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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Especialista alerta que descontinuidade de políticas de combate à dengue acentuou a epidemia no país.

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, o pior ainda está por vir, com aumento do número de casos

06.mar.2024 às 21h34
Paraná
Ana Carolina Caldas

Professora do Departamento de Saúde Comunitária da UFPR cita como uma das causas da epidemia a descontinuidae de políticas contra dengue, em outros anos - Daniel Castellano/SMS

A Secretaria de Saúde do Paraná (SESA) emitiu novo informe sobre a situação da epidemia de dengue no Paraná. No total, já são mais de 73.928 casos confirmados e 37 mortes. Em recente pronunciamento na Assembleia Legislativa, o diretor-geral da SESA, César Neves, disse que o Paraná ainda vai atingir o pico, aumentando consideravelmente o número de casos.

O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue com 1.212.263 casos da doença e 278 mortes confirmadas em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde.

Para combater a epidemia no estado, a SESA informou que foi anunciado um aporte financeiro de R$ 93 milhões para o auxílio em várias frentes – inclusive hospitalar – no combate ao mosquito e atendimento à população do Paraná.

Já a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva à imprensa nesta terça feira, 5, disse que será emitida uma nova nota técnica recomendando a ampliação da faixa etária do público a ser vacinado contra a dengue. Hoje, as vacinas são dirigidas para o público até 11 anos, mas o objetivo é ampliar para 14 anos.

Para compreender o quadro atual da doença no país e suas causas, o Brasil de Fato Paraná conversou com a professora do Departamento de Saúde Comunitária da UFPR, Eleusis Ronconi Nazareno.

Para ela, não há como avaliar a situação do país da mesma maneira, mas destaca que no mundo inteiro o número de casos de dengue aumentou devido a diversos fatores, entre eles, o crescimento urbano desordenado com saneamento precário e os efeitos do desequilíbrio ambiental.

Eleusis ainda afirma que mesmo sendo a vacina uma medida importante, hoje o Brasil não tem condições de chegar a toda população.

Confira a entrevista:

BDF PR: A que se deve o aumento de casos de dengue em determinadas localidades do país?

Eleusis Ronconi Nazareno. O Brasil apresenta uma epidemiologia para dengue diferente conforme cada região, estado e localidade. Há que se considerar o tamanho continental do Brasil que nos impede de falar em uma situação única para todo o país, uma vez que é equivalente a um conjunto de países de menor tamanho.

Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a incidência global da dengue aumentou consideravelmente nas últimas duas décadas, tanto em nível global quanto na região das Américas, onde são registrados 80% dos casos mundiais. Os dados do ano de 2024 mostram que o Brasil é responsável por cerca de 81% dos casos notificados nas Américas.

Porque o Brasil enfrenta uma epidemia de dengue e a que se deve?

Desde 1981-1982, quando se documentou uma epidemia de dengue em Boa Vista, Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4, o Brasil registra epidemias em vários locais do país.

A partir daí, a dengue passou a ocorrer de forma continuada, em algumas regiões de forma endêmica e com alternância de períodos de maior incidência e epidemias, com padrão sazonal, isto é, maior incidência em períodos quentes e chuvosos.

Esta situação de ocorrência permanente em baixos níveis, intercalada com altos índices, ou seja, de forma endemo-epidêmica é observada em várias regiões do país.

Quais os principais fatores que ocasionaram essa epidemia?

Se deve a diferentes fatores, tais como: a grande disseminação do vetor, Aedes aegypti, pelas áreas urbanas do país de difícil combate; a existência de populações ainda susceptíveis à infecção por algum dos quatro sorotipos do vírus, o que propicia aumento de casos quando da introdução de um novo sorotipo; o crescimento populacional desordenado com saneamento precário, principalmente relacionado à disposição inadequada de resíduos sólidos, devido à expansão crescente do consumo de mercadorias embaladas por materiais capazes de acumular água quando dispostos a céu aberto; fatores climáticos como o El Niño que favoreceram o aumento das temperaturas com ondas de calor prolongadas e chuvas intensas; o relaxamento das ações de combate em anos seguidos repercute nos anos subsequentes, pois as ações devem ser permanentes e de forma sistemática, especialmente em áreas urbanas contíguas, já que o mosquito se propaga sem respeitar “fronteiras” ou limites, sejam intermunicipais, sejam interestaduais e, ainda, a acomodação da população em relação à continuação dos cuidados intra e peridomiciliares para evitar o acúmulo de água parada, assim como a falta de ações para além do domicílio, na vizinhança ou bairro aonde estejam ocorrendo surtos da doença.

3. É a primeira vez que temos vacina contra a dengue? Ela será eficaz para conter a epidemia?

Já foi aprovada anteriormente uma vacina contra dengue, do Laboratório francês Sanofi, que era em três doses com seis meses de intervalo e cujos estudos mostraram ser mais segura a ser aplicada em pessoas que já tiveram a doença, pois assim evitaria riscos devido à imunidade cruzada entre os tipos de vírus. Mas, esta dificuldade, de comprovar a infecção anterior, somada a fatores operacionais em aplicar três doses, inviabilizaram o seu uso em larga escala e em situações epidêmicas.

Já o Laboratório japonês Takeda conseguiu uma vacina que com duas doses, com três meses de intervalo, mostrou eficácia para os quatro tipos de vírus próxima de 80% para a doença e 90% para hospitalizações, isto é casos graves.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde brasileiro acertou em comprar esta vacina para usar na nossa situação atual, porém o laboratório não tem como fornecer toda a quantidade que o Brasil precisaria de imediato, por questões de dificuldades na produção. As negociações foram para fornecer cerca de 5 a 6 milhões de doses no primeiro, 9 milhões no segundo ano até chegar a 50 milhões de doses em 5 anos.

Até lá, ainda vamos conviver com epidemias, surtos localizados e as demais medidas de controle do vetor e organização dos serviços para atender precocemente os casos graves continuarão muito necessárias.

Ainda temos uma terceira vacina desenvolvida pelo Butantã em parceria com o laboratório MSD, de vírus atenuado, que está em fase de testes com 16.235 voluntários de 13 estados brasileiros, que devem terminar em 2024. A grande vantagem dela é ter mostrado 79,6% de eficácia em dose única, além de ser tecnologia nacional.


Professora do Departamento de Saúde Comunitária, Eleusis Ronconi Nazareno / Leonardo Bettineli/UFPR

 

 

Editado por: Pedro Carrano
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