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Início Política

Novo nome

Entenda por que o cargo de presidente da Câmara é tão visado no jogo político

Poder de decisão e prerrogativas institucionais do cargo estão entre os elementos de destaque

07.jan.2021 às 14h50
Fortaleza (CE)
Cristiane Sampaio

Com mandato de dois anos, presidente da Câmara tem poder de bater martelo sobre pautas que irão à votação no plenário, a chamada “ordem do dia”, espécie de cereja do bolo do jogo político - Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ponto de destaque nas disputas nacionais, a corrida rumo à presidência da Câmara dos Deputados volta a mexer com o cenário político neste começo de 2021, quando um novo nome deverá ser eleito para suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ) e conduzir a instituição no próximo biênio. O cargo é um dos mais estratégicos do país especialmente porque o ocupante da cadeira tem o poder de bater o martelo sobre as pautas que irão à votação no plenário da Casa, a chamada “ordem do dia”, uma espécie de cereja do bolo do jogo político.

O analista e consultor político Antonio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), lembra ainda, por exemplo, que as principais proposições legislativas têm a Câmara como porta de entrada, ou seja, como primeira Casa de avaliação da medida. Não sendo chancelada pelos deputados, uma pauta tende a não prosperar. Esse rito ajuda a dar importância para o cargo de presidente, principal articulador político e regente do chamado “colégio de líderes”, que aglutina os cabeças de todas as bancadas partidárias.

Leia mais: Implosão do sistema partidário no Brasil: da bipolaridade à multipolaridade

“Além disso, ele tem o poder da palavra, de passar a palavra, distribuir para relatores as matérias de plenário, conduzir os acordos. É chefe de Poder também, então, ele tem muito poder constitucional e regimental dos quais ele pode usufruir diretamente ou delegar pra que terceiros possam exercer”, acrescenta Queiroz. 

Isso se dá porque o titular do cargo lidera a chamada “mesa diretora” da Casa, responsável por todos os trâmites administrativos e legislativos. Juntamente com a mesa do Senado, o órgão responde pela promulgação de emendas à Constituição e pode propor mudanças no regimento interno da instituição.

O presidente também integra o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República. Este último delibera, por exemplo, sobre a necessidade de se decretar intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio. O líder máximo da Câmara tem ainda a prerrogativa de encaminhar as conclusões das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) da Casa para outros órgãos, estimulando o surgimento de medidas a serem tomadas diante das acusações em questão.

O presidente da Câmara também tem acesso a um orçamento anual de valores astronômicos – em 2020, por exemplo, foi de R$ 6,2 bilhões. Recebe o mesmo salário que os demais deputados, atualmente de R$ 33.763, mas tem o diferencial de morar em uma mansão, a “residência oficial”, e pode contar com um jato da Força Aérea Brasileira à sua disposição.

O analista de risco político Creomar de Souza pontua ainda que, dentro da configuração das principais instituições brasileiras, a Câmara costuma ter mais voz que o Senado. “Quando você tem algum tipo de discordância entre as Casas, prevalece a posição da Câmara em contraposição à do Senado. Isso quer dizer que a vontade popular é maior que a vontade dos estados – o Senado representa os entes da Federação, enquanto a Câmara representa a população, proporcionalmente”.

Por conta disso, o líder máximo da Câmara é o segundo na linha sucessória do chefe do Executivo, ficando atrás apenas do vice-presidente da República. A prerrogativa está prevista na Constituição Federal de 1988. “Tudo isso é importante. E precisamos lembrar que, numa democracia de baixa qualidade como a brasileira, sempre é possível vislumbrarmos situações em que o presidente da Câmara suba um degrau na linha sucessória. Vimos isso no passado recente”, resgata Souza.

Perfil

E, para além das questões mais ideológicas e das disputas partidárias durante as eleições internas, o que credencia um parlamentar a ser considerado pelos pares como um potencial presidenciável? Para Souza, a questão tem relação com a capacidade de lidar com a diversidade e a construção de consensos.

“Temos 513 deputados. Nenhum partido hoje no Congresso tem mais de 70 parlamentares como representação. Isso faz com que qualquer candidato, para atingir o número necessário de votos, precise fazer uma enorme costura que envolva partidos diferentes, deputados com perfis diferentes e interesses distintos”.

Diante disso, o cargo de presidente da Câmara acaba sendo visto também como uma espécie de trampolim para alçar outros voos na arena política. A aventura pode dar a um ex-chefe da Casa a oportunidade de se tornar prefeito de uma capital de relevância no cenário político, governador do seu estado de origem ou mesmo abrir o caminho para a participação em uma chapa de presidente da República.

Foi o que ocorreu, por exemplo, com Michel Temer (MDB). O emedebista presidiu a Câmara entre 1997 e 2001, ganhou visibilidade e, mais adiante, credenciou-se dentro do partido como o indicado para integrar a chapa de Dilma Rousseff (PT) na então composição.

Os presidenciáveis da Câmara, em geral, costumam ainda ser parlamentares que entendem do funcionamento da Casa, dominam relativamente bem o regimento interno e são vistos pelos outros deputados como alguém que cumpre acordos – uma linha fundamental no novelo das negociações e dos imbróglios políticos.

“Também costumam ser escolhidos nomes de partidos que têm uma linha ideológica clara. Você pode observar que, em geral, os presidentes eleitos vêm daí. E é raro ainda se ter candidatos que não tenham importância política no jogo. Isso é um critério importante porque se está elegendo um chefe de Poder da República”, assinala Queiroz.

Impeachment

Uma das prerrogativas do cargo de presidente da Câmara é ainda o poder de dar sinal verde para pedidos de impeachment do chefe do Executivo. Em um cenário como o atual, por exemplo, em que Jair Bolsonaro (sem partido) acumula mais de 50 propostas dessa natureza engavetadas na Casa, o elemento ganha relevância em meio às disputas políticas. 

Leia também: Impeachment de Bolsonaro é o querer de uma sociedade que cansou, diz jurista

“Caso, no pior dos cenários, o governo tenha presidentes da Câmara e do Senado hostis a ele, a situação tende a se tornar muito grave, então, o poder de dar andamento a um pedido de impeachment conta. Isso tem muito peso no próximo biênio. Lembrando que 2021 é o ano em que as forças políticas vão se articular para aquilo que vem a ser a eleição ano que vem”, realça Creomar de Souza.

 

Editado por: Rogério Jordão
Tags: câmara dos deputados
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