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Início Saúde

2ª onda

Sem leitos públicos, população de Manaus improvisa tratamento contra covid em casa

"As pessoas estão com medo de precisarem ser internadas porque não tem vaga", relata moradora

15.jan.2021 às 10h35
Belém (PA)
Catarina Barbosa

De 3 a 9 de janeiro foram registrados, 344 óbitos, mais que o dobro da semana anterior quando foram contabilizados 152. - Michael Dantas/AFP

A segunda onda da covid-19 no estado do Amazonas apresenta números alarmantes. Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apontam que tanto o número de mortes como o de novas contaminações mais que dobraram nas últimas semanas. O Brasil de Fato ouviu moradores da capital, Manaus, que narraram um cenário que mistura medo, indignação e revolta. 

"Está faltando leito, está faltando oxigênio, principalmente nos casos em que as pessoas precisam ser entubadas", relata a assistente administrativa Lilian Gato, de 34 anos.

Lilian já foi infectada pelo novo coronavírus e teve sintomas leves. Atualmente ela tem duas amigas em estado grave. Uma está em observação no Hospital 28 de agosto, em Manaus, e a outra tem um cilindro de oxigênio em casa, onde está fazendo o tratamento. 

"A gente vê que a doença se espalhou de uma maneira que não existe mais grupo de risco. Não existem aquelas pessoas alvo da doença. Todos nós somos alvo", diz ela. 

Tratamento em casa

Gato afirma que a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as condições dos hospitais tem levado a  uma tentativa desesperada de "levar o tratamento de hospital para dentro das suas residências".

"O que a gente vê aqui em Manaus é que aumentou muito o número de cilindros sendo alugados e vendidos, assim como o oxímetro em grupos de WhatsApp e a procura está muito grande, porque as pessoas estão com medo de serem internadas, porque não tem vaga. Elas estão buscando alternativas dentro da própria casa", relata.

Leia também: Manaus tem recorde de internações com covid-19 e beira o colapso

O boletim do Conass divulgado às 18h desta quinta-feira (14), contabiliza 5.920 óbitos e 223.360 casos da doença no estado. Na semana do dia 3 a 9 de janeiro foram registrados 344 óbitos, sendo que na semana anterior, de 27 de dezembro a 2 de janeiro, foram contabilizadas 152 mortes. 

A alta também pode ser observada no número de novos casos da doença. Entre 3 e 9 de janeiro foram 11.129 novas pessoas infectadas e, na semana anterior – 27 de dezembro a 2 de janeiro –  foram 5.930. Menos que a metade. 

Um funcionário de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Manaus conversou, em sigilo, com o Brasil de Fato sobre a situação no hospital em que trabalha. Para que ele não sofra retaliações pelas denúncias narradas à reportagem, sua identidade foi preservada.

Ele conta que, apesar do esforço incessante de médicos e profissionais da enfermagem, é impossível dar conta da demanda de doentes. No hospital em que ele trabalha, assim como em outros da cidade, o atendimento se tornou exclusivo a pacientes contaminados pela covid-19.

"Os médicos não querem mais atender pacientes com outras enfermidades com medo de contaminar as pessoas que procuram a unidade", relata.

Leia também: Manaus não abrirá escolas para a realização do Enem: "Não é viável", diz secretário

A UBS onde trabalha tem capacidade para 23 internações e está atualmente com 40. Além da sala de emergência, as salas de observação, serviço social e odontologia foram adaptadas para internação de pacientes com covid-19.

"O hospital todo virou um local de emergência. Só atendemos pessoas entubadas, as pessoas chegam lá e tem uma lista. Quando morre alguém já se coloca outra pessoa na cama. É um negócio muito preocupante, terrível", diz ele.

Na avaliação do funcionário, o momento vivido atualmente no estado é muito pior que a primeira onda e as autoridades não se prepararam para esse momento.

"Nós sabíamos que teria uma segunda onda. Todo mundo comentava 'quando vir a outra onda vai ser terrível', mas o governo não se preparou. Talvez eles achassem que não ia acontecer mais nada, mas a coisa veio muito pior. Temos até médico infectado com a covid atendendo". 

Leia também: Justiça suspende realização do Enem no Amazonas, onde pandemia vem se agravando

Na quarta-feira (13), a UBS Nilton Lins iniciou o atendimento de pacientes com covid-19, como "parte do pacote de medidas implementadas pela Prefeitura de Manaus para enfrentar o crescente número de novos casos e agravos da doença causada pelo novo coronavírus na cidade", segundo a assessoria de comunicação da prefeitura.

Ao todo, a Secretaria Municipal de Saúde tem 17 Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma clínica da família e três UBSs móveis fazendo o atendimento exclusivo a pacientes com sintomas de covid-19 ou de síndromes gripais.

"Dentre as medidas para conter o avanço do vírus e o agravamento da doença em pacientes já contaminados, a prefeitura deverá fazer, também, a contratação temporária de mais profissionais de saúde", diz nota à imprensa divulgada nesta quarta-feira (13).

Mesmo com a abertura do Hospital da Nilton Lins, com 80 leitos de UTI, o trabalhador da UBS que conversou com o Brasil de Fato em condição de anonimato considera que a situação deve piorar nos próximos dias. "Os leitos  vão ajudar, mas não vão suprir a necessidade. A coisa está terrível", enfatiza.

"Está piorando todo dia e vai piorar ainda mais. A única solução é esperar que a vacina dê certo. A salvação é a vacina, porque se não vier a vacina vai ser um extermínio total", conclui.

Em 6 de janeiro, a prefeitura de Manaus anunciou medidas – por um período de 15 dias – para conter o avanço da pandemia. Entre elas, a proibição do funcionamento de casas de shows, festas, reuniões públicas, aniversários, casamentos, entre outros.

No dia 7 de janeiro foi instalado em Manaus um Gabinete de Crise para enfrentamento da covid-19, com objetivo de coordenar ações integradas entre os governos municipal e estadual. 

Editado por: Leandro Melito
Ler em:
Espanhol
Tags: covid
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