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'Levante indígena' está resgatando identidades perdidas com a colonização, afirma ator Adanilo

Artista manauara viveu Deocleciano no início da novela 'Renascer' e teve atuação premiada no filme 'Noites Alienígenas'

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Adanilo participou dos 13 episódios da primeira fase da novela Renascer - Gustavo Paixão

Quando morava no Rio de Janeiro, o ator Adanilo sentia um desconforto, uma falta de identificação com a população. Com objetivo de estudar e focar na carreira, o artistas saiu da cidade de natal, Manaus, rumo ao sudeste do país. Um movimento difícil, mas importante para despertar uma percepção que, até então, aos 26 anos de idade, ainda não havia ascendido. Que ele é uma pessoa indígena.

“E eu sigo esse processo até hoje na verdade, porque, se parar para pensar, eu estou me entendendo como pessoa indígena há muito menos tempo do que eu vivo. Tenho 33 anos e foi em 2016 isso”, relata o ator e diretor em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta-feira (10).

À espera do lançamento de Eureka, filme argentino mais recentemente no seu currículo, Adanilo ainda desfruta da felicidade de ter participado do início da novela Renascer, da Rede Globo. Ele interpretou o personagem Deocleciano quando jovem.

No entanto, o marco na carreira do artista foi o longa Noites Alienígenas, lançado em 2022, dirigido por Sérgio de Carvalho e multipremiado no festival de Gramado (RS) daquele ano.

O filme conta a história da chegada de facções de tráfico de drogas da região sudeste do país a Rio Branco (AC). Adanilo recebeu menção honrosa, uma das seis congratulações recebidas pelo longa no festival, premiado com melhor filme.

No entanto, a importância do produção, para Adanilo, não foram as premiações, mas o seu próprio processo de “retomada” que o longa proporcionou.

“Em Noites Alienígenas foi o primeiro filme em que eu fui reconhecido, convidado para ser uma pessoa com um contexto indígena. Foi a primeira vez que um diretor olhou para mim e falou assim: ‘Você é uma pessoa indígena e pode trabalhar como indígena’. Óbvio, em contato com os outros indígenas que fazem o filme também, tentando entender quem é. E isso faz parte, na verdade, de todo o entendimento de quem eu sou também, então veio como uma espécie de confirmação.”

Segundo Adanilo, o processo que ele passou faz parte de um movimento nacional de pessoas indígenas.

“Eu me sinto feliz de fazer parte desse novo levante também. Eu sinto que existe um levante que vem se dando há muito tempo, principalmente, acho que no último século. Depois ali da ditadura, o levante indígena vem se dando de uma maneira muito intensa e, na última década, ainda mais”.

“O grande problema é esse, é a falta de identidade, a falta de pertencimento às identidades indígenas que foram perdidas e muito diluídas”. 

Adanilo é sócio-fundador da Artrupe Produções junto com outros artistas, produzindo trabalhos como ator, dramaturgo e diretor. Ele também participou do filme de Marighella, de Wagner Moura e atuou nas séries Cidade Invisível, direção geral de Carlos Saldanha.

Confira a entrevista na íntegra 

Brasil de Fato: Você já tinha contato com a produção do cacau? Como foi essa entrada no tema da novela? 

Adanilo: O próprio enredo da novela teve alterações. A primeira versão da novela foi feita 30 anos antes, e de lá pra cá, muita coisa mudou na lida do cacau, com as coisas que a gente estudou, com as pessoas que a gente pode conversar. 

A preparação da novela teve um período em Ilhéus, no sul da Bahia, que é onde a novela se passa. A gente pode conferir como tem sido pensado e, também, estudar como era pensado antes esse manuseio do cacau.

Na época em que a novela se passa pro meu personagem, que é no início da década de 1990, o personagem do Zé Inocêncio, junto com o Deocleciano e Jupará, acabam sendo uma espécie de pioneiros na forma de lidar com o cacau, porque naquele momento a produção era feita de outra maneira e o personagem já vem com esse intuito.

Eu acho muito interessante. Uma maneira diferente de lidar com a agricultura de maneira geral mesmo. Quando eu estive lá, fiquei ainda mais impressionado. Achei muito bonito, fiquei muito envolvido por saber a questão da poda do cacau, como é que funciona o plantio e toda dinâmica rural de fazenda do sul da Bahia. Achei muito impressionante.

E me conectei muito por conta da minha vivência, principalmente na infância. Eu vivia muito com meu pai no interior. Meu pai é uma pessoa nascida e criada no interior aqui do Amazonas. Essa relação direta com a Terra a gente sempre teve. 

Então eu consegui conectar esses comportamentos que o Deocleciano teria que ter na novela. Eu, Adanilo, também tive, ou tenho hoje, em menor grau por conta da rotina. Eu já não tenho conseguido tanto viver nos meios naturais quanto eu gostaria, mas faz parte também do processo do que eu sou, eu acredito. 

Qual é a região da tua família?

Minha família por parte de pai é de Manacapuru, que é interior aqui do Amazonas, fica entre 80 e 90 quilômetros de Manaus. E a minha família por parte de mãe é do Pará, de Santarém. 

Outro tema que aparece um pouquinho na novela também são as condições precárias que os trabalhadores do cacau, pelo menos os meeiros, são submetidos. É um pouco retratados no personagem Tião Galinha, que quem faz é o Irandhir Santos. Essa é uma realidade com a qual você também já tinha tido algum contato? já era algo que você esperava? Foi um pouco impactado por essa violência que existe por trás da produção?

Cara, aqui eu vivo na Amazônia, né? Então, a minha rotina, infelizmente, é lidar com violência. Desde o lugar onde eu venho, que é uma periferia de Manaus, até esses contextos de trabalho exploratório que a gente vê de montão.

Eu acho que na novela está até abordado de outra maneira. Acho que o Bruno Luperi, o autor da novela, foi muito feliz também em reesignificar coisas daquele momento, ao mesmo tempo que consegue ser crítico com o que é necessário.

Desde as condições de trabalho até as próprias relações humanas. Eu vejo como o Benedito Rui Barbosa é um autor que explora muito isso, o profundo da relação.

Eu acho que o Deocleciano, por exemplo, é muito complexo. Eu fiz parte de treze capítulos da novela e em treze capítulos eu passei por diversas emoções: do trágico ao muito emotivo, ao amoroso. Tem aquele momento meio faroeste que é de violência, que aí já esbarra em outro assunto, que é esse assunto da masculinidade, da violência perpetuada pela masculinidade.

Eu acho e sinto que é o grande motor de toda essa violência. Incluindo por exemplo, a violência dentro do trabalho, é esse autoritarismo que, principalmente, parte dos homens. 

A novela lida muito bem. Tem o lance do coronelismo, esses diversos aspectos da violência que eu sinto que aparecem por conta dessa imposição masculina na liderança. 

É um problema social, na verdade, um problema estrutural. É algo que a gente lida há muito tempo e vai ter que lidar ainda mais, principalmente nós homens. Onde é que a gente se coloca para conseguir resolver isso?

Eu sou de um bairro da periferia e minhas referências, infelizmente, estiveram muito equivocadas. Dá para se compreender, porque eles também tiveram referências equivocadas. É um grande efeito dominó. A gente vai reproduzindo comportamentos.

Eu me vejo lutando muito contra tudo o que eu fui induzido a ser — ou grande parte do que eu fui, do que tentaram me condicionar a ser, enquanto pessoa, enquanto ser humano, enquanto homem. Eu vou tentando quebrar. 

Você citou que a novela traz de uma maneira não exatamente como condiz a realidade. Eu queria que explorasse um pouquinho mais. Você acha que talvez a novela romantize ou atenue da violência que existe nesse tipo de relação de trabalho?

Cara, acho que não, acho que a novela apresenta. Eu assisto a novela e eu vejo que os personagens todos estão em mazelas. A gente entende o contexto, principalmente porque uma obra de arte não tem necessariamente a obrigação de contar explicitamente as coisas ou de ser tão tão didática, ou ser tão panfletária, ainda que seja — e vai ser, não tem como — vai estar sempre tomando um partido. 

Mas eu vejo que essa novela, especificamente, tem muitas camadas. Olha a habitação onde certos personagens moram. Você vê o estilo de roupa. Acho que nesses detalhes a gente consegue pegar. 

O Irandhir Santos, por exemplo, que é esse personagem que exprime o total disso, da relação de trabalho. Para mim está tudo ali, está tudo dito. Eu entendo o contexto de onde ele vem. Eu sei mais ou menos pelo que ele passa. Eu entendo o que ele passa. Ainda que ele não me falasse, eu consigo ver. Eu acho que a novela é feliz, inclusive nisso. 

Tem muitas camadas, não é só uma apresentação. Não é superficial. Os personagens são bons e são ruins. Tem outros detalhes não vão estar na boca de um personagem. Ele não vai chegar e dizer: "Estou passando por isso". Não é esse o caso.

Voltando ao final da resposta anterior, que estava discutindo bastante de violência, masculinidade tóxica, essas questões. Eu queria  fazer um paralelo com o Noites Alienígenas. É um filme que se passa em Rio Branco, no Acre, também, pertencente à região norte, ainda que a uma distância muito grande em relação a Manaus. Que paralelos a gente pode fazer sobre a temática do filme e sua cidade natal? Para quem não assistiu, o longa conta muito sobre a violência "exportada" do sul e o sudeste do Brasil, por meio de facções de tráfico de drogas, que chegam em Rio Branco e fazem escalar o nível de violência. Isso aconteceu em Manaus também?

Eu sou ator e adoro a possibilidade de viver situações em espaços e lugares e tempos que eu nunca viveria. Esse é o meu caso em Renascer. Eu estou ali trabalhando como ator e vou viver uma história com a qual eu tenho similaridades, vivi na roça, mas é uma história lá no sul da Bahia, tem outro sotaque, outra coisa. 

No caso de Noites Alienígenas é uma realidade muito próxima a mim, muito próxima. Por ser uma capital da Amazônia também, assim como o Rio Branco, Manaus está lidando com os mesmos problemas. 

Além, é claro, da similaridade de ser uma capital no meio da floresta e de ter esse contato muito mais direto e explícito com as comunidades indígenas e com realidades indígenas, em termos de tudo: de culinária, de fala, de comportamentos, de alimentação.

Então, em Noites Alienígenas, aqueles personagens são meus primos, meus colegas, meus amigos e a minha família. Tem uma relação muito próxima. Infelizmente, essa relação próxima que o filme trata é a violência. 

Eu vi vários amigos meus morrerem. Vi vários amigos meus enveredaram para o mundo do tráfico. A gente sabe bem que o problema está na falta de oportunidade mesmo, na falta de acesso a aparelhamentos públicos básicos como saúde, educação, enfim. 

As pessoas estão sem poder pensar o que elas poderiam ser, pelo menos. Nos é tirado o direito de sonhar. Noites Alienígenas dialoga completamente com isso. 

O meu personagem, que é o Paulo, é uma pessoa indígena que vive há um tempo afastada do cotidiano do seu povo. Ele e a mãe moram na cidade. Os parentes moram mais afastados, mais em contato com a floresta. 

O Paulo acaba se viciando em pasta base de cocaína e fica na mão desses traficantes da região. É justo nesse momento em que as facções estão tomando conta da cidade. É muito a minha realidade. Tudo é muito próximo. 

Quando a gente filmou, eu lembro de passar pelas ruas, eu sempre tinha essa sensação de estar em Manaus. Poderia ser um bairro de Manaus aquele lugar de Rio Branco. Até a geografia… É muito diferente, mas é muito parecido. Eu continuava me sentindo na Amazônia, mas com as particularidades de Rio Branco. A experiência foi muito forte na verdade. 

Noites Alienígenas foi o primeiro filme em que eu fui reconhecido, convidado para ser uma pessoa com um contexto indígena. Foi a primeira vez que um diretor olhou para mim e falou: ‘Você é uma pessoa indígena e pode trabalhar como indígena’. Óbvio, em contato com os outros indígenas que fazem o filme também, tentando entender quem é. 

Isso faz parte de todo o entendimento de quem eu sou também, então veio como uma espécie de confirmação. Desde 2015 passo a me reconhecer como uma pessoa indígena, a entender a minha história, a buscar saber as minhas origens. Aí em 2019 vem o filme e é uma espécie de confirmação para mim.

O filme também tem muito disso. É sobre alguém que está em retomada também, né? É esse termo que a gente usa. Ele precisa retomar as origens dele e ele vai buscar isso na medicina que a família dele usa, nos rituais. E para mim, essa busca se deu quase como uma necessidade. 

Eu morava no Rio de Janeiro, deixei de me identificar com as pessoas do Rio. Não entendia bem o contexto onde eu estava. Comecei a pensar quem eu era, comecei a investigar, e aí entendi. Sigo esse processo até hoje na verdade, porque se parar para pensar, eu estou me entendendo como pessoa indígena há muito menos tempo do que eu vivo. Tenho 33 anos e foi em 2016 isso.

Então são muitas coisas para serem entendidas. O Noites Alienígenas colaborou muito, colabora muito para entender vários contextos de periferia, de pessoa indígena, de Amazônia, de paternidade — porque ele é um pai também, o meu personagem.

Você comentou como foi importante para você, como uma pessoa indígena, representar uma indígena. Também me parece importante que você, com uma pessoa indígena, possa representar não necessariamente uma pessoa indígena, certo? Para permitir que você seja um ator, não necessariamente um ator indígena. É por ai?

Hoje a minha luta — e não só a minha, porque eu já tive a oportunidade de conversar com outros parentes que vivem esse dilema parecido com o nosso — é o do ator indígena estigmatizado, como se só existisse uma realidade nossa. O nosso dilema hoje é justamente quebrar esse estigma, esse estereótipo

A gente se pensa muito, nós atores e atrizes indígenas contemporâneos, os amigos meus que têm oportunidade de conversar, que estão participando de produções audiovisuais também.

A gente precisa ser lido como ator e como atriz primeiro. Indígena a gente nunca vai deixar de ser. Então todo e qualquer personagem vai ser. Só que é preciso que nós sejamos lidos de outra maneira, em todos os contextos. Essa é a questão, na verdade. Que eu possa ser um empresário, que eu possa ser um médico, um advogado, que eu possa frequentar um shopping.

Essa é a questão hoje, né? Toda a desinformação sobre pessoas indígenas de maneira geral nos confunde muito. Criou-se um estereótipo muito fixado na cabeça do povo brasileiro sobre o que nós somos e parece impossível de quebrá-lo, quando na verdade a gente está em todos os espaços

Se você sair na sua rua e der uma volta provavelmente você vai encontrar uma pessoa indígena, ainda que essa pessoa não se reconheça. Porque o grande problema é esse: a falta de identidade, de pertencimento às identidades indígenas que foram perdidas e muito diluídas.

Ninguém sabe quem é o que. Virou todo mundo esse genérico brasileiro e identidades que eram tão importantes para a nossa existência — e eu falo de existência espiritual também.

A gente estava muito mais conectado com tudo, com nosso corpo, com nossas culturas. E a gente teve esse grande rompimento, passamos por esse grande processo de adaptação, muito bem, porque sobrevivemos, na verdade. A gente podia simplesmente ter minguado ou desaparecido, e, no entanto, sobrevivemos. E estamos extremamente, entre muitas aspas, adaptados, construímos esse país. E agora que estamos tendo a chance de mostrar o que somos e quantos somos e por que somos. 

Você vê esses dados que medem a população, os números de pessoas indígenas sempre são muito baixos, né? Recentemente tivemos um aumento significativo, o que é natural na verdade. Esses números sempre estiveram aí, mas a gente precisa entender que realmente os processos violentos que a gente passou não nos permitiam nem aceitar nossos corpos, nossas falas, nada. 

Eu me sinto feliz de fazer parte desse novo levante. Eu sinto que existe um levante que vem se dando há muito tempo, principalmente, acho que no último século. Depois ali da ditadura, o levante indígena vem se dando de uma maneira muito intensa e, na última década, ainda mais, participando desse processo de globalização, quando todo mundo pode se ver, quando eu soube que tem aldeia em tudo quanto que é lugar desse país, e essas pessoas também souberam e a gente pode se conectar.

E a gente fez uma espécie de pacto de dizer: ‘Mano, não vamos mais estar apagados, a gente vai estar presente em todos os contextos.’ E eu sinto que é isso que a gente está fazendo, do jeito que dá. Cada um em suas posições e retomando. Já não nos cabe mais qualquer estereótipo ou estigma porque nós estamos em todos os contextos. Nós fazemos tudo e é isso.


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Edição: Matheus Alves de Almeida