Polêmica

Ciro Gomes, Isa Penna e Orlando Silva: veja quem irá participar da manifestação do MBL

Marcado para dia 12 de setembro, ato do movimento de direita pedirá o impeachment de Bolsonaro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

O deputado federal Kim Kataguiri é um dos fundadores do MBL - Foto: MBL

Com a adesão de Ciro Gomes à manifestação do próximo domingo (12), organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), cresceu o número de participantes fora do espectro da direita. O ato, que será realizado em 15 estados, mas terá peso maior em São Paulo e pedirá o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Continua após publicidade

Antes da possibilidade de ampliação das manifestações do dia 12 de setembro, o ato do MBL era contra Bolsonaro e, também, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para facilitar a adesão de partidos, movimentos e lideranças à esquerda, o grupo decidiu mudar a proposta da manifestação. Agora, a principal bandeira é o impeachment do atual presidente e os manifestantes que devem ir vestidos de branco.

“Irei à manifestação do dia 12 na Avenida Paulista e sempre tentarei ir a outras manifestações que forem convocadas contra Bolsonaro. Seja qual for o sacrifício e risco que isso represente, há algo maior que tudo: o futuro do Brasil e da nossa democracia”, anunciou Ciro Gomes em suas redes sociais.

: Leia: Postura de Bolsonaro inviabiliza agenda liberal de Guedes e divide a direita no Congresso

Quem também decidiu participar da manifestação do MBL é a deputada estadual, de São Paulo, Isa Penna (PSOL). Embora seu partido tenha anunciado que não estará no ato, a parlamentar comunicou seus eleitores e seguidores nas redes sociais que aderiu ao chamado do movimento de direita.

“Assim como defendemos a democracia nas manifestações ‘Fora Bolsonaro’ no dia 7 de setembro, precisamos fazer o mesmo no dia 12 de setembro. A escalada autoritária ficou ainda mais evidente após os atos pró-Bolsonaro, e é preciso união para enfrentá-la”, explicou Penna.

Ao contrário de PT e PSOL, o PCdoB decidiu aderir às manifestações do dia 12 de setembro. Uma das mais importantes lideranças dos comunistas participará do ato em São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

“É um ato (em 12/9) pela democracia, pelo fora Bolsonaro e pelo impeachment. Eu me sinto na obrigação de participar", afirmou o parlamentar, em debate no UOL, na manhã desta sexta-feira (10).

Além de Ciro Gomes, Isa Penna e Orlando Silva, os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ),  Alexandre Frota (PSDB-SP), Tabata Amaral (PDT-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP), André Janones (Avante-MG), Marcelo Van Hattem (Novo-RS), também confirmaram presença. O cantor Tico Santa Cruz também anunciou que participará.

: Leia: Por unanimidade, executiva nacional do PSDB decide ir para a oposição ao governo Bolsonaro

Entre as centrais sindicais, somente a Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central decidiram convocar seus filiados às manifestações do MBL.

“No próximo dia 12 de setembro será realizado um grande ato na Avenida Paulista, em São Paulo, pelo impeachment de Bolsonaro, ato que participaremos. Nossa linha é, sempre, frente ampla em defesa do Brasil e da democracia. É hora de decisão e a decisão clara é impeachment já”, diz o documento divulgado em conjunto pelas entidades.

Entre os movimentos sociais de esquerda, não haverá adesão. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Coalizão Negra por Direitos, Uneafro, Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outros, anunciaram que não estarão na avenida Paulista no próximo domingo.

Entre os partidos que aderiram às manifestações, estão: PDT, PV, Cidadania, Solidariedade, PSDB, Novo e o PSL, ex-partido de Jair Bolsonaro e legenda que abriga seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Edição: Anelize Moreira