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RN vive segunda noite de ataques violentos; Força Nacional chega para apoio na segurança

Poder público afirma que ordem para ataques partiu de dentro de presídios; serviços são suspensos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Agentes da Força Nacional chegaram à capital potiguar durante a madrugada - Twitter Fátima Bezerra

A capital potiguar, Natal, e cidades do interior do estado tiveram a segunda noite seguida de episódios violentos, com registro de incêndios em veículos e tiros. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas nos ataques registrados entre terça e quarta-feira (dias 14 e 15). Ainda nesta madrugada, integrantes da Força Nacional se juntaram às forças de segurança do Rio Grande do Norte.

Assim como aconteceu no dia anterior, o transporte público foi suspenso em Natal no fim da manhã desta quarta. Unidades de saúde estão atendendo apenas casos emergenciais. Escolas e universidades tiveram as atividades supensas em diversas cidades. Desde o começo da série de ataques, houve registro de violência em pelo menos 25 cidades potiguares.

De acordo com o último balanço da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (Sesed), 28 pessoas foram presas desde o começo da série de ataques. Um homem foi morto em ação policial no estado. Além disso, o G1 informou que um homem apontado como um dos organizadores dos ataques foi morto pela polícia em João Pessoa (PB) na madrugada desta quarta-feira.

Segundo o secretário de segurança pública do estado, Francisco Canindé de Araújo Silva, os episódios violentos são uma estratégia de pressão ordenada por pessoas presas em busca de benefícios como aparelhos de televisão nas celas e visitas íntimas. Ao menos um preso já foi encaminhado para um presídio federal, e outros serão levados nos próximos dias.

Força Nacional

O primeiro contingente de integrantes da Força Nacional, com cerca de 100 agentes, chegou à capital potiguar em dois voos que pousaram na madrugada de quarta. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), até sexta-feira chegarão outros 120 agentes, além de veículos que serão usados para patrulhar as ruas das cidades atingidas. O contingente poderá aumentar caso os episódios violentos prossigam.

Edição: Nicolau Soares