O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, responsável pela presidência do Mercosul neste primeiro semestre de 2022, afirmou que “ainda está em fase de negociação” um pronunciamento conjunto seu com Argentina e Uruguai sobre a “crise na Ucrânia”.
Publicada no site oficial da pasta às 19 horas desta sexta-feira (25), a nota nega a informação veiculada mais cedo por uma série de sites brasileiros e alguns estrangeiros de que os três países teriam soltado um posicionamento coletivo em nome do bloco, mas sem a assinatura do Brasil, cujo presidente tem evitado condenar a invasão da Ucrânia por tropas russas.
A informação publicada pela imprensa havia ajudado a impulsionar o noticiário de parte da mídia brasileira sobre o assunto, em mais um capítulo das críticas feitas a Bolsonaro pelo que tem sido considerado por alguns analistas e veículos como uma posição tímida diante do conflito.
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O que publicaram os jornais
Segundo a agência de notícias britânica Reuters e o jornal O Estado de S.Paulo, por exemplo, a primeira nota teria sido postada no próprio site da chancelaria paraguaia e com a anuência dos outros dois países latinos, mas foi retirada da internet horas depois para aguardar a manifestação do Brasil.
Sem citar o Brasil, o ministério disse esta noite que o texto vazado mais cedo se tratava de “uma minuta de comunicado”. Afirmou também que o Paraguai, no exercício da presidência pro tempore do Mercosul, “propôs a seus parceiros o estabelecimento de uma posição comum de condenação pela agressão contra o povo ucraniano em flagrante violação do direito internacional”.
“O Ministério das Relações Exteriores continuará em diálogo com seus pares do Mercosul em torno desse delicado assunto da agenda internacional”, finalizou o governo do país andino.
