A Feira Nacional da Reforma Agrária, realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), está de volta em 2023. Reunindo camponesas e camponeses, vindos dos quatro cantos do Brasil, a quarta edição da feira acontece em São Paulo, entre os dias 11 e 14 de maio, no Parque da Água Branca, na capital paulista.
Com a estimativa de reunir 500 toneladas de alimentos dos acampamentos e assentamentos da reforma agrária de todas as regiões, a feira comercializará uma variedade de produtos in natura e agro industrializados, frutos da luta e da organização camponesa, livre de veneno e a partir de novas relações com os bens naturais.
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"Cinco anos após a última edição, a Feira Nacional da Reforma Agrária traz em cada produto cada marcha, cada ocupação de terra que o Movimento realizou, com o objetivo de construir um modelo de vida digno no campo, com produção de alimentos saudáveis e mais renda para o trabalhador(a)", afirma a organização.
IV Feira Nacional da Reforma Agrária / Divulgação
Presença da Paraíba
O Movimento Sem Terra da Paraíba partiu na manhã da terça-feira (9) para participar da feira. Serão 28 integrantes do movimento estadual que irão representar o estado no espaço. Segundo o dirigente estadual Gilmar Felipe, é um momento para mostrar o trabalho realizado pelo movimento de forma massiva e num espaço reservado para isso.
"Estamos indo com uma média de 10 toneladas de alimentos produzidos aqui no estado, produtos genuinamente paraibanos como abacaxi, considerado o mais doce do país, a macaxeira embalada a vácuo, a palitada, batata-doce, mamão, maracujá, então estamos todos na expectativa de apresentar nossos alimentos, produtos produzidos nos nossos acampamentos e assentamentos e mostrar para toda a sociedade brasileira", afirma o dirigente
A feira conta ainda com uma ampla programação cultural, com a presença de diversos grupos, artistas e coletivos durante todos os dias de Feira, além da já tradicional Culinária da Terra, espaço dedicado para a comercialização de pratos típicos das regiões do país.
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"Estamos ansiosos para vivenciar todos os momentos, nosso pessoal quer participar de tudo, de todas as programações, dialogar, conhecer a realidade dos companheiros e companheiras de outros estados, pois a feira é esse espaço formativo, né? Não só de mostrar a produção e comercializar, mas também de traduzir conhecimento, acumular conhecimento e compartilhar o máximo possível sobre reforma agrária, sobre as políticas da terra", finaliza Gilmar.
Com seminários, oficinas, debates, lançamentos de livros e conferência, a feira apresenta uma ampla programação de formação para os visitantes. Toda a programação será gratuita.
