Corrida armamentista

Em Tóquio, secretário de Defesa dos EUA elogia aumento do gasto militar do Japão

Lloyd Austin critica "atitude coercitiva" da China e defende alianças militares do Pentágono na região

São Paulo (SP) |
Austin - Chad J. McNeeley / DOD

Em viagem pelo Japão, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, criticou nesta quinta (1°) China, Rússia e Coreia do Norte, além de elogiar o aumento dos gastos militares japoneses. 

"Estamos profundamente preocupados com o comportamento coercitivo [da China] e suas tentativas de minar a ordem internacional baseada em regras. E, enquanto isso, a Rússia continua a travar sua guerra cruel e não provocada contra a Ucrânia. Agradecemos a ajuda do Japão à Ucrânia e sua liderança em se opor a qualquer tentativa de mudar o status quo pela força", disse Austin ao lado de seu homólogo japonês, Yasukazu Hamada.

O Japão anunciou recentemente que pretende duplicar seus gastos militares nos próximos 5 anos e também fez uma doação de 100 veículos militares para a Ucrânia. Além dos japoneses, outros países também aumentaram consideravelmente seu investimento em defesa nos últimos anos.

“Apoio fortemente as políticas de segurança nacional atualizadas do Japão, incluindo decisões para aumentar os gastos com defesa e adquirir capacidades de contra-ataque”, disse Austin.

O secretário de Defesa dos EUA ressaltou que o Japão se aproxima não apenas dos EUA, mas também de Coreia do Sul, Austrália, Índia e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

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Austin ainda criticou a China por negar uma reunião com o seu secretário de Defesa, Li Shangfu. Os dois estarão nos próximos dias na conferência "Diálogo Shangri-la", que será realizada em Singapura.

Pequim criticou os EUA por buscar uma reunião ao mesmo tempo que mantém uma sanção contra Li.

"Se os Estados Unidos dizem que querem se comunicar enquanto reprimem e contêm a China por qualquer meio e impõem sanções a autoridades, instituições e empresas chinesas, qual é a sinceridade e o significado de tal comunicação?", disse a porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, em coletiva de imprensa.

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho