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Movimentos pedem segurança e dignidade no Grito dos Excluídos em Pelotas (RS)

Programação contou com falas de líderes de movimentos além de participação ativa da cozinha solidária do Kilombo

09.set.2024 às 16h22
Porto Alegre (RS)
Ridley Madrid

Em Pelotas (RS), Grito dos Excluídos aconteceu no Kilombo Urbano Canto de Conexão - Ridley Madrid / Brasil de Fato

Ao longo do último sábado, 7 de setembro, diversas lideranças religiosas e movimentos sociais se reuniram em Pelotas (RS) no espaço do Kilombo Urbano Canto de Conexão para participar do 30° Grito dos Excluídos. Durante o dia, diferentes grupos realizaram manifestações, além de apresentações artísticas. A ocupação, responsável pela maior cozinha solidária da cidade, também ofereceu café da manhã e almoço. O evento foi encerrado com uma caminhada até o rio São Gonçalo.

Sob o lema “Todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?”, as falas iniciais começaram pelo organizador do movimento na cidade, Reinaldo Tillmann. Ele celebrou a união entre a manifestação e o Kilombo e sua importância, principalmente após os ataques de exclusão que sofreu recentemente. “O Kilombo é um espaço da nossa cidade, um espaço de ocupação, um espaço de proteção à vulnerabilidade social da nossa cidade, um espaço que tem um diálogo enorme com o tema da exclusão e que, este ano, ainda no mês passado, foi ameaçado de uma exclusão maior, uma exclusão física desse próprio espaço”.

Ele segue: “o Grito dos Excluídos não poderia deixar de estar aqui junto no Kilombo Urbano, com o Giovanni, com a Raquel, com o Glauco, com o Darwin, com os que moram aqui e os demais. É uma honra para o Grito dos Excluídos estar aqui e no Kilombo, que também representa uma cozinha solidária que funciona todos os dias, de domingo a domingo. Por isso, a escolha, neste ano, do Kilombo Urbano Canto de Conexão”.


Reinaldo Tillmann fala sobre relacionamento e importância com Kilombo Urbano Canto de Conexão. Local sofreu tentativa de exclusão pelo setor da exploração imobiliária / Glenio Rissio

Em seguida, Tillmann fez um pronunciamento em que destacou a união em torno de causas que impactam a sociedade como um todo. Ele apontou a necessidade de lutar pela dignidade da vida humana e pela preservação do meio ambiente, ameaçado pela poluição e degradação.

“Nesse dia de luta e de Grito, nós queremos, com vocês que aqui vieram para somar nessa luta, também levantar nossos gritos, nossos clamores, nossas lutas populares, que buscam resgatar a dignidade da vida de todas as pessoas, do meio ambiente, hoje dominado pelo fogo e pela poluição das plantas e dos animais. Não nos conformamos nem nos calamos. Somos parte da cidadania de Pelotas, que levanta a voz, as mãos e os corações, dizendo em alto e bom som. Vamos dizer juntos: todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?”.

Depois, foi a vez de Iyá Sandrali fazer seu pronunciamento. Dessa vez, voltado à conexão com a natureza e as pessoas, reforçou a importância de todas as formas de vida. Ela fez uma série de perguntas ao público, destacando vidas indígenas, negras, de mulheres, crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência, todas respondidas com um enfático "Sim, importam!". Iyá chamou os presentes a lutar pela dignidade e pelos direitos dessas vidas, afirmando que tanto as vidas humanas quanto as não humanas merecem respeito e proteção, reforçando o compromisso coletivo com a justiça social e ambiental.


Principais lideranças de religiões de matriz africana manifestaram-se em defesa de grupos excluídos / Glenio Rissio

Frei Genésio, representante do Comitê Inter-religioso, destacou os diversos clamores por justiça que surgem das realidades sociais, muitas vezes silenciados. Ele relembrou a importância de dar voz a essas demandas, representando grupos historicamente marginalizados, como órfãos, imigrantes, pessoas afetadas pela pobreza, discriminação e exclusão social.

O próximo a falar foi o Pastor Roberto, do movimento Pastoral Popular Luterana (PPL). Ele destacou a importância de se manter a conexão com a realidade e a luta por transformação social. Ao lado de Lales Cantarelli, estudante da UFPel, ele reiterou o lema do evento e incentivou os presentes a repetir o mote, reforçando o compromisso com a justiça e a solidariedade.

Roberto também apresentou um símbolo do movimento, destacando a importância de lutar por alimentos saudáveis e acessíveis, provenientes da agricultura orgânica. Ele convidou os participantes a se posicionarem e compartilharem suas razões para a manifestação, enfatizando o papel fundamental da mobilização na busca por melhorias sociais.

Com cartazes em mãos, eles levantaram questões sobre a falta de valorização e direitos para diversas formas de vida, criticando a violência estatal e a exclusão social. Reforçaram a necessidade de trabalho, educação e acesso a recursos básicos, destacando a luta contra o racismo, discriminação, pobreza e preconceito. Também enfatizaram a importância da inclusão, diversidade e a construção de uma sociedade mais justa. Além disso, houve uma manifestação de solidariedade com a população de Gaza e um protesto contra o fascismo.


Manifestantes levantam cartazes para protestar por mais dignidade humana em frente ao Kilombo Urbano Canto de Conexão / Ridley Madrid

Mustafa, refugiado palestino, expressou sua preocupação com a discrepância entre o conceito de democracia e a realidade vivida por muitos. Ele questionou a verdadeira aplicação do respeito à liberdade e aos direitos humanos, criticando o desrespeito e a influência de potências internacionais na política local. “Por exemplo, essa palavra 'democracia' significa verdadeiramente, se vamos traduzir para o português, o respeito à vontade do ser humano. Quer dizer, o respeito sagrado. O respeito sagrado à vontade do ser humano. E quem é o ser humano? Nós que estamos aqui. E quem respeita isso?”, questionou.

Leo de Oxum, secretário-geral do Conselho Municipal dos Povos de Terreiro de Pelotas, defendeu a promoção do diálogo inter-religioso e a igualdade para todas as identidades de gênero e orientações sexuais. “O nosso grito é pela vida das mulheres trans, das mulheres lésbicas, dos homens gays, dos bissexuais, dos não-binários, dos LGBTQIAPN+”. Andréia, do Comitê Inter-religioso, também destacou a importância da fraternidade e da ação em prol de um mundo mais justo. Ambos reforçaram o lema do evento: "Todas as formas de vida importam. Mas, quem se importa?"

Além dos gritos, pela manhã houve um café da manhã coletivo fornecido pela ocupação para os manifestantes. Também houve apresentações artísticas e músicas temáticas, que ficaram por conta do DJ Lúcio, uma figura caricata e muito apreciada no cenário da música local. Na parte da tarde, também foi fornecido almoço para quem estava manifestando e também para pessoas em situação de rua que diariamente fazem suas refeições na cozinha solidária no Kilombo. 


Cozinha solidária do Kilombo Urbano Cantou de Conexão forneceu café da manhã e almoço os manifestantes e população em situação de rua / Ridley Madrid

Após a refeição, lideranças tanto da manifestação quanto de movimentos sociais, como a Frente Feminista 8M Pelotas, chamaram a todos para uma caminhada até as águas do rio São Gonçalo, que marcou o encerramento da trigésima edição do Grito. O percurso foi marcado por diversas falas que pediam mais igualdade e justiça. Também foi pedida justiça para Leandra Vitória, vítima de feminicídio no ano passado. O caso completou um ano de impunidade no último dia 22 de agosto.

Ao chegar ao quadrado, Eva Santos, uma das lideranças do 8M, contou sobre a criação do bandeirão e fez o convite para que mais movimentos se juntem a ele. “É uma bandeira que começou a ser construída pelo movimento de mulheres aqui de Pelotas, conhecido como Frente Feminista 8M. É uma bandeira que tem nos acompanhado em todos os eventos. É uma bandeira aberta para movimentos, pessoas e formas de organização alternativa que lutem por uma vida”.

Ela finalizou: “Fica o convite para quem ainda não está com a bandeirona, para quem pensa em um lugar de proteção e enfrentamento às violências contra mulheres e meninas. Todos serão bem-vindos à nossa bandeirona. […] Agradecemos imensamente a todas as pessoas. Aprendemos que a bandeirona precisa de muitas mãos, mais do que as nossas. E agradecemos imensamente a quem rapidamente tomou a bandeira nas mãos e a trouxe aqui”


Bandeirão da Frente Feminista 8M acumula movimentos apoiadores que também lutam pela defesa de minorias violentadas / Ridley Madrid

Após o encerramento do Grito, apresentações artísticas continuaram acontecendo em frente ao Kilombo. Elas começaram com a dupla 4leexyz, composta por Rosa Braba e Alexander Augusto. Depois foi a vez de Netto Vrt, DMix Charme Rappers e OG Dino Capone Rapper.


Manifestação artística grita por mais respeito e dignidade à população excluída / Ridley Madrid


Editado por: Vivian Virissimo
Tags: grito dos excluídospelotasrio grande do sul
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