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Início Política

Tabuleiro político

Entenda por que a oposição é contra a PEC dos Precatórios se ela viabiliza o Auxílio Brasil

Grupo condena pauta por institucionalizar calote e trazer insegurança jurídica; segmento pede outras fontes de custeio

11.nov.2021 às 11h09
Fortaleza (CE)
Cristiane Sampaio

PEC dos Precatórios foi aprovada na Câmara em segundo turno na noite da última terça (9), com placar de 323 votos a 172, depois de um duro percurso para o governo - Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Principal ponto de conflito no jogo político nacional ao longo desta semana, a chamada “PEC dos Precatórios” pode seguir incendiando o tabuleiro do Congresso Nacional até dezembro. A medida foi aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados na noite da última terça-feira (9), a contragosto da oposição, e a tendência é que o acirramento em torno do tema seja reeditado no Senado Federal, para onde a proposta foi encaminhada agora.

Segundo as projeções apontadas nesta quarta (10) pelo líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o texto será votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no próximo dia 24 e deverá ir a plenário, no máximo, em 2 de dezembro.

Até lá os debates devem seguir em ebulição, no ritmo das divergências levantadas por especialistas e parlamentares de oposição. Entenda a seguir os principais destaques que cercam a polêmica proposta.

::Leia também | “Calote”: PEC dos Precatórios afeta pagamento de professores da rede pública::

Quais as principais críticas à PEC?

Oposicionistas acusam a proposta de uma série de inconsistências. A primeira delas seria a ideia de “dar um calote” em credores da União que venceram disputas judiciais depois das quais restou ao Estado arcar com o ônus da sentença. Em outras palavras, a medida prevê um teto anual para o pagamento dessas dívidas, os chamados “precatórios”, o que impõe um parcelamento dos valores.

Para o ano que vem, por exemplo, são previstos cerca de R$ 90 bilhões em precatórios a serem quitados pela União. A PEC propõe um fatiamento do montante, o que abriria uma folga de R$ 44,6 bilhões. O objetivo, segundo o governo, é utilizar essa verba para custear o Auxílio Brasil, programa de assistência social que deverá suceder o Bolsa Família.

Economistas chegaram a assinalar que o texto se trata de uma “pedalada”, pelo fato de oficializar uma operação fiscal não prevista na legislação brasileira. Nisso reside a essência da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 23/2021, nome técnico da medida, que é de autoria da própria gestão Bolsonaro.


Ao receber texto da PEC dos Precatórios, Senado se torna novo palco da disputa do governo para tentar alavancar proposta / Marcos Oliveira/Agência Senado

Especialistas, tributaristas e parlamentares dissidentes afirmam que a iniciativa cria insegurança jurídica no país por constitucionalizar a possibilidade de se descumprir decisão judicial, o que é considerado como um contrassenso, já que, no mundo democrático, sentenças proferidas pelo Judiciário têm caráter impositivo.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, a PEC fere a lógica da separação dos Três Poderes e jurisprudência já firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“E você faz um fatiamento de pagamento de precatórios que prejudica professores, profissionais da educação, trabalhadores que às vezes ficaram esperando a sua vida inteira pro recebimento de uma dívida judicial”, acrescenta o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), ao mencionar um dos argumentos levantados pela oposição durante os debates sobre o texto na Câmara.

Um levantamento feito pela Consultoria de Orçamento da Câmara mostrou que 26% dos precatórios que a União deveria pagar no ano que vem deveriam ser canalizados para os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Amazonas. Os valores se referem a verbas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Os precatórios, em geral, podem ter como credores pessoas físicas ou jurídicas. O teor da disputa que levou à condenação da União também pode se tratar de demandas salariais, fiscais, tributárias ou indenizatórias.

A oposição é contra políticas de assistência social?

Não. Parlamentares de oposição tanto da Câmara quanto do Senado defendem que o governo federal adote fontes de financiamento distintas para o Auxílio Brasil, em vez do fatiamento dos precatórios.

O governo propõe parcelas mensais de R$ 400 até o final de 2022 para as 17 milhões de famílias em situação vulnerável que devem ser contempladas pelo Auxílio Brasil. Cerca de R$ 100 desses R$ 400 estariam fora do Teto de Gastos, argumento que a gestão utiliza para financiar as dívidas judiciais e cobrir o valor.


Aumento da fome no país tem provocado onda de protestos populares nas diferentes regiões / Scarlett Rocha

Partidos como PT e PSOL, por exemplo, já propuseram que o governo defina e execute outras medidas para garantir fontes de custeio. A oposição pede taxação sobre grandes fortunas, aumento da alíquota máxima do imposto sobre transmissão de heranças acima de R$ 10 milhões, ampliação da tributação sobre o sistema financeiro e ainda impostos sobre embarcações de luxo, como iates e jatinhos, além de outras medidas que têm sido evitadas pela gestão Bolsonaro.

“O governo defende o teto e, ao mesmo tempo, quer furar o teto quando lhe convém por ações eleitorais. Além disso, está deixando um passivo e uma dívida gigantesca para outros governos, com o não pagamento dos precatórios. Bolsonaro está criando uma bola de neve, e isso é muito grave e afeta a credibilidade do país”, disse, nesta quarta (10), o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN).

Ele antecipou, inclusive, que a bancada petista no Senado fechou questão contra a PEC, assim como fez o partido na Câmara. Em sintonia com os demais setores da oposição, o grupo sugere políticas de renda mais abrangentes e consistentes no lugar da adoção de um escopo como o previsto para o novo programa.

“O Auxilio Brasil tem uma concepção equivocada, burocrática e, para piorar, é um programa temporário, com prazo de validade para acabar em 2022. Ou seja, é um programa eleitoreiro, e não um programa permanente, como o Bolsa Família. Se fosse permanente, precisaria de fontes de compensação financeira segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos muita insegurança no programa”, afirma Prates.  

::Em meio a incertezas políticas, interrogações tomam conta de famílias que recebiam auxílio::

Teto dos gastos

Uma ala da direita que se mostrou contrária à PEC argumentou, no decurso de tramitação do do texto na Câmara, que o problema da proposta seria o furo do Teto de Gastos. A política de arrocho foi chancelada – e segue sendo mantida – por setores neoliberais do Congresso e pelo governo.

Já oposição e especialistas do campo progressista se opuseram à aprovação do ajuste fiscal, ainda em 2016, e têm entoado o coro de revogação da política desde então. Ao criticar a PEC, o campo foca em outros pontos.

“O problema dessa PEC não tem relação com o fato de ela furar o teto, como argumenta a direita fiscalista. Muito pelo contrário. O problema, nesse caso, é o Teto de Gastos em si, que precisa de uma PEC pra uma medida flexibilizante muito pontual”, contrapõe a economista Juliane Furno.

Ela argumenta que as regras impostas pelo ajuste são o impeditivo para que o governo mantenha o auxílio emergencial, por exemplo, nos mesmos moldes do ano passado, quando a política pagou R$ 600 a diferentes categorias de trabalhadores afetados pela pandemia. O benefício atendeu, na época, 65 milhões de pessoas, quase quatro vezes o montante de 17 milhões previstos para o Auxílio Brasil.

O número também é menor que os cerca de 20 milhões de pessoas que passam fome no Brasi, segundo dados do estudo “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

::Artigo | A fome voltou. Por João Pedro Stedile::

“Se tinha dinheiro antes, no período mais grave da crise, por que agora precisa aprovar uma PEC pra dar calote nos precatórios, aquilo que foi transitado em julgado, que é dívida da União, e agora não tem dinheiro e precisa dos precatórios? Não existe isso de não ter dinheiro quando se fala em Estado”, sustenta Juliane Furno.

“O Estado maneja variáveis macroeconômicas que fazem com que o seu volume de gastos possa independer da sua despesa corrente e isso possa virar divida publica nesse período e ser paga conforme vai crescendo a atividade econômica”, complementa a economista, ao sistematizar o raciocínio reproduzido pela oposição na Câmara.

Editado por: Vinícius Segalla
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