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REFORMA AGRÁRIA

Quais os caminhos da resistência nas lutas pela terra?

Evanildo Costa, dirigente do MST, fala sobre a situação das famílias agricultoras no campo

01.fev.2020 às 18h54
Salvador (BA)
Danielle Da Gama
Em Juazeiro, policiais federais destruíram 700 hectares de roças produtivas das famílias, explica Evanildo.

Em Juazeiro, policiais federais destruíram 700 hectares de roças produtivas das famílias, explica Evanildo. - MST Bahia

A primeira entrevista do ano do Brasil de Fato Bahia é com Evanildo Costa, da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia, sobre a realidade das lutas pela terra no Brasil e na Bahia. Confira a entrevista:

Brasil de Fato Bahia: Como têm se dado as lutas no campo atualmente?
Evanildo Costa:
A conjuntura que a gente está vivendo é uma tragédia. Temos 426 áreas vistoriadas em diversas fases no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já em processo de emissão de posse, outras em avaliação, todas foram paralisadas; 187 áreas ajuizadas que eles pedem para devolver a área  para o fazendeiro, ou seja, não será emitida a posse;  e 74 assentamentos já com emissão de posse, que o governo quer fazer seleção pública junto aos prefeitos, para que eles encaixem seus cabos eleitorais, não as pessoas que estão lutando pela terra. Por outro lado o governo pretende privatizar os assentamentos, com o objetivo de individualizar os assentados, porque fragmenta a luta. Com essa medida provisória que eles estão lançando, a partir da qual o fazendeiro pode se autodeclarar dono de qualquer tipo de território, isso é uma tragédia também, porque imagina um fazendeiro se apropriar de uma área do pequeno produtor, quem é que vai provar que é o dono?

E qual é o cenário na Bahia?
Não é diferente – tudo paralisado, os fazendeiros com essa orientação do governo federal, o incentivo ao armamento no campo, estão vindo pra cima, temos muitos assentamentos que vêm sofrendo ameaças de pistoleiros, de milícias, tentando amedrontar e expulsar as famílias a troco de tiros. A gente tem feito muita resistência, mas em alguns momentos, como no caso de Juazeiro, que é uma área consolidada – desde 2007 que a gente tem um acordo [com o governo anterior] para que disponibilizem assentamentos para 1000 famílias, até hoje não foi cumprido, e este governo, com toda sua truculência, utilizou de policiais federais para destruir 700 hectares de roça produtiva, jogando as famílias na beira da pista. Em outros acampamentos a gente tem sofrido pressão para reintegrar áreas em que proprietários tinham feito acordo com o Incra e, na medida em que o governo paralisou todos os processos, os fazendeiros vêm pra cima para reintegrar.

Como se organizar para resistir? E qual a importância da reestruturação fundiária?
Nós temos tentado debater com o governo do estado, que não pode ser conivente com a situação de conflito, com a falta de compromisso do governo federal, porque tanto vai inviabilizar o processo de reforma agrária como retornar as famílias que estão produzindo para a cidade, aumentando a miséria urbana. São muitas áreas que o governo da Bahia fez parte do acordo com o governo federal, já consolidadas, em que as famílias estão produzindo há mais de dez anos. Além de discutir a questão das reintegrações de posse, não deixar os assentados tratarem direto com a polícia, mas que o governo possa criar uma equipe de interlocução e que possa achar saída pra resolver não só a situação do fazendeiro, mas também das famílias que se encontram acampadas. A gente sabe que o governo federal não está brincando quando fala de armar os fazendeiros, então precisa ter muita cautela. Estamos num momento de resistência para não perder os territórios já conquistados e fazer lutas estratégicas para que não coloque em risco a vida de nossa militância diante de um governo que quer tratar a reforma agrária criminalizando e reprimindo a classe trabalhadora. Pretendemos avançar no debate sobre a importância da reforma agrária popular, que é de onde sai o alimento saudável, de qualidade e quantidade para o povo brasileiro – dos assentamentos e da agricultura familiar. Temos feito muitas feiras livres, de agroecologia e atos culturais. Essa disputa de ideias a gente tem que fazer para que a sociedade entenda a importância de lutar pelos seus direitos, e ao mesmo tempo defender uma distribuição de terra nesse país, que a exclusão social, a miséria só vão acabar quando houver uma grande distribuição para que as pessoas possam ir para o campo criar sua família, ter uma estabilidade de vida e desinchar a cidade.
 

Editado por: Elen Carvalho
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