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Início Internacional

GENOCÍDIO

Franceses e britânicos estão prestes a reconhecer Estado palestino; mas, afinal, o que isso significa?

Vitória diplomática de efeito simbólico, medida representa derrota para narrativa genocida de Israel

29.jul.2025 às 20h28
Atualizado em 30.jul.2025 às 09h29
São Paulo (SP)
Rodrigo Durão Coelho
Juristas pela Democracia pedem veto de Lula ao ‘Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel’

Mortes em Gaza ultrapassam 60 mil - Eyad Baba/ AFP

Os governos da França e do Reino Unido indicaram o reconhecimento do Estado palestino, somando-se à 147 dos 193 membros da Assembleia Geral das Nações Unidas que já o fazem. Especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato avaliam que, embora a medida seja uma vitória diplomática significativa, pouco deve representar, na prática, para a população palestina.

“O reconhecimento é simbólico e corresponde mais a uma satisfação que França, com forte população árabe e perda crescente de acesso aos países muçulmanos, busca apresentar a essa população e também para os franceses insatisfeitos com o governo Macron. Mesmo caso da Inglaterra”, afirma Monica Lessa, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

“O que seria efetivo é não mais abastecer Israel com armas”, diz ela. O Brasil é exemplo de país que reconhece a Palestina — desde 2010, no segundo mandato Lula — e tem várias parcerias com Tel Aviv, inclusive militares.

O analista da Universidade Federal do ABC Mohammed Nadir concorda que a importância é mais simbólica “na medida que o reconhecimento irá mostrar o fracasso da máquina sionista que não tem medido esforços por todos os meios de convencer as grandes potências europeias, como os membros do Conselho de Segurança da ONU Inglaterra e França, a não tomarem tal decisão”.

“Isso, por si só, é uma vitória diplomática de peso para os palestinos que coincidentemente estão sofrendo o maior genocídio do século 21. Para os EUA e o trumpismo é derrota por indicar que o país não é mais aquele líder que condiciona a política mundial.”

E na prática?

Tanto França como Reino Unido afirmaram que o reconhecimento do Estado palestino — reivindicado desde a criação de Israel em 1948 — é consequência dos brutais ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, que começaram em outubro de 2023 e já mataram mais de 60 mil palestinos até agora. Desses, pelo menos 147 morreram de fome, incluindo 88 crianças.

O governo do Reino Unido informou, nesta terça-feira (29), que vai reconhecer a Palestina como um Estado, até setembro deste ano, caso Israel não aceite certas condições para aliviar o sofrimento dos civis na Faixa de Gaza.

Embora ambos os países integrem a mais alta instância da ONU, como membros fixos do Conselho de Segurança, na realidade a medida esbarra no poder de veto que cada um desses países tem. Os EUA, principal aliado de Israel, são contra o reconhecimento, alegando que isso “beneficiaria o Hamas”, grupo que administra o enclave palestino.

Além disso, a própria população israelense, que poderia pressionar o premiê, Benjamin Netanyahu, a interromper o genocídio, é considerada ainda mais hostil aos palestinos do que o governo do país.

“Não creio que a população israelense se importe com sua imagem internacional. Pesquisas recentes mostram que mais de 80% dessa população apoia o genocídio para ocupação total da Palestina e não reconhece o Estado palestino“, diz Monica Lessa.

“Historicamente, a assinatura dos acordos de Oslo, 1993 [no qual Israel concordou com um plano de paz que incluía a criação de um Estado palestino viável], resultou no assassinato do primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, em 1994. Pela própria extrema direita que hoje governa Israel”, completa.

Mohamed Nadir concorda, afirmando que “Israel acostumou o mundo com sua rejeição das resoluções da ONU e do direito internacional. A sociedade de Israel por seu lado apoia a política de Natanyahu e esta cada vez mais radicalizada e olha para os palestinos como ameaça que deve ser eliminada.”

“A cultura propagada pela mídia e os manuais escolares ensinam a odiar o sujeito palestino, o árabe e o muçulmano. Isso é um problema sério e precisa de anos e uma mudança radical desta cultura de guerra e de extermínio que se tornou Israel.

Neste contexto, o analista da UFABC diz ser digno de nota “o silêncio vergonhoso dos países árabes que abriram mão da questão Palestina em prol da conservação dos seus regimes autoritários e se entregaram por meio de pactos e tratados com Israel.”

Nadir diz ainda que “as vozes críticas de Israel são obrigadas ao silêncio ou exílio, como o historiador Ilan Pappe, Avi shlaim e outros intelectuais judeus que não poupam esforço em denunciar a cultura de ódio que domina em Israel”.

Para a analista da Uerj Monica Lessa, as denúncias feitas por Francesca Albanese, por mídias alternativas, por médicos que atuam em Gaza e os registros em vídeo que a população faz são fundamentais, assim como a Espanha, “que rompeu relações com Israel”. O Brasil, apesar de subir o tom nas declarações — como repetir que o que Israel chama de combate ao terrorismo em Gaza é, na realidade, genocídio — mantém relações diplomáticas com Israel.

Contexto

O atual genocídio israelense na Faixa de Gaza começou em outubro de 2023, mas as condições no território palestino já eram consideradas “sufocantes” pela ONU antes disso. À época, o bloqueio israelense de 17 anos — para obrigar o Hamas, partido que ganhou as eleições palestinas em 2006, a abdicar do poder — geraram taxas de desemprego de 45% e insegurança alimentar que atingia 64% da população. A ONU calculava que mais de 80% dos moradores de Gaza dependiam de ajuda externa para sobreviver.

Em 7 de outubro daquele ano, integrantes do Hamas ingressaram em Israel e realizaram o ataque mais violento já sofrido pelo país, deixando cerca de 1,2 mil mortos e capturando 240 reféns. A resposta do governo Netanyahu foi considerada desproporcional e condenada pela maioria da comunidade internacional.

Bombardeios diários que matam em sua maioria mulheres e crianças, colapso de hospitais, falta de água potável, fome usada como arma de guerra — incluindo constantes chacinas durante distribuição da pouca comida que chega — chocam a opinião pública mundial, cada vez mais convencida de que a campanha israelense é genocídio.

No outro território palestino ocupado, a Cisjordânia, a violência ilegal praticada por colonos israelenses é diária, com mais de 1,2 mil mortos.

Uma reunião na ONU terminou, nesta terça-feira (29), pedindo o reconhecimento do Estado palestino e o desarmamento do Hamas como formas de encerrar o conflito que já dura mais de sete décadas entre as duas partes.

Editado por: Maria Teresa Cruz
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