cultura periférica

Cinema periférico e independente: CineMotriz recebe inscrições de curtas até dia 10 de agosto

Festival acontece em outubro, em Planaltina; serão distribuídos mais de 7 mil reais em prêmios

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
O festival CineMotriz está em sua segunda edição e surgiu a partir de um movimento de descentralização da cultura e de acesso ao cinema pelas periferias - Divulgação/CineMotriz/@imatheusalves

O Festival de Cinema de Planaltina (CineMotriz) está recebendo inscrições de filmes para participar da Mostra Competitiva até dia 10 de agosto. São aceitos curta-metragens de até 30 minutos, realizados a partir de 1º de janeiro de 2022, de documentário, ficção, animação, experimental, híbrido ou infantil. 

Em outubro, o Complexo Cultural de Planaltina vai virar uma gigante sala de cinema e passarela da diversidade. Com o tema “Sagrada Esperança”, a edição deste ano busca apresentar filmes inéditos, periféricos e independentes que revelam as contradições, opressões e injustiças de um país em estado de reconstrução. 

“Filmes que possibilitem co-criar, comemorar e renovar a vida. Mover imagens e sons para incomodar a ansiedade e o cansaço, nos mover enquanto o céu não cai, quem sabe possamos adiar o desabamento!”, convida a organização do evento. 

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A curadoria, formada por Edileuza Penha de Souza, Danúbia Mendes e Victor Hugo Leite, selecionará 18 obras para a Mostra Competitiva e até seis filmes para as Mostras Paralelas. Além do troféu Motriz, serão distribuídos R$ 7.300 em prêmios.

Três curtas-metragens selecionados pelo Júri Técnico Oficial receberão R$ 2.300,00, R$ 1.500,00 e R$ 1.200,00, respectivamente, para 1º, 2º e 3º colocados. E o curta-metragem mais votado pelo Júri Popular receberá um prêmio de R$ 2.300,00.

Os filmes poderão ser inscritos até dia 10 de agosto por meio do site.

Cinema Periférico 

A ideia do CineMotriz surge em 2018, a partir de um movimento de descentralização da cultura e de acesso ao cinema em Planaltina, cidade mais antiga do Distrito Federal, mas que não possui nenhum espaço de cinema. 

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O Festival leva audiovisual gratuito e aberto às periferias do DF, com apresentações artísticas e musicais, sessões de cineclubes e rodas de conversa em escolas e pontos de cultura. Filmes independentes, inéditos e de todas as regiões do país chegam ao CineMotriz com a perspectiva de ver e debater a realidade negra e periférica, das mulheres, pessoas LGBTQIAP+ e indígenas.

Conheça a curadoria do Festival

Edileuza Penha de Souza é professora, documentarista e pesquisadora. Pós-doutora em Comunicação e doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), com estágio e atuação na Cátedra de Documentário na Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV), de San Antonio de los Banõs/Cuba, é idealizadora e organizadora da Mostra Competitiva de Cinema Negro – Adelia Sampaio.

Atua na curadoria e no júri de mostras e festivais nacionais e internacionais. Seu último documentário, “Filhas de Lavadeiras” (2020) recebeu diversas premiações, dentre elas, o Prêmio Academia Francesa de Cinema (Academie des Césars, 2022), o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021 (Melhor curta-metragem documentário), o Festival É Tudo Verdade e o prêmio aquisição do Canal Brasil, em 2021.

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Danúbia Mendes, uma das curadoras da 2ª edição do Motriz, atua na área de roteiro e produção de vídeos desde 2002. Em 2008, passou a integrar o Movimento do Vídeo Popular - DF/GO. Participa também da curadoria do Festival Muntu de literatura e é graduada, mestre e doutora em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Pertenço a uma geração que sonhou em mudar o mundo. O meu mundo, como moradora de periferia, família da classe trabalhadora, pouco acesso à educação, cultura e letramento, foi transformado pela literatura, que me permitiu acessar à Universidade pública, numa época em que no Brasil este enão era um lugar que frequentávamos”, conta a curadora.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino