A Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943) apresenta ao público três atividades gratuitas na noite deste sábado (10). A programação tem entrada franca. A Fundação recebe doações de alimentos para o projeto Cozinha Solidária.
A partir das 19h, acontece o coquetel de lançamento da terceira edição do Festival Internacional de Videodança do Rio Grande do Sul (Fivrs), apresentando 47 trabalhos selecionados entre 142 inscrições de 27 países e 16 estados brasileiros. Os trabalhos combinam as linguagens das artes do vídeo e da dança em temáticas livres com duração de até dez minutos, totalizando cerca de 4h30 de duração, exibidas de forma contínua na sala de projeção no segundo andar da Fundação.
Além disso, a Fundação recebe a inauguração de duas exposições. "Pinturas para um mundo desconhecido", do artista Pedro EMCB, apresenta colagens, pinturas e instalações no projeto Potência, espaço voltado a ampliar a divulgação da arte contemporânea produzida por jovens artistas no RS.
Na Galeria Ecarta, a exposição "Yvy Nhande Mba’e – A terra é nossa", do artista Guarani Xadalu Tupã Jekupé, reúne obras em pintura, gravura, fotografia, vídeo e instalações recentes que simbolizam a produção da arte contemporânea indígena no Rio Grande do Sul.
As duas exposições estarão em cartaz até 23 de outubro, com entrada franca, de terça a domingo, das 10h às 18h, inclusive feriados.
As mostras dos artistas Pedro EMCB e Xadalu integram o “Portas para a Arte”, projeto da Bienal 13, que insere a criação de circuitos de visitação nos espaços culturais da Capital.
Arte e visibilidade indígena
"Yvy Nhande Mba’e – A terra é nossa" é uma seleção de trabalhos do artista Xadalu, com a curadoria da antropóloga indígena Sandra Benites, reunindo obras em pintura, gravura, fotografia, vídeo e instalações recentes que simbolizam a produção da arte contemporânea indígena no RS. No período da mostra, o prédio da Fundação Ecarta estará identificado como ‘Área Indígena’, uma das marcas do artista.
A seleção de trabalhos de Xadalu reúne obras em pintura, gravura, fotografia, vídeo e instalações recentes que simbolizam a produção da arte contemporânea indígena no RS / Reprodução
A preservação da natureza, o território como espaço de existência e a visibilidade dos povos indígenas são temáticas presentes nas obras do artista, já reconhecido pela arte urbana e atualmente em exposição no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
Elemento central na pesquisa de Xadalu, a terra é a força vital que recorda a origem Guarani e por meio dela dissemina sua narrativa poética. “A terra é forte, tem forma, calor, abundância divina para todos, mas a disputa por ela mata indígenas constantemente no Brasil”, pontua o artista.
Design e artes visuais
A exposição "Pinturas para um mundo desconhecido", de Pedro EMCB, mescla a área do design e das artes visuais através de colagens, pinturas e instalações. O artista usa estampas antigas, capas de livros, páginas de revistas e placas de MDF para formar uma coleção de centenas de imagens, pintando sobre esses suportes que cobrem as paredes como se fosse uma arena, essa multidão de semblantes desconhecidos a contemplar, no centro da galeria, um colchão em que retratou um morador de rua.
A produção de Pedro EMCB mescla a área do design e das artes visuais através de colagens, pinturas e instalações / Reprodução
O artista vive e trabalha em Farroupilha, onde transita entre o atelier e as ruas, em busca de uma nova forma híbrida de expansão cultural com suas técnicas. Com curadoria de André Venzon, a mostra é a terceira do projeto Potência, novo espaço da Galeria Ecarta voltado a ampliar a divulgação da arte contemporânea produzida por jovens artistas no RS.
Terceiro Festival Internacional de Videodança
De 1º a 18 de setembro ocorre o terceiro Festival Internacional de Videodança (Fivrs) na Fundação Ecarta. Serão exibidos os 47 trabalhos selecionados entre 142 inscrições de 27 países e 16 estados brasileiros. As videodanças selecionadas podem ser visualizadas também no canal do Youtube da Ecarta e no canal do Fivrs.
"A mostra de 2022 apresenta um amplo espectro de abordagens e de perspectivas poéticas, estéticas, tecnológicas, culturais, identitárias e políticas, compondo um potente panorama nacional e internacional da linguagem da videodança e de suas insurgências na contemporaneidade”, registra Rosângela Fachel, uma das criadoras e organizadoras do Fivrs, professora da Universidade Federal de Pelotas, umas das promotoras em parceria com a Fundação Ecarta.
As videodanças homologadas foram apreciadas pela comissão avaliadora de cinco especialistas de quatro países formada por Alexandra Dias (Brasil), Ana Sedeño Valdellós (Espanha), Daniel Aires (Brasil), Denis Angola (Brasil/Finlândia) e Natacha Muriel López Gallucci (Argentina/Brasil).
Estão na seleção trabalhos da Alemanha, Argélia, Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Israel, Itália, Malásia, México, Polônia, Portugal, Rússia, Tanzânia, Uruguai e Venezuela.
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