Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Análise

TCU constata ‘apagão’ em políticas públicas federais para a população LGBTQIAP+ sob Bolsonaro

Auditoria avaliou ações de cinco ministérios entre 2019 e 2021 e confirmou ausência de verdadeiras políticas públicas

17.maio.2023 às 13h25
Rio de Janeiro (RJ)
Alexandre Augusto Mundim e Carine de Oliveira Dantas

Crime ocorreu em pleno Dia Internacional contra a Homofobia; movimentos LGBTQIA+ exigem apuração - Mídia Ninja

Em abril de 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisou programas e ações federais voltadas para a proteção da população LGBTQIAP+ entre 2019 e 2021. Segundo Comissão do Senado que solicitou a auditoria, as políticas públicas para essa parcela da população teriam sofrido um "apagão". A suspeita, infelizmente, foi confirmada pela análise do TCU.

A Corte de Contas avaliou ações e programas em vigor entre 2019 e 2021 de cinco Ministérios diferentes: da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; da Cidadania; do Turismo; da Justiça e Segurança Pública; e da Saúde.

Leia também: Casos de LGBTQIAP+fobia no futebol sobem 76% em um ano

Apenas três iniciativas estatais direcionadas à população LGBTQIAP+ foram identificadas, nenhuma das quais pode ser enquadrada como "política pública": (i) o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica, que teve sua vigência encerrada em 2020 sem que tenham sido localizadas iniciativas para sua renovação; (ii) o Plano Nacional de Empregabilidade LGBT, que não cumpriu requisitos mínimos para ser classificado como política pública; (iii) e a Política Nacional da Saúde Integral LGBT, que não pode ser inteiramente avaliada uma vez que os dados requisitados pelo Tribunal não foram encaminhados pelo Governo.

Desse modo, o Tribunal concluiu pela confirmação da hipótese inicial de ausência de verdadeiras políticas públicas stricto sensu voltadas à população LGBTQIAP+.

Cenário 

A Pesquisa Nacional de Saúde/IBGE de 2019 indicou que cerca de 2,9 milhões de pessoas (1,8% da população adulta brasileira) se identificam como homossexuais ou bissexuais. Vale relembrar que esse dado estatístico, fruto de questionário experimental inédito no país, apenas foi divulgado em 2022 em meio à polêmica de inclusão de questões sobre orientação sexual e identidade de gênero no Censo Demográfico. À época, alegando ausência de tempo hábil para desenvolver "técnica e metodologia responsáveis e adequadas", o IBGE obteve decisão judicial que suspendia a obrigação de inclusão das perguntas. 

Posto de lado o mérito dos argumentos do IBGE, é certo que a ausência de dados seguros acerca do número de brasileiros LGBTQIAP+ apenas contribui para a marginalização dessa parcela da população, possivelmente bem mais relevante do que apontam os números iniciais do IBGE.

:: Década de avanço: casamentos homoafetivos cresceram quatro vezes nos últimos dez anos ::

Com efeito, de acordo com os dados reunidos pelo TCU, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABLGT) estima a existência de mais de 20 milhões de bissexuais e homossexuais no Brasil, mais do que o sêxtuplo do estimado pela PNS/IBGE. 

Mesmo sendo parcela expressiva da população, os brasileiros LGBTQIAP+ sofrem a estigmatização e a supressão de seus direitos e garantias. O Grupo Gay da Bahia anota que uma pessoa LGBTQIAP+ morre a cada 34 horas. Em específico quanto à população trans, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de países que mais matam transexuais e travestis. 

De acordo com números da Aliança Nacional LGBTI, citada pelo TCU em seu acórdão, durante a pandemia de covid-19, a taxa de desemprego da população LGBTQIAP+ chegava a 40%, elevando-se a 70% no subgrupo de transexuais e travestis, contra 14% da população em geral. 

A informação sobre a população LGBTQIAP+ é essencial para a formulação de políticas públicas que tomem em consideração suas necessidades específicas. A ignorância, por sua vez, favorece discurso conservador que tem interesse em invisibilizar a existência da diversidade sexual e de gênero. 

Nesse cenário, como sintetiza o próprio acórdão do TCU: "[a]s pessoas LGBTQIAP+, inequivocamente precisam de políticas públicas específicas potentes o suficiente para ter sua visibilidade social ampliada de modo a enfatizar suas peculiaridades e necessidades, livrando-as da atual situação de vulnerabilidade". A ausência de ações mais robustas nesse sentido a partir de 2019 demonstra a escolha pela não priorização da pauta e indica que os problemas evidenciados pelos dados, infelizmente, não fizeram parte de um plano específico de correção. 

Sugestões do TCU e expectativas para o futuro

O TCU fez recomendações principalmente quanto à ação do Plano Nacional de Empregabilidade LGBT, visando o aumento de sua abrangência e sua institucionalização como política pública stricto sensu. No mais, o Tribunal destacou a recente criação da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das pessoas LGBTQIA+ como uma oportunidade para o avanço de novas políticas públicas com foco nessa parcela populacional.  

Cita-se, nesse quadrante, a reinstituição pelo Decreto nº 11.471/2023 do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras – CNLGBTQIA+, extinto em 2019. O Conselho tem competência para colaborar com a elaboração de critérios e parâmetros de ações governamentais que visem a assegurar as condições de igualdade, de equidade e de garantia de direitos fundamentais às pessoas LGBTQIAP+.

:: Brasil volta a ter Conselho Nacional de Direitos LGBTQIA+ ::

Porém, apesar do tom otimista do Tribunal, o alcance da competência do TCU na matéria é limitado. A auditoria realizada pela Corte é histórica e de grande importância por evidenciar o atual estado de apagão de políticas públicas federais voltadas à população LGBTQIAP+, mas não vai além de diagnóstico sistêmico, apontando aos gestores públicos espaço para melhorias. A elaboração de novas políticas públicas e o aperfeiçoamento de ações e programas já existentes cabe naturalmente aos Poderes Executivo e Legislativo, que devem ser pressionados pela sociedade civil a tomar as medidas para o avanço na efetivação plena dos direitos da população LGBTQIAP+. 

* Carine de Oliveira Dantas e Alexandre Augusto Mundim são advogados na Manesco Advogados

** Este é um texto de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: lgbtqiap+
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

GENOCÍDIO

Israel ataca geradores de hospitais; ‘ajuda’ permitida deixa mais de 2 milhões sem comida

Ciência

Estudo do Butantan com vacina contra gripe aviária em humanos aguarda aval da Anvisa

'Chaga histórica'

Organizações do DF repudiam racismo contra ministra do TSE Vera Lúcia Santana

Influenza

Vacina contra a gripe está liberada para toda população no DF

VITÓRIA

Auxiliares de serviços da educação básica de MG conquistam direito ao salário mínimo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.