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CINEMA

Longa de drama com grande elenco começa filmagens em Porto Alegre

Com direção e adaptação de Lisiane Cohen, peça de Rui Rezende também tem artista veterano em cena

08.jul.2025 às 16h46
Porto Alegre (RS)
Carol Zatt
Longa de drama com grande elenco começa filmagens em Porto Alegre

Julia Lemmertz, atriz porto-alegrense radicada no centro do país, está participando de seu primeiro filme na Capital - Foto: Isidoro B. Guggiana

Dom Casmurro, Laços de Família, Grande Sertão: Veredas, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Morangos Mofados, O Tempo e o Vento. “Essa biblioteca é demais!”, diz Antônia (Fera Carvalho Leite), a filha caçula, ao chegar na casa do velho pai, Constâncio (Rui Rezende), que admite que tentou vender a vasta coleção de clássicos literários. 

Somente este trecho de Nós, que nos queremos tão pouco já dá diversos indícios do tom do texto desta peça teatral de Rui Rezende que chegará aos cinemas sob a adaptação e direção da gaúcha Lisiane Cohen. As filmagens do longa dramático sobre um reencontro familiar e com idas e voltas no tempo, mostrando duas fases distintas das vidas das personagens principais, começaram nesta segunda-feira (7) em Porto Alegre. 

Mas a cineasta explicou, antes da leitura aberta do roteiro na tarde de sábado (5) na Cinemateca Capitólio, que a produção está sendo rodada na capital gaúcha, mas a narrativa é ambientada em uma cidade do interior. Assim como a seleção dos títulos dos livros que aparecerão em tela não é gratuita, sugerindo ações para o enredo que se inicia, as paredes da locação terão sua voz: “É um casarão que fica aqui no bairro Petrópolis, na cidade, que, inclusive, está tombado, é muito bonito. Diria que 75% da história acontece dentro do casarão, justamente porque ele também é personagem. As questões que são lembradas no filme acontecem na casa”.

Fera Carvalho Leite interpreta Antônia, a filha caçula de Constâncio (Rui Rezende) – Foto: Isidoro B. Guggiana

Além de Antônia, a outra protagonista desse pesado drama é sua irmã mais velha Mara, interpretada por Julia Lemmertz, atriz porto-alegrense radicada no centro do país que está participando de seu primeiro filme na Capital. Na trama, as duas saíram do Interior e moram em São Paulo, porém não se visitam.

Economista bem-sucedida, com doutorado em Harvard, desde que foi embora aos 20 e poucos anos, Mara nunca mais havia retornado. Atriz e se virando em outras frentes, Antônia parece mais acessível, próxima e preocupada com a velhice do pai, uma figura e tanto.

Ambas se encontrarão, ao mesmo tempo, na cidade natal para receber o resultado da exumação do corpo da mãe, Mariana (vivida por Sandra Dani), que teria morrido em um acidente na estrada. Um traficante da região foi preso, e como se descobriu que ele subornava o perito para encobrir seus crimes, todos os atestados do profissional foram questionados, precisando passar por revisão. 

Adaptação de peça de Rui Rezende conta ainda com ator na frente das câmeras – Foto: Isidoro B. Guggiana

A roteirista ainda explicou, antes da apresentação do enredo na Capitólio, que havia realizado o curta Hoje tem felicidade com Rui Rezende e Thelma Reston em 2004, por isso conhecia o veterano ator e autor, e também o texto da sua peça. “Ali, para mim, é a grande virada para a Lisiane Cohen diretora de cinema. Foi um aprendizado gigantesco de direção, trabalhar com esses dois atores, com processos muito diferentes. Então, eles me ensinaram muito e foi uma virada de compreensão, mesmo, da direção.”

No entanto, quando a cineasta teve o primeiro contato com a dramaturgia de Nós, que nos queremos tão pouco, ela ainda não havia finalizado a sua Especialização em Psicanálise. “Atualmente, eu sou psicanalista, e, sem dúvida nenhuma, a Psicanálise me ajudou a construir tudo. Com o elenco, a gente entende cada personagem, porque age dessa forma, o que aconteceu, como isso bateu dentro da personagem e tal. Foi muito legal o processo, estamos trabalhando muito pra fazer um filme bem bacana. Hoje, a minha escrita é completamente atravessada. Eu não consigo mais não ter algo disso atravessado. Agora não tem mais o que fazer”, brincou. 

Meandros de uma narrativa delicada

Núcleo principal do elenco de drama filmado em um casarão tombado do bairro Petrópolis – Foto: Isidoro B. Guggiana

“Caudalosa”, foi o adjetivo que a atriz Julia Lemmertz utilizou para perguntar à diretora e roteirista  Lisiane Cohen, diante da plateia da Cinemateca Capitólio, o que a trama de Nós, que nos queremos tão pouco teria como característica para ser adaptada do teatro ao cinema. “Primeiro, o tema, não vou falar qual é, mas tem a ver com o que me movimenta nos últimos anos. Gosto muito da coisa do drama familiar, e eu achava que o drama familiar privado do cinema também seria uma coisa interessante”, respondeu a cineasta porto-alegrense.

Realmente, Lisiane tem razão, é difícil falar desse longa sem dar “spoiler”, sem “entregar” os mistérios que engendram o enredo desse encontro familiar repleto de questões delicadas do passado e do presente, mas que traz toques de humor, romance e ação.

A realizadora, no entanto, admitiu que ele será um “filme de atores” (com produção de elenco de Kaya Rodrigues), bastante focado nas interpretações e desenvolvido majoritariamente dentro de uma única locação, que, se imagina, falará com seus elementos cênicos. Nesse momento, o público porto-alegrense só teve acesso à palavra, ao que é dito nas sequências (com alguma prova das atuações dos excelentes atores presentes na leitura do roteiro).

Foram poucas as descrições fornecidas sobre a produção assinada por Ceicça Boaventura e Priscila Guerra. Nesse aspecto, é bom frisar, considerando os fatores fornecidos até esse instante, que a direção de fotografia de Maurício Borges de Medeiros e a direção de arte de Maíra Coelho precisarão se destacar nessa construção audiovisual, para que o resultado em tela, posteriormente, não soe como uma espécie de “teatro filmado”, mas propriamente uma adaptação cinematográfica.

Leitura do roteiro de Nós, que nos queremos tão pouco ocorreu na Cinemateca Capitólio – Foto: Franciele Lopes

A obra é feminina, sobre um assunto caro ao universo feminino, com certeza. Lisiane também destacou no evento o fato de o longa-metragem ter financiamento pelo edital Ruth de Souza, que tem pareceristas mulheres. De fato, é um roteiro que toca mais o âmago feminino.

Interessante observar que o autor original da trama é homem. E que homem! Talvez nem todos os presentes na Capitólio tenham percebido o privilégio que foi ver ao vivo Rui Rezende, aos 87 anos, interpretando sua própria criação. Aliás, muitos momentos únicos têm acontecido nesse lugar icônico de Porto Alegre sem receber a sua devida dimensão de reconhecimento.

Essa experiência não é inédita na Capital, mas é uma ação bem recente, no mínimo, para o audiovisual gaúcho. A veterana atriz local Sandra Dani, aos 77, contou ao final do evento que foi a primeira vez que participou de uma leitura de roteiro cinematográfico aberta ao público e disse que torce para que isso se torne uma prática. 

Aos 77 anos, a dona dos belos olhos verdes marcantes em curtas e longas do estado ainda observou com curiosidade que esta também será sua estreia contracenando com Fera Carvalho Leite, outra artista morena desses pagos lembrada pelos seus olhos claros e sedutores, que interpretará a sua filha (inclusive com esta semelhança física entre as duas).

Continuando na verossimilhança visual, parece mais do que natural que a personagem Mara, de Julia Lemmertz, seja vivida na juventude pela sua filha, Luiza Lemmertz, que além de possuir traços faciais singulares como os de sua mãe, tem um tom de voz deveras parecido com ela. 

Na leitura, a atriz demonstrou bastante desenvoltura ao lado do futuro parceiro de cena Rodolfo Ruscheinsky, ator de Porto Alegre que interpretará o namorado de Mara na primeira fase. Os dois estavam bem à vontade e desinibidos na interação. Deve vir coisa boa por aí!

Outro artista local que chamou a atenção no evento de apresentação do roteiro foi Cássio Nascimento, que fará Demétrio, um professor de Filosofia com doutorado na Sorbonne que é pupilo do patriarca da família e será par romântico de Antônia (Fera), a irmã caçula.

A adaptação traz alguns elementos narrativos contemporâneos interessantes que é a questão dos aplicativos de técnicas de saúde física e mental, como Yoga, aproveitando as habilidades corporais da atriz protagonista, e de perfis de influencers digitais em redes sociais de receitas vegetarianas – um toque crítico, porém engraçado, da nossa tragicomédia atual?

Já outro tema extremamente importante que aparece no filme é a pauta da inclusão de pessoas com deficiência (PcDs). Além dos desafios de mobilidade da personagem, Anselmo, assessor pessoal de Mara é surdo e vivido por André Paixão. Dessa forma, a comunicação por LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem grande representação na trama, inclusive com a própria Julia Lemmertz demonstrando conhecimento já adquirido para o papel.

Editado por: Katia Marko
Tags: cinema brasileirocinema nacional
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