Em luta

Povo Sem Medo, Entregadores Antifascistas e motoristas de app protestam em SP

Manifestantes reivindicam auxílio emergencial de R$ 600 e criticam aumento no preço dos combustíveis

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Protesto ocorreu na Marginal Tietê e na avenida João Dias, zona sul, por volta das 7h - Divulgação / Frente Povo Sem Medo

A Frente Povo Sem Medo, o grupo Entregadores Antifascistas e motoristas de aplicativos fizeram bloqueios na manhã desta terça-feira (23) na Marginal Tietê, que corta a capital paulista, e na avenida João Dias, na zona sul. O protesto começou por volta das 7h. O fluxo de veículos nas duas vias já foi restabelecido.

Os manifestantes atearam fogo em pneus na pista para protestar contra o aumento no preço dos combustíveis e exigir auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Eles também pediram a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Leia também: Petrobras anuncia novo aumento e preço da gasolina tem alta de 54% no ano

O protesto faz parte da preparação para o Dia Nacional de Mobilização, convocado para a quarta-feira (24) pela Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular. A iniciativa das frentes também demanda a adoção urgente de um lockdown nacional de 15 dias e a vacinação de toda a população.

Houve seis reajustes no preços de combustíveis em 2021. O aumento se deve à política de preços da Petrobras, que prioriza o lucro dos acionistas estrangeiros em detrimento dos consumidores brasileiros. Entregadores e motoristas de aplicativo precisam arcar sozinhos com os aumentos e veem seus ganhos diminuírem a cada mês.

A nota divulgada pelos organizadores afirma que o auxílio emergencial proposto por Bolsonaro tem valor irrisório e "não cobre 1/3 do valor da cesta básica."

O Brasil vive seu pior momento na pandemia e se aproxima da marca de 300 mil mortes. Pouco mais de 5% da população foi vacinada, e Bolsonaro insiste em um discurso contrário a normas de isolamento social.

:: Bolsonaro volta a criticar medidas de isolamento e diz que Brasil vai exportar vacina ::

Edição: Rebeca Cavalcante