O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (11) que, durante o próximo encontro com Vladimir Putin, pretende persuadir o líder russo pelo fim do conflito na Ucrânia. A aguardada reunião entre Putin e Trump será realizada nesta sexta-feira (15), no Alasca.
Ao mesmo tempo, Trump afirmou a reunião terá um caráter introdutório, reconhecendo que os EUA podem abandonar o processo de negociação, caso não sejam alcançados avanços para a resolução da guerra.
“Esta será essencialmente uma reunião para preencher [as lacunas]”, disse Trump durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca. Segundo o presidente estadunidense, o mandatário russo “o convidou a participar” de uma possível solução para a crise na Ucrânia. “Acredito que ele quer acabar com isso”, completou.
“Conversarei com Vladimir Putin. Direi a ele: ‘Você precisa parar esta guerra. Você precisa pará-la'”. Segundo ele, o objetivo é entender se a paz será possível na Ucrânia já “nos primeiros minutos” da reunião com seu homólogo russo.
O líder estadunidense também comentou sobre o tipo de envolvimento que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pode ter neste processo. Segundo Trump, não se espera que Zelensky compareça à reunião no Alasca. Trump declarou que informará Zelensky e os líderes europeus sobre os resultados das negociações.
Trump disse ainda que, após a reunião com Putin, espera que seja possível organizar uma reunião entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia, ou uma cúpula trilateral com a participação dos Estados Unidos.
O presidente estadunidense acrescentou que, em última análise, “conseguirá que os presidentes da Rússia e da Ucrânia se sentem à mesa de negociações”.
A reunião entre o Trump e Putin foi confirmada no último sábado (9) pelo Kremlin e pela Casa Branca, que anunciaram os preparativos para o encontro a ser realizado no Alasca, em 15 de agosto. Será o primeiro encontro entre Putin e um presidente dos EUA desde junho de 2021.
O assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, informou que as partes se concentrarão em discutir opções para uma solução de longo prazo para o conflito ucraniano. De acordo com ele, Moscou e Washington dedicarão os próximos dias à definição dos parâmetros da reunião, o que não será um processo fácil.
Ushakov observou que a próxima cúpula bilateral entre os chefes de Estado poderá ocorrer na Rússia e que Trump já teria sido convidado.
