Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Internacional

Assista ao vídeo

“Há uma decisão política de condenar Cristina Kirchner”, diz líder sindical da Argentina

Vice-presidenta afirma que "obviamente haverá uma condenação" e classifica processo como "pelotão de fuzilamento"

05.dez.2022 às 14h10
Buenos Aires, Argentina
Fernanda Paixão

Cristina Kirchner em sua última declaração no caso das obras públicas, na semana passada, em seu gabinete. - Twitter Cristina Kirchner

O Tribunal Oral Federal nº 2 emitirá na terça-feira (7) a sentença do processo judicial sobre supostos desvios de verba em obras públicas contra a vice-presidenta argentina Cristina Kirchner (Frente de Todos). A ex-presidenta, que já atravessou diversos processos judiciais nos últimos anos, enfrenta agora o primeiro caso que chega a julgamento.

Assim como ela, seu espaço político não acredita em uma absolvição. Afirmam tratar-se de mais um caso de lawfare e que o poder concentrado busca a proscrição política de Cristina Kirchner, principal liderança popular atualmente na Argentina.

Kirchner considera que sua sentença "já está escrita" desde o início do processo, aberto em 2019 durante o mandato de Mauricio Macri (Juntos por el Cambio). Algo que ela disse em sua primeira audiência no processo e que voltou a repetir em sua última declaração de defesa, instância intitulada como "Últimas palavras" pelo tribunal.

"Nunca um termo judicial foi tão apropriado para definir o que é esse processo judicial e esse tribunal, Ministério Público incluído", ironizou durante a declaração, transmitida de seu gabinete. "Se no dia 2 de dezembro de 2019, quando falei pela primeira vez perante este tribunal, eu disse que era o tribunal do lawfare, depois de tudo o que aconteceu, e a mim em particular, devo dizer que fui muito generosa. Na verdade, isto é um verdadeiro pelotão de fuzilamento."

Pela primeira vez durante este processo, a vice também relacionou este caso ao atentado que sofreu no último dia 1º de setembro, quando uma arma foi engatilhada, sem sucesso, a centímetros de sua cabeça. A tentativa de magnicídio aconteceu em frente à sua casa, em uma vigília de apoiadores que protestavam, justamente, contra este processo judicial. A investigação está travada desde que surgiram indícios de conexão entre políticos da coalizão de Macri com os detidos pela tentativa de assassinato, algo que também é denunciado pela vice-presidenta.

"Os senhores juízes e promotores dirão: 'que exagerada, pelotão de fuzilamento'", continuou Kirchner. "Mas, vejam, não sou a única que interpreta assim. Doze dias após esse 1º de setembro, o jornal Clarín, em sua edição de 12 de setembro, nos presenteia esta capa: 'a bala que não saiu e a sentença que, sim, sairá'. Vejam se não há uma identificação entre um fuzilamento e este processo."

Em um processo repleto de irregularidades, a acusação pede pena de 12 anos de prisão. Organizações políticas e a militância peronista já preparam uma mobilização para acompanhar o veredito, que será conhecido na manhã de terça-feira (6).

"Há uma decisão política de condenar Cristina", ressalta o secretário-geral da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Hugo Yasky, deputado federal pela Frente de Todos e sindicalista próximo a Cristina Kirchner. "A absolvição de Cristina é uma possibilidade remotíssima, apesar de que a defesa demonstrou a inconsistência dos argumentos da procuradoria", afirma ao Brasil de Fato.

"O que estamos vivendo na Argentina é muito similar ao que vimos no Brasil, com a prisão de Lula", afirma Yasky. "Cristina Kirchner não é apenas a vice-presidenta em exercício, ela é a principal figura política e do campo popular deste país. O ataque contra Cristina vai gerar rejeição em amplos setores, e com certeza isso irá aprofundar a polarização que existe no nosso país. A democracia entra em uma espécie de estresse, um dano que faz com que, todos os dias, as pessoas deixem de acreditar na justiça e nas instituições democráticas."

O caso

O processo investiga supostas irregularidades de 51 obras públicas em Santa Cruz, província onde Kirchner iniciou sua carreira política, realizadas durante os governos presidenciais de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015). Os promotores Diego Luciani e Sergio Mola acusam os Kirchner de beneficiar o empresário Lázaro Báez nas licitações para a realização dessas obras sob a figura legal de "associação ilícita".

Trata-se de um caso reaberto, que já havia sido concluído em primeira instância pela justiça de Santa Cruz por não identificar delitos. A denúncia contra o governo Kirchner e o empresário Lázaro Báez foi realizada por Javier Iguacel, recém-chegado na Direção Nacional de Rodovias pelo governo de Mauricio Macri, durante os primeiros dias da gestão em 2016.

Neste momento, o juiz federal Julián Ercolini, em Buenos Aires, recusou investigar o caso por incompetência da jurisdição. Quando o caso foi concluído pela justiça em Santa Cruz, Ercolini assumiu a investigação no processo reaberto sobre as mesmas 51 obras públicas da província patagônica.

É o mesmo juíz envolvido em um escândalo vazado no domingo (4). Foram divulgadas conversas hackeadas de um grupo de Telegram que o magistrado integrava com outros funcionários do judiciário e diretores do Grupo Clarín, conglomerado midiático essencial na campanha judicial contra o campo popular na Argentina. Nas conversas vazadas, combinam um encontro na mansão do magnata Joe Lewis, inglês que ocupa hectares de terras na Patagônia, incluindo o acesso a um lago público, o Lago Escondido.

:: Como a propriedade privada de terras de estrangeiros afeta a soberania argentina ::

Além disso, um dos juízes responsáveis pelo caso, hoje, integra o mesmo time de futebol de um dos promotores, Diego Luciani.

"Quando todas as garantias são violadas, quando o juiz falava uma coisa e hoje fala outra com base em uma denúncia feita pelo governo Macri, obviamente haverá uma condenação", afirmou a vice-presidenta em entrevista à Folha de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira (5).


Apoio à Cristina Kirchner em frente à sua casa, após o pedido de prisão emitido pelo promotor Diego Luciani. / Senado Argentina

A cientista política Romina Guilarducci destaca que, ao não serem contundentes as provas apresentadas e já haver um cenário tão definido de uma condenação por vir, o judiciário cumpre o que, durante a ditadura, foi o papel dos militares. "Este processo é verdadeiramente preocupante para a democracia. Estamos a ponto de cumprir 40 anos de redemocratização, e o poder judiciário claramente se associa aos partidos opositores contra o peronismo", afirma.

"Este processo começou em 2019, que também foi um ano eleitoral. E Cristina está a ponto de enfrentar novas eleições", destaca Guilarducci, em referência ao ano de eleição presidencial na Argentina, em 2023. "A pressa que estão tendo com este processo, ou mesmo o motivo pelo qual ele prosperou, é porque começou durante o macrismo."

Cenários possíveis

Ainda que seja condenada no atual processo, Cristina possivelmente poderia candidatar-se no ano que vem, dado que a resolução do caso teria de ser firmada pela Corte Suprema em, no mínimo, um ano. Pelo mesmo motivo, não seria presa com um veredito condenatório. Além disso, como vice-presidenta, Cristina tem imunidade de prisão. 

Se condenada, Cristina poderá recorrer da decisão na Câmara Federal de Cassação Penal e, em última instância, à Corte Suprema. Os fundamentos da sentença serão conhecidos em outra instância, cuja data também será anunciada na terça-feira (6) pelos juízes responsáveis pelo caso.

Na Câmara de Cassação, dois dos juízes que tratariam o caso, Mariano Borinsky e Gustavo Hornos, são apontados pelo peronismo por manter reuniões e encontros com o ex-presidente Mauricio Macri durante seu mandato.

"No caso da tentativa de assassinato de Cristina, a justiça se move como se não tivesse cérebro nem músculo, mas para tentar condená-la, estão trabalhando contra o tempo", aponta Hugo Yasky. "Se pensam que, com isso, farão da Cristina um cadáver político, estão fazendo absolutamente o contrário. Cristina está ganhando cada dia mais apoiadores e instalação como a principal figura política do país. Acredito que, em algum momento, tudo o que estão fazendo vai voltar contra ele, como um bumerangue", disse, e agregou: "Como no Brasil."

Editado por: Thales Schmidt
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MOBILIZADAS

No Recife, mulheres debatem a relação do feminismo com a luta por trabalho digno; assista

Nova liderança

Quem é Andrónico Rodríguez, senador que tem a meta de unificar a esquerda da Bolívia

LUTA ANTIMANICOMIAL

Manifestação em Curitiba denuncia ‘hospícios camuflados’ e verba pública para comunidades terapêuticas

VIOLÊNCIA POLÍTICA

Após ofensas a deputada, Assembleia do Paraná promete endurecer regras e facilitar envio de casos ao Conselho de Ética

ANÁLISE

Zema usa brechas no Propag para tentar privatizar UEMG, EMC e estatais, avaliam especialistas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.