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crise

Artigo | Bolsonaro finge existir escolha impossível: economia ou luta contra covid

Como era de se prever, as pessoas não estão saindo para consumir tanto quanto faziam antes da emergência do coronavírus

10.ago.2020 às 11h43
Rio de Janeiro (RJ)
Renato Cinco

Segundo Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, até quinta-feira (25) foram registrados 105.897 casos confirmados e 9.450 óbitos por coronavírus - Jaqueline Deister/ Brasil de Fato

Durante os primeiros meses da pandemia, assistimos à pressão de empresários para que as medidas de prevenção a covid-19 fossem relaxadas, comércios não-essenciais fossem reabertos e tudo “voltasse à normalidade”. A quarentena estaria acabando com a economia, segundo eles.

Agora, as medidas de distanciamento estão sendo relaxadas e a realidade é bem diferente. Mesmo com a reabertura de shoppings, restaurantes e comércio não-essencial, o movimento está baixo e muitas empresas estão fechando. Dados do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID19) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que julho não está sendo um mês de recuperação dos empregos. Pelo contrário, a primeira semana de julho amargou a perda de 700 mil postos de trabalhos no Brasil.

Como era de se prever, as pessoas não estão saindo para consumir tanto quanto faziam antes da emergência do coronavírus.

É a pandemia e o medo de pegar uma doença nova e desconhecida que reduziu a atividade econômica e não as medidas de contenção dessa doença. Tivéssemos conseguido controlar eficazmente a covid-19, poderíamos reabrir a economia com muito mais velocidade e segurança. E, só assim, convencer as pessoas a voltar às compras.

O que vivemos hoje é peculiar. O país já vivia uma crise econômica prolongada. Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (sem partido) prometeram que com a aprovação das reformas o país voltaria a crescer. As reformas foram aprovadas, os direitos dos trabalhadores e pensionistas foram retalhados mas a recuperação econômica de 2019 foi pífia: apenas 1,1%. E nesse cenário de crise prolongada e cortes de direitos, uma pandemia chegou e deixou todos com receio de sair de casa.

Para 2020, alguns economistas acreditam em queda de até 9% no Produto Interno Bruto (PIB). A previsão do Banco Central é de queda de 6,51%. A inflação prevista está inferior a 2%. O Brasil passa por uma das mais graves contrações econômicas de sua história.

Era hora de o país inverter sua tendência de cortes de gastos e arrocho da população.

Não há risco inflacionário em um país em depressão econômica, onde as pessoas não se sentem seguras para ir às lojas. Nem mesmo os modelos neoliberais e ortodoxos comportam um surto inflacionário em um país com queda de 9% no PIB.

Com o cenário de 2020, o maior impacto sobre as contas públicas jamais seria a “gastança”: o maior problema será a queda de arrecadação devida à retração da economia. Gastar mais para evitar essa retração impactaria positivamente a economia e as contas públicas, mesmo considerando os modelos econômicos ortodoxos.

Apenas o começo

Nosso auxílio emergencial foi pequeno, curto e pouco eficaz. Por conta da burocracia, deixou de fora a população mais precarizada. Mas não queremos tratar apenas de medidas emergenciais e de contenção da crise.

O auxílio emergencial deveria ser apenas o começo. Investimentos em saneamento e habitação poderiam garantir dignidade a milhões de brasileiros e são essenciais para que a população consiga manter a quarentena.

Qual sentido termos hotéis vazios por conta da pandemia e pessoas sem a possibilidade de quarentenar com o mínimo de dignidade? Com tantas vagas em hotéis, qual o sentido de construir um hospital de campanha para receber pacientes de covid-19 por três meses e fechá-lo logo depois, além de enriquecer o empreiteiro? Não seria melhor realizar uma requisição administrativa ou uma ocupação provisória, ambos instrumentos legais reconhecidos em nossa Constituição, para ocupar tais espaços, mesmo que posteriormente eles sejam ressarcidos por danos ou custos?

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou o Plano de Reforma Agrária Emergencial. A ideia central é combater a crise econômica oriunda da covid-19 a partir da distribuição de terras e desenvolvimento da pequena propriedade rural e familiar, além do fortalecimento de hortas urbanas. Essa modalidade de produção de alimentos é a maior geradora de emprego e distribuidora de renda, além de manter a população rural em segurança.

O governo Bolsonaro e a direita fingem existir uma escolha impossível: a economia ou a proteção contra a covid. Mas essa é uma falsa escolha para esconder a própria inércia e incompetência em enfrentar ambos os problemas. Era possível uma ação enérgica de um governo popular para garantir empregos, renda e dignidade à população apesar da pandemia. Para tanto, era necessário reconhecer a gravidade do problema e não temer incomodar as elites do país.

Segundo estudo da confederação internacional Oxfam, durante a pandemia de covid os 42 bilionários brasileiros viram suas riquezas aumentaram em US$ 34 bilhões. Essa é a marca do enfrentamento de Bolsonaro à pandemia: enquanto o Brasil perdeu 8 milhões de empregos, os bilionários ficaram ainda mais ricos. E ainda querem colocar a culpa nas medidas que visavam impedir a disseminação da covid-19.

*Renato Cinco é sociólogo e vereador do Rio de Janeiro pelo Psol. 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: covid
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