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Segurança Pública

Ataques às escolas: canal do governo recebe quase 10 mil denúncias em 90 dias

Dados revelam necessidade de políticas com foco em competências emocionais como parte do educação dos jovens

14.jul.2023 às 16h07
São Paulo (SP)
Camila Salmazio

Denúncias tiveram um pico no dia 11 de abril, após dois ataques recentes e diversas ameaças e informações falsas disseminadas nas redes sociais. - Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

O canal Escola Segura, criado pelo governo para receber informações de ameaças e ataques contra escolas, recebeu 9.139 denúncias em 90 dias de existência. Os dados foram obtidos pelo Brasil de Fato junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pela medida em parceria com a SaferNet Brasil.

Os números representam uma média de 97 denúncias por dia desde a criação do canal, em 6 de abril deste ano. No entanto, há uma uma concentração significativa no primeiro mês de atuação devido à comoção social após o ataque em uma escola estadual em São Paulo, no dia 27 de março, e outro em uma creche particular em Blumenau, no dia 5 de abril.

Os dados também revelam um pico no dia 11 de abril, com 1.836 denúncias registradas. O governo não informa a região de maior incidência das denúncias por questões de segurança.

Para Telma Vinha, professora da Faculdade de Educação e coordenadora do grupo Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública do Instituto de Estudos Avançados, ambos na Unicamp, o canal permitiu "conhecer o tamanho do problema" que ela e outros pesquisadores vêm estudando desde 2001 no Brasil.

"Sabemos que milhares de ameaças foram investigadas e prováveis ataques desbaratados devido a forte atuação dos governos, da Secretaria de Justiça e das polícias nas diversas esferas federais, estaduais e municipais. Centenas de perfis de redes sociais foram suspensos e removidos e mais de dois mil casos estão em investigação."

:: Ataque à escola não é decisão individual e reflete contato com extremistas, diz pesquisadora ::

De acordo com o estudo liderado por Telma, de 2001 a 2023 foram 32 ataques realizados por estudantes e ex-estudantes, com 33 mortes. A maior parte dessas ocorrências está concentrada entre 2022 e 2023, com 18 ataques e 10 mortes, revelando uma escalada desse tipo de violência. Os crimes são cometidos em sua maioria por pessoas do sexo masculino, brancos, que apresentam gosto pela violência e transtornos mentais que foram negligenciados. Entre as principais motivações está a vingança por bullying ou outro episódio de sofrimento na escola e a aproximação desses jovens a uma cultura extremista.

"Se trata de um fenômeno complexo e multifatorial, não há certezas e nem será resolvido em curto prazo", pontua Telma, que acredita que a alta demanda de denúncias tem relação com o medo e a hipervigilância das pessoas diante dos casos recentes.

Diante da ofensiva, diversas instâncias de governos anunciaram medidas de combate a violência, como o reforço do policiamento nas unidades educacionais, palestras com agentes de segurança e investimento em sistema de câmeras e alarmes. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se reuniu com representantes de redes sociais como o Twitter e o Tik Tok para cobrar medidas mais coerentes e responsabilidade das empresas pelos conteúdos que incitam esse tipo de crime, que foram amplamente compartilhados durante o pico de denúncias sem nenhum filtro. O governo também passou a monitorar o Discord, uma plataforma que atua sem regulação e que tem sido usada para organizar e ensinar jovens a realizarem esse tipo de crime.

:: Ataques nas escolas: pesquisadores criticam treinamento de professores por PMs no RJ ::

As medidas contribuíram para impedir que novos ataques fossem realizados no dia 20 de abril, quando se relembra o aniversário do Massacre de Columbine, nos EUA. A data causou pânico em cuidadores e muitos não enviaram os filhos para a escola nesse dia, quando foram disseminadas diversas informações falsas sobre ataques planejados para esta data. A especialista destaca que o foco em medidas de segurança pública, no entanto, não atinge a raiz do problema.

"Por se tratar de um tema forte, frequentemente são apresentadas respostas imediatistas de segurança e bem intencionadas. No primeiro momento pode ter sido necessário devido à preocupação com os novos ataques e o pânico generalizado, mas a médio prazo os estudos indicam que atuar somente nas consequências é pouco eficaz para a prevenção. Inclusive essas medidas podem promover outras violências e impactam negativamente o clima da escola", elucida.

Na avaliação de Telma é necessário que as medidas de segurança estejam acompanhadas de ações que contribuam para mudar a cultura e os valores da comunidade escolar e, principalmente, dos jovens, com foco em suas competências emocionais. "Como contribuir para mudar uma cultura das violências e impedir que as crianças e os adolescentes tenham o acesso à comunidades online que estimulam o ódio que ensinam a matar? O clima escolar positivo é promotor do bem-estar, do pertencimento e do cuidado de todos na escola", finaliza.

:: Violência nas escolas: após onda de ataques, especialistas apontam caminhos ::

Em nota, o Ministério da  Justiça e Segurança Pública informou que o canal Escola Segura segue aberto para denúncias e não tem prazo para encerrar suas atividades. A pasta também disse que o edital de R$ 150 milhões para que estados e municípios apresentem propostas de reforço da segurança no entorno das escolas, com ampliação de patrulhas, rondas e aperfeiçoamento tecnológico para monitoramento está em fase de classificação das propostas recebidas.

Para denunciar qualquer suspeita de ataque basta acessar o site gov.br/escolasegura e enviar o máximo de informações que tiver sobre a ocorrência. A denúncia pode ser realizada de forma anônima. Em caso de emergência, o governo orienta a ligar para o 190. 

Editado por: Nicolau Soares
Tags: direitos das criançasdireitos sociais e econômicos
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