dramática, com um quadro profundo de desemprego, falta de infraestrutura, moradia, saneamento, agravada pela desistência da elite brasileira de ter algum protagonismo externo e pela destruição da indústria nacional que hoje representa menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). As ocupações estão no setor terciário, na segurança pública e privada, nas plataformas digitais e no trabalho doméstico, todas com remunerações baixas. "O trabalho não liberta mais da pobreza e da fome", destaca.

Para ele, a solução passa mais pela política do que pela economia. Deve haver uma convergência nacional em torno de um projeto civilizatório pro país e uma perspectiva mais integradora do Brasil", opina.

:: Pandemia fechou mais de 14 mil postos de trabalhos em bares e restaurantes do RJ :: 

Mudança estrutural do capitalismo

O economista e professor Marcio Pochmann explicou que para apontar um projeto de futuro para o país, é necessário analisar a história do capitalismo brasileiro para perceber que estamos em uma fase de mudança estrutural. "Portanto, aplicar políticas passadas não é suficiente. O Brasil tem futuro e deve dialogar com as novas mudanças do capitalismo".

:: Opinião | O capitalismo, a Justiça e a falta de reparação aos atingidos pelo crime de Mariana ::

Seu estudo divide o capitalismo em três tendências. A primeira marca o nascimento tardio do sistema economia no país, a partir de 1808, quando há a decadência do colonialismo português e a ascensão do imperialismo inglês, a definição da propriedade privada e a aprovação do fim do tráfico negreiro com a atração de imigrantes europeus e soltura dos povos escravizados. 

"A correlação de forças dos abolicionistas com os senhores de escravos permitiu a construção do mercado de trabalho, mas privilegiou a atração de imigrantes ao invés da incorporação da massa de escravizados. A elite brasileira considerava que o atraso do país resultava do processo de miscigenação e entendia a raça negra como inferior, portanto a resposta para a crise seria investir na mão de obra branca", lembra.

:: Cientistas debatem a relação entre o capitalismo, a crise ambiental e a pandemia :: 

A segunda tendência estrutural do capitalismo acontece no século XX, entre os anos de 1920 e 1980, com a construção do projeto de industrialização e urbanização nacional. Os movimentos tenentistas e modernistas reconhecem que o atraso brasileiro é resultado da forma como o Brasil se inseriu no capitalismo na condição de subdesenvolvimento. A partir disso, o estado assume um caráter desenvolvimentista, há um processo de modernização do capitalismo, com reforma agrária, industrialização, urbanização, constituição de uma forte classe trabalhadora, com aumento do assalariamento e dos direitos sociais, apesar da forte desigualdade social.

Já a terceira tendência se inicia a partir dos anos 1980 e chega aos dias atuais. É marcada pela decadência do capitalismo brasileiro. Para Pochmann, esse período de 40 anos é constituído por duas décadas perdidas do ponto de vista econômico, apesar de ter havido ganhos. Entre eles, o economista ressalta a implantação do plano real, na década de 1990, que controlou a super inflação, a redução do desemprego, a inclusão social, o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o aprofundamento democrático a partir da eleição do ex-presidente Lula, em 2002.

:: Para Dowbor, sistema caminha para mudanças muito além da indústria 4.0 :: 

Porém, a última década volta a ser caracterizada pelo desemprego e pelo desalento dos trabalhadores que deixam de procurar emprego, exclusão social, doenças, fome e asfixia da democracia com o golpe de 2016.

"Na média, o Brasil não teve crescimento econômico nessas últimas quatro décadas, caiu a presença do país no mundo, aumentou o excedente de força de trabalho e faltam ocupações, há o declínio da classe média assalariada, com contenção do acesso aos direitos sociais e trabalhistas, crescimento da informalidade e capital cada vez mais associado ao rentismo", descreve.

Projeto Brasil Popular

A live que teve a presença de Marcio Pochmann faz parte de uma iniciativa do PBP que reúne movimentos e partidos políticos de esquerda de todo o país, tem como objetivo pensar os desafios colocados com a crise econômica intensificada pela pandemia e um projeto de país que possa transformar a realidade brasileira.

Editado por: Lucas Weber
Tags: covidcrisemarcio pochmann
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DEPOIMENTOS

Na presença de Bolsonaro, Mauro Cid confirma detalhes do plano de golpe a Alexandre de Moraes 

COMUNICAÇÃO CULTURAL

Projeto oferece formação gratuita em rádio para jovens das periferias da zona norte do Recife (PE); inscreva-se

Moradia digna

Déficit habitacional em Fortaleza atinge 82 mil famílias

MOBILIZAÇÃO

Ato pelo fim da escala 6×1 sem corte de salários mobiliza sindicatos e movimentos sociais na Paraíba, nos dias 10 e 11 de junho

Argentina

Apoiadores de Cristina Kirchner fazem convocação urgente para resistir a possível condenação

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.