Manifestantes protestaram contra reforma administrativa no final da tarde desta quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados. Eles foram impedidos de entrar na comissão especial que debatia a medida e protestaram na porta do colegiado para pedir a rejeição do parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, que tem previsão de votação para esta quinta (16).
O grupo, que reuniu servidores públicos e lideranças sindicais do segmento, recebeu apoio dos parlamentares de oposição, também contrários à medida. Os representantes do funcionalismo investem em uma pressão popular contra deputados que aprovarem o texto sob pena de não reeleição pelas suas bases estaduais. “Se voltar, não volta”, bradou o grupo nesta quarta.
::Artigo | A quem serve a reforma administrativa do governo Bolsonaro?::
“Nós precisamos do apoio de todos os deputados para podermos estar aqui. É um direito nosso de vir aqui mostrar o que pensamos e contra a PEC”, disse um manifestante não identificado no vídeo de transmissão do protesto.
“O relatório ainda não veio, então, temos que nos preparar para cobrar ainda mais. A proposta, no geral, já é péssima, mas esse governo é tão ruim que ele pode piorar [o texto]. Eu sugiro que vocês continuem cobrando”, disse o deputado Alencar Santana (PT-SP), ao se dirigir aos manifestantes e mencionar que os parlamentares ainda não tinham recebido a nova versão do parecer que pode ser votado nesta quinta.
A PEC retira direitos do funcionalismo público e atinge servidores dos Três Poderes e de todos os níveis federativos – municipal, estadual e federal. A proposta exclui algumas categorias das novas regras propostas para a tropa do Estado. É o caso de juízes, promotores e parlamentares.
::Reforma Administrativa pode criar massa de trabalhadores descartáveis, diz economista::
