ELEIÇÕES

Lula lança pré-candidatura para disputar a Presidência pela 6ª vez; assista

Inauguração de pré-campanha não terá a presença de Geraldo Alckmin, diagnosticado com covid-19

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Cerca de 4.000 pessoas são esperadas no Expo Center Norte, em São Paulo, para evento com ex-presidente - Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança, na manhã deste sábado (7), sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de outubro. Com 76 anos de idade, ele vai disputar a cadeira do Palácio do Planalto pela sexta vez em sua trajetória política.

A inauguração da pré-campanha está sendo chamado de movimento “Vamos Juntos Pelo Brasil". O evento deve reunir políticos de diversos partidos apoiadores da chapa, incluindo PCdoB, PSB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede, movimentos populares, centrais sindicais e personalidades.

Assista:

De acordo com a organização do evento, são esperadas cerca de 4 mil pessoas a partir das 10 horas no Expo Center Norte, em São Paulo. Em nota, o PT afirma que o objetivo da pré-candidatura é "reconstruir o Brasil, com desenvolvimento sustentável, emprego e salário decente, proteção social e com o povo no Orçamento da União".

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O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), provável vice de Lula no pleito, foi diagnosticado com covid-19, segundo sua assessoria. Por causa disso, ele vai participar de forma virtual do lançamento da chapa.

Chapa mais ampla

A chapa de Lula para as eleições presidenciais deve ter a articulação mais ampla da história, em comparação às outras cinco vezes em que o ex-presidente disputou as eleições para o Palácio do Planalto. Com o apoio do Solidariedade, confirmado em evento na manhã de terça-feira (3), o petista chegou ao sétimo partido que declara apoio à sua candidatura.

Até o momento, além de seu próprio partido, Lula já havia recebido o apoio do PCdoB e do PV, que compõem uma federação com o PT, do PSB, partido do ex-governador Geraldo Alckmin, postulante a vice na chapa presidencial, da Rede e do PSOL, siglas que também estão unidas pelos próximos quatro anos por meio de uma federação para disputa eleitoral.

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Em 1994, a chapa de Lula para a disputa do Palácio do Planalto também angariou a demonstração de apoio de sete siglas. À época, a Frente Brasil Popular pela Cidadania reuniu PT, PSB, PPS, PV, PCdoB, PCB e PSTU. Apesar do mesmo número de partidos, a articulação construída em 2022 é mais ampla por reunir siglas que não estão à esquerda do espectro político, como o próprio Solidariedade.

Nas candidaturas vitoriosas de 2002 e 2006, Lula também reuniu apoios de partidos de centro-direita e direita. Em 2002, contou com a presença de PL e PMN na articulação. Quatro anos depois, conseguiu incluir o PRB na lista de siglas aliadas. Nas duas ocasiões, contudo, o número de partidos foi menor, em comparação a este ano: cinco em 2002, três em 2006.

Relembre os apoios às chapas de Lula

1989: Frente Brasil Popular (PT, PSB, PCdoB)    

1994: Frente Brasil Popular pela Cidadania (PT, PSB, PPS, PV, PCdoB, PCB, PSTU)

1998: União do Povo Muda Brasil (PT, PDT, PSB, PCdoB, PCB)

2002: Lula Presidente (PT, PL, PMN, PCdoB, PCB)

2006: A Força do Povo (PT, PRB, PCdoB)

2022: Vamos Juntos Pelo Brasil (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Solidariedade, Rede)

Gleisi ainda quer PSD e MDB

Apesar de ter atingido a marca de sete partidos em torno da pré-candidatura de Lula, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná, disse que ainda trabalha para aumentar as alianças do partido na chapa presidencial. “Queremos crescer mais”, disse, em entrevista concedida na terça-feira (3) ao Fórum Café.

Segundo Gleisi, conversas com o PSD e o MDB estão avançando, para que “a candidatura Lula represente um movimento da sociedade”. A presidenta do PT afirmou que a situação das duas siglas é analisada pelos petistas.

“No caso do PSD, tudo indica que [Gilberto] Kassab e a direção do partido irão liberar os filiados e, com isso, poderemos dialogar e buscar apoio estado a estado”, afirmou. No caso do MDB, explicou, estão ocorrendo conversas sucessiva para que o grupo que tem o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como um dos líderes incorpore-se à campanha de Lula. 

Acompanhe a cobertura:

Edição: Rodrigo Durão Coelho