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Além de Mauro Cid e Max Guilherme: relembre pessoas do entorno de Bolsonaro que já foram presas

Ex-ministros, assessores, aliados: diversas pessoas próximas ao ex-presidente respondem por crimes e acusações

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
dos ex-ministros da gestão do ex-presidente que foram presos - Wilson Dias/Agência Brasil

A operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3), além de passar pela casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve as prisões de dois ex-assessores diretamente ligados a ele: o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-sargento do Bope Max Guilherme. A dupla se junta a outras pessoas do entorno de Bolsonaro que já foram presas.

:: Quem é o tenente-coronel Mauro Cid? ::

Nesta quarta, segundo a PF, a operação batizada de "Venire" apura o caso de uma suposta associação criminosa que realizou a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 em sistemas oficiais do Ministério da Saúde para geração de certificados de vacinação. Em outros casos, que o Brasil de Fato apresenta agora, há acusações com diferentes teores.

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz

Acusados de serem os executores do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos em março de 2019, um ano após o crime. Lessa morava no mesmo condomínio que Bolsonaro, no Rio - em uma casa bem próxima. Mas não é só isso que liga o ex-presidente aos acusados. Em 2022, o Brasil de Fato mostrou fatos que conectam os Bolsonaro a milicianos do caso Marielle. Clique aqui e confira.

Fabrício Queiroz 


Queiroz e Bolsonaro são amigos de longa data / Reprodução

Um dos assessores mais próximos do clã Bolsonaro, Fabrício Queiroz foi preso em junho de 2020, após ficar escondido na casa do advogado Frederick Wassef, que trabalha para a família. Queiroz foi preso a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em investigação sobre um esquema de desvio de vencimentos de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, conhecido como “rachadinha". Solto em 2021, ele se lançou candidato a deputado estadual e fez campanha se ligando fortemente aos Bolsonaro, chegando a usar o slogan "lealdade de verdade". Não foi eleito.

Daniel Silveira


Silveira posa ao lado de Bolsonaro segurando cópia do texto do perdão presidencial / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro em 2018 na esteira da onda de extrema direita Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021 após publicar vídeo com agressões ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apologia ao Ato Institucional nº 5 (AI-5). Julgado, foi condenado pelo Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão em abril de 2022, mas recebeu perdão presidencial dado por Bolsonaro no dia seguinte à condenação. Em fevereiro deste ano, após ficar sem mandato, voltou a ser preso por descumprimento de medidas judiciais.

Roberto Jefferson


Desde 2020 Roberto Jefferson (PTB) e Jair Bolsonaro (PL) criaram uma relação com muitas trocas de elogios / Reprodução/Instagram

Convertido em bolsonarista fiel, o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi preso em agosto de 2021, por suposto envolvimento em uma organização criminosa digital montada para desferir ataques à democracia. Entre idas e vindas, voltou a ser preso em outubro de 2022, quando atacou a tiros e arremessou granadas contra agentes da PF que foram cumprir nova ordem de prisão contra ele. Dois policiais ficaram feridos.

Milton Ribeiro


Bolsonaro chegou a dizer que "colocaria a cara no fogo" por Ribeiro / Getty Images

Quarta pessoa a ocupar o Ministério da Educação no governo de Bolsonaro, Milton Ribeiro deixou o cargo em março de 2022, envolvido em consistentes denúncia de corrupção, dias depois que o então presidente disse que colocaria "a cara no fogo" pelo aliado. Três meses mais tarde, Ribeiro foi preso em operação da PF que investigava o esquema de "tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às prefeituras, mediado por pastores bolsonaristas que faziam as vezes de lobistas. 

Anderson Torres

Ex-ministro da Justiça no governo de Bolsonaro, Anderson Torres ficou pouco tempo desempregado após deixar o governo federal. Em 2 de janeiro de 2023, ele já era oficialmente o secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal (DF). Ocupava oficialmente o cargo no dia dos ataques de 8 de janeiro à Praça dos Três Poderes, embora estivesse nos Estados Unidos. Foi preso ao voltar ao Brasil, depois que a PF, em buscas na casa dele, encontrou uma minuta de um decreto que permitiria a Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Edição: Vivian Virissimo