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Cinco estrelas

‘O brega forma o país’: ex-Banda Uó, Candy Mel celebra raízes populares em estreia solo

Cantora mistura brega, afrobeat e samba em 'Cinco Estrelas' e reforça valorização da cultura fora do eixo Sudeste

25.jul.2025 às 21h07
São Paulo (SP)
Adele Robichez e Larissa Bohrer
Cantora Candy Mel

Cantora Candy Mel - Divulgação/Sesc

Ex-vocalista da Banda Uó, a cantora e compositora Mel Gonçalves de Oliveira, conhecida como Candy Mel, lançou seu primeiro álbum solo, intitulado Cinco Estrelas. O projeto, que começou a ser gestado em 2019, é descrito por ela como um trabalho profundamente sincero e carregado de referências afetivas e musicais de sua trajetória.

“Começamos pensando o que seria a Candy Mel solo, fora da Banda Uó, e tentando catalisar todas as minhas vivências também feitas dentro da banda. Eu quis ser muito sincera e essa foi uma grande busca, uma pesquisa muito interessante de fazer no meu corpo”, conta, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato.

No disco, Candy Mel percorre um caminho sonoro que vai da catira ao brega, passando por influências do samba do recôncavo, bolero, pop e música eletrônica. “Começamos com catira, aquela mistura que vem muito do sertanejo, do meu Goiás, do Centro-Oeste, e vai passando por várias outras sonoridades. Eu vi alguém comentando sobre o álbum de uma forma muito generosa comigo, falando que achou esse um dos álbuns mais sinceros do ano, e de fato é isso”, diz.

A produção foi feita ao lado de Nave e Fejuca, além de um time diverso de compositores e artistas convidados, como Liniker, Rico Dalasam, MC Tha e Jup do Bairro. “Para um debut, um primeiro álbum, consegui mostrar o que eu sou capaz e toda a minha pluralidade”, comemora.

A artista também critica a lentidão com que ritmos populares do Norte e Nordeste conquistam espaço na indústria musical do Sudeste, chamando atenção para o preconceito do mercado. “O brega forma um país. O brega é parte da cultura brasileira. Em Goiás, ouvíamos muito nos churrascos de família, tudo chega de uma forma muito gostosa. Mas há essa dificuldade de fazer com que esse ritmo chegue para o Brasil inteiro e tenha o reconhecimento necessário. É muito por preconceito da própria indústria”, pontua.

No entanto, segundo ela, a resistência artística é cada vez mais coletiva. “Existe um movimento muito grande de artistas do Brasil todo abrindo espaço para esse tipo de sonoridade. Eu acredito que o povo sempre vai falar muito mais do que qualquer instituição”, avalia.

“Beleza é poder”: presença trans além da representatividade

Ao reunir artistas negros e LGBT+ no álbum, Candy Mel reforça os valores que orientam a sua arte. “Para mim, foi muito importante trazer pessoas LGBT e negras para dentro do meu trabalho, assinalando o meu compromisso artístico com aquilo que de fato eu faço parte”, diz. “É sobre dizer que nós estamos aqui, em peso, fazendo o melhor que sabemos fazer de uma forma muito bonita”, explica.

Candy também comenta o simbolismo de ocupar espaços tradicionalmente negados às pessoas trans, especialmente no mercado da beleza. Para ela, estar presente em campanhas e espaços midiáticos não é apenas uma questão estética, mas política. “Beleza é poder”, declara. “Estar sendo vista nesse lugar de poder, de autoestima, é extremamente importante. Isso muda tudo, o cenário político, econômico. Passamos a ser vistas como humanas, como bonitas também, potentes”, argumenta.

A cantora reflete ainda sobre os desafios enfrentados pela comunidade no Brasil, país que ainda lidera os casos de assassinato de pessoas trans. “Não se apaga a vida de uma pessoa trans somente com armas. É um movimento todo que se fecha: as impossibilidades de crescer, de ter um emprego, de poder trabalhar numa padaria. Tudo isso atrapalha a nossa existência e faz com que desistamos, em muitos casos”, lamenta.

Diante disso, Candy destaca a importância de ocupar espaços de poder para transformar essa realidade. “É importantíssimo que estejamos nesses espaços e que várias estejam circulando até o sagrado dia, o almejado dia, em que a nossa presença seja natural. Essa é a minha grande missão”, defende, citando como exemplos as deputadas Duda Salabert (PDT-MG) e Érika Hilton (Psol-SP), únicas a ter um mandato na Câmara Nacional.

“O poder de criminalizar qualquer tipo de ataque contra nós está na política institucional. Tem que ter uma psique extremamente rígida, dura, potente para saber lidar com essas pessoas, porque ninguém quer dar espaço para a gente. Essa é a grande verdade”, aponta, fazendo um chamado por mais candidaturas trans e por um fortalecimento institucional.

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira, uma às 9h e outra às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

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