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ARTIGO

Série ‘180’: função social do cinema e protagonismo das mulheres no audiovisual paraibano

Em fase de finalização, obra cinematográfica faz uma costura de todo o caminho que percorre o crime de feminicídio

18.ago.2025 às 12h16
JOÃO PESSOA (PB)
Rogéria Araújo
Série ‘180’: função social do cinema e protagonismo das mulheres no audiovisual paraibano

Equipe da série cinematográfica '180', da realizadora Ana Dinniz - Foto: Lúcio César

A herança deixada por um feminicídio é devastadora. O que dizer de uma mãe que, há mais de 20 anos, visita todos os dias o túmulo de sua filha assassinada? Qual abraço vai lhe acalentar o coração? Nenhum! São muitas as dores e sequelas que cercam esse fenômeno que coloca a nós, mulheres, como alvos constantes. De janeiro a maio de 2025, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (SESDS-PB), foram registrados 17 feminicídios na Paraíba. Levando em consideração os casos que não são notificados, esse número é bem maior.

Justamente no ano em que a Lei do Feminicídio completou dez anos de existência (2025) e que passou de qualificadora para crime autônomo (2024), com aumento de pena de até 40 anos de reclusão, é preciso falar do assunto sem espetacularização ou naturalização. Há uma série cinematográfica, em fase de finalização, chamada 180, da realizadora Ana Dinniz (Fim, 2019; O que os Machos Querem, 2021) e com produção executiva da Carambola Filmes, que chega exercendo esses caminhos e uma função essencial do cinema: a de instrumentação social e cidadã.

Ana Dinniz | Foto: Raiana Martins

O caso de Queimadas (2012), no qual um estupro coletivo é oferecido como presente de aniversário; da poetisa Violeta Formiga (1982), assassinada por um homem que não aceitava o fim do casamento; da estudante Márcia Barbosa (1998), primeiro caso em que o Brasil é condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos; da professora Bríggida Lourenço (2012); e o caso dos Bancários (2015), no qual um bebê e duas mulheres são sequestradas e violentadas com requintes de crueldade, compõem o conjunto da série.

Colocando no conteúdo, familiares e amigos das vítimas, representantes de movimentos sociais, pesquisadoras e autoridades de órgãos oficiais, o trabalho faz uma costura de todo um caminho que percorre o crime, recria uma teia e coloca o sujeito em seu lugar de ação. Afinal, quem é culpado pelo feminicídio? Uma indagação que cabe várias respostas e exclamações.

Vera Rodrigues, da Fundação Margarida Maria Alves, é uma das participantes da série | Foto: Divulgação/Série '180'

Ao eleger esses tristes episódios da vida real, Ana Dinniz nos apresenta um olhar afiado, mostrando que o feminicídio não escolhe classe, raça, origem, idade. Numa sociedade cada vez mais distópica, fincada no patriarcado, machismo e misoginia, a próxima vítima pode ser você, mulher, ou a amiga que está ao seu lado.

Varal Suave Coisa Nenhuma, uma criação da artista visual Cristina Carvalho e Ana Dinniz | Foto: Raiana Martins

Não é mais possível olhar os fatos com distanciamento. É neste lugar lusco-fusco, em que a busca por uma visibilidade se torna necessária, que essa obra rica em qualidade e em serviço à sociedade, se levanta com urgência e se traduz em apelo, grito, em pedido de socorro, como se pudéssemos ouvir o desespero das que se foram e para evitar que outras sejam estatísticas e noticiadas como “mais um caso de feminicídio” nos programas televisivos.

Não por acaso, a equipe da série é formada majoritariamente por mulheres – o que já é um feito histórico para o cinema paraibano. Esse é um pilar à parte, pois notadamente o trato profissional feminino faz diferença num set e, assim, a série também provoca e afronta ao dar o protagonismo às mulheres também por trás das câmeras.

Carine Fiúza, diretora de fotografia da série ‘180’ | Foto: Raiana Martins
Realizadora Anna Dinniz e Drica Soares, diretora executiva da Carambola Filmes | Foto: Raiana Martins

Em recente entrevista, a atriz Shirley Cruz, que atua em A Melhor Mãe do Mundo, novo filme da cineasta Anna Muylaert, afirmou ter sido vítima de tentativa de feminicídio, tendo ficado em cárcere privado e sendo estuprada. Enfática, ela afirmou que não dá mais para falar sobre feminicídio e violência contra a mulher sem o cinema, sem a arte.

É exatamente o que “180” propõe. Na terra de Anayde Beiriz, Margarida Maria Alves e Elizabeth Teixeira não poderia ser diferente.

Necessário ressaltar que o conjunto de episódios foi realizado com recursos públicos da Lei Paulo Gustavo (LPG), via Secretaria de Estado de Cultura da Paraíba (Secult-PB), Prêmio Walfredo Rodriguez de Produção Audiovisual 2020 e Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) por meio do edital O Novíssimo Cinema Parahybano viabilizado pela LPG.

*Rogéria Araújo é jornalista atuando em movimentos sociais, direitos humanos e cultura, pesquisadora para documentários e produtora cultural.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil de Fato.

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Editado por: Carolina Ferreira
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