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Com adesão de novas categorias, funcionalismo público de SP articula nova greve para 28 de novembro

Profissionais da saúde, educação e outras áreas se unem a trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM em nova paralisação

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Protesto na estação Barra Funda, na capital paulista, durante greve unificada de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp no último dia 3 de outubro
Protesto na estação Barra Funda, na capital paulista, durante greve unificada de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp no último dia 3 de outubro - Rovena Rosa/ Agência Brasil

Trabalhadoras e trabalhadores de diversos setores do serviço público do estado de São Paulo vão realizar uma greve geral no próximo dia 28 de novembro, em mais uma etapa da mobilização contra os planos de privatização de serviços pelo governo chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O movimento promete ser ainda maior que a greve do último dia 3 de outubro, quando funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fizeram uma paralisação unificada.

No último dia 31 de outubro, representantes de diversas categorias se reuniram para articular os próximos passos do movimento. O encontro contou com representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) e do Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp).

Juntas, as categorias definiram a data da mobilização e as pautas prioritárias. Além do enfrentamento às privatizações, o movimento vai protestar pelas demissões arbitrárias de trabalhadores do Metrô, contra um projeto de reforma administrativa apresentada pelo governo de Tarcísio e contra cortes em áreas prioritárias, como a educação.

"Nós unificamos. É uma luta que vai envolver todo o funcionalismo público para a gente derrotar esses projetos que estão na Assembleia Legislativa. Nós entendemos que, para derrotar esses projetos e o ataque ao serviço, o servidor público e as estatais, nós faremos isso de forma unificada, para mostrar que todos esses segmentos envolvidos estão comprometidos em defender o serviço público", disse ao Brasil de Fato o presidente da Apeoesp, Fábio de Moraes. 

Além da paralisação, as categorias articulam protestos para o dia 28. Entre as atividades previstas está um ato junto à sede da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A mobilização das categorias prossegue em outras frentes, como o plebiscito popular sobre a privatização, com encerramento previsto para o próximo domingo (5). 

Edição: Rodrigo Durão Coelho