Segundo levantamento do colunista Danilo Lavieri, do site UOL, as 22 rodadas do Brasileirão sem torcida fizeram os clubes gastarem mais de R$ 14 milhões só com despesas para mandarem seus jogos. A conta mais pesada ficou com Flamengo e Fluminense, a dupla carioca que arca com custos mais elevados para jogarem no Maracanã. Os dois times literalmente pagaram para jogar em casa cerca de R$ 3,5 milhões.
Lembrando que o Flamengo fez menos partidas que os outros times e o Fluminense chegou a mandar jogos em outros estádios, por isso o prejuízo não foi maior. Bahia, Palmeiras, São Paulo e Atlético MG também perderam valores superiores a R$ 700 mil, cada um, no período.
A questão é que a volta da torcida ainda não fez a conta sair do cheque especial. Pelos números divulgados até agora pela CBF da rodada 23, a que teve a volta limitada do público, o prejuízo diminuiu, mas ainda está lá. Fortaleza e Galo, segundo os borderôs, perderam R$ 48 mil e R$ 35 mil, respectivamente.
Dos três jogos em que a arrecadação e as despesas foram divulgadas no site da CBF até o momento, apenas o Grêmio teve lucro. Foram cerca de R$ 184 mil. Claro que o impacto da torcida não pode ser medido apenas pela arrecadação, há também o incentivo ao time, que funcionou na vitória do Atlético-MG sobre o Internacional. Fortaleza e Grêmio, porém, acabaram derrotados por Atlético Goianiense e Sport.
Times do Paraná
Em Curitiba, a prefeitura liberou, na quarta (6), que os clubes da capital possam ter público em até 50% da capacidade de seus estádios, aumentando o limite anterior de cinco mil pagantes. Com isso, Athletico e Coritiba poderão receber até 20 mil torcedores em suas próximas partidas.
A novidade já poderá ser vista no jogo entre Coxa e Cruzeiro, na sexta (8). Já o Athletico, havia decidido nesta semana que não reabriria a Arena com as condições anteriores, temendo prejuízo. Com a nova determinação, deve rediscutir a volta dos torcedores.