CORRIDA ELEITORAL

Apoio de Janones e impacto dos auxílios: saiba o que esperar da nova pesquisa Datafolha

Levantamento será divulgado nesta quinta-feira; no anterior, Lula vencia no 1º turno com margem confortável

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
André Janones e Lula firmaram parceria na disputa pela Presidência da República - Divulgação

O Instituto Datafolha publica, na noite desta quinta-feira (18), sua primeira pesquisa eleitoral para a Presidência da República após o encerramento de todas as convenções que confirmaram as candidaturas dos candidatos.

última pesquisa do instituto, divulgada no dia 28 de julho, mostrou que o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tinham uma diferença de 18 pontos percentuais. O petista registrou 47% das intenções de voto e Bolsonaro, 29%.

Na ocasião, Lula ficou com os mesmos 47% do fim de junho. Bolsonaro, por sua vez, oscilou positivamente um ponto. Ciro Gomes (PDT) seguiu na terceira colocação com 8%. Simone Tebet (MDB) alcançou 2%.

O levantamento do fim de julho mostrou André Janones (Avante), Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) marcaram 1%. Os demais candidatos não pontuaram. Votam em branco ou nulo foram 6%, enquanto 3% estavam indecisos.

Com isso, Lula tinha 5 pontos acima da soma de todos os seus adversários, o que o coloca em posição de vencer no primeiro turno. Desde então, a corrida eleitoral teve novidades nas candidaturas.

:: Campanha começa com expectativa por Ipec e Datafolha: veja quais serão as pesquisas da semana ::

Na semana passada, Janones declarou apoio a Lula e se tornou peça-chave na campanha. Pablo Marçal, enquanto isso, teve sua candidatura questionada após batalha judicial destinar o comando do Pros a uma ala favorável à aliança com Lula. A decisão, no entanto, não está fechada.

Na manhã desta segunda-feira (15), uma nova pesquisa da FSB, sob encomenda do Banco BTG Pactual, surpreendeu, pois inverteu a tendência de aproximação de Bolsonaro, que vinha apresentando crescimento após o início do "Pacote de Bondades".

Entre as medidas que vinham sustentando uma recuperação de Bolsonaro em estudos produzidos pelo PoderData e pela Quaest estavam a diminuição no preço da gasolina, o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 e outros benefícios, como os oferecidos a taxistas e caminhoneiros.

Em relação ao estudo da própria FSB divulgado na semana anterior, Lula teve crescimento de quatro pontos percentuais. Bolsonaro, por sua vez, ficou estacionado. A diferença entre os dois, portanto, subiu de 7 para 11 pontos em 7 dias.

Uma pesquisa do Ipec (ex-Ibope), divulgada na noite de segunda-feira (15), mostrou Lula com 44% de intenções de voto. O atual presidente ficou com 32%. No total, Lula supera a soma dos seus adversários, que, juntos, somam 41%, contra 44% do ex-presidente, o que mostra possibilidade de triunfo no primeiro turno. 

Na manhã de quarta-feira (17), nova pesquisa Quaest, sob encomenda do Banco Genial, mostrou que Lula segue com vantagem confortável na liderança da corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto, com 45% das intenções de voto. Na sequência, aparece o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%.

Em relação ao estudo publicado pela mesma empresa de pesquisa há 15 dias, os dois líderes da corrida presidencial oscilaram um ponto percentual positivamente.

Na tarde de quarta-feira, uma nova pesquisa eleitoral, publicada pelo PoderData, mostrou Lula com 44% das intenções de voto na disputa pela Presidência da República. Em relação à pesquisa anterior do PoderData, divulgada há duas semanas, a vantagem do petista se manteve estável, já que os dois líderes da corrida eleitoral variaram dentro da margem de erro.

Todos os estudos coincidiram ao indicar interrupção do crescimento de Bolsonaro, que vinha se aproximando de Lula, mesmo com o início do pagamento do Auxílio Brasil.

No questionário aplicado pela nova pesquisa Datafolha, constam perguntas que testam a avaliação das políticas praticadas pelo governo Bolsonaro às vésperas da eleição para controlar o preço de combustíveis e favorecer a população mais pobre. 

A expectativa da maior parte dos analistas, até a divulgação das pesquisas desta semana, era que o Datafolha captasse a tendência de aproximação de Bolsonaro, mensurada por outras empresas de pesquisa. Com o resultado dos novos levantamentos, contudo, o cenário permanece indefinido.

Na pesquisa, Lula empatou, na margem de erro, com a soma de todos os outros candidatos (45% a 46%), o que poderia garantir sua vitória no primeiro turno. A possibilidade, de acordo com os agregadores de pesquisa, diminuiu nas últimas semanas, apesar de continuar sendo real.

A manutenção da vitória confortável de Lula no primeiro turno, que o Datafolha mostrou no fim de julho, é a grande expectativa para o levantamento desta quinta.

Edição: Rodrigo Durão Coelho