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Documentário ‘Tarifa Zero: Cidade em Disputa’ evidencia como transporte público afeta dignidade da população

A produção foi premiada no Short Way International Film Festival, na categoria Melhor Curta-Metragem

O documentário Tarifa Zero: Cidade em Disputa, uma produção do Brasil de Fato  em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo, será exibido nesta quinta-feira (24), na sede do BdF, na região central São Paulo, às 18h45. O curta-metragem aborda as profundas desigualdades sociais, raciais e ambientais relacionadas ao transporte público no Brasil. 

Em entrevista ao Conversa Bem Viver, a jornalista Katarine Flor,  coordenadora de comunicação da Fundação Rosa Luxemburgo e produtora executiva do documentário, evidencia os impactos da falta de um transporte público de baixo custo e com qualidade na vida das pessoas.

No curta, observamos os desafios da mobilidade pela perspectiva de Sebastiana e Júlio que dependem do transporte público de São Paulo para fazer tarefas básicas e rotineiras, como trabalhar e estudar.

 “Quando a gente vê a vida desses dois personagens se cruzando, um rapaz jovem e uma senhora, e ambos vindo de lugares diferentes de São Paulo, encontramos algo que é comum entre eles: o tempo que é perdido no transporte público”, destaca Katarine Flor. 

 O documentário traz para o centro do debate o direito à cidade e como a mobilidade, ou a falta dela, nos grandes centros urbanos como São Paulo, impacta a vida de milhares de pessoas, principalmente as mais vulnerabilizadas, mostrando como outros temas, como o racismo, também atravessam o problema do transporte no Brasil. 

“A gente percebe que o direito de ir e vir, principalmente de uma população periférica, negra e marginalizada, acaba sendo prejudicado. Quanto mais distante você mora dos centros urbanos, pior fica a sua mobilidade. Então, a gente nota que isso impacta o direito à saúde, impacta no direito à educação, ao lazer e ao trabalho. Então, afeta a dignidade da pessoa”, ressalta a jornalista.

Confira a entrevista na íntegra.

Como vocês confabularam dentro da própria fundação a ideia desse documentário, a concepção dele e a necessidade que vocês sentiram de que fosse para frente e acontecesse? 

Aqui na Fundação Rosa Luxemburgo, trabalhamos muito com diversos parceiros sobre o tema do direito à cidade e especialmente sobre o tema da tarifa zero. Tem o nosso coordenador de projetos, Daniel Santini, que também é pesquisador sobre o tema. Então, é um tema que para a gente é muito caro porque se pensarmos no que significa a tarifa zero, no que significa a mobilidade urbana, estamos falando sobre o direito de ir e vir.

A gente percebe que o direito de ir e vir, principalmente uma população periférica, negra e marginalizada de uma forma ampla do sentido dessa palavra, acaba sendo prejudicada. Quanto mais distante você mora dos centros urbanos, pior fica a sua mobilidade. Então, a gente nota que isso impacta o direito à saúde, impacta no direito à educação, ao lazer e ao trabalho. Então, afeta a dignidade da pessoa. 

Então, é um tema que para a gente é muito importante. Quando vimos  a possibilidade de construir um documentário sobre o tema, de imediato a gente pensou no parceiro, que é o Brasil de Fato, que poderia construir junto um debate bem qualificado e ampliar esse assunto de uma forma fantástica como ficou no documentário.

Como encontrou essas pessoas que retrataram de forma tão dura, porém necessária, a realidade que a população brasileira, principalmente quem vive nas margens das cidades, enfrenta todos os dias para ter lazer ou mesmo para ir trabalhar?

Essa na verdade foi uma escolha da equipe que desenvolveu o projeto. Mais do que para a fundação, foi uma escolha da equipe do Brasil de Fato mesmo. Nós tínhamos apontado como importante que esses personagens retratassem quem realmente sofre com os impactos da baixa qualidade e do custo do transporte. 

Então foi escolhida uma senhora que é a Sebastiana, que mora na Cidade Tiradentes e vem trabalhar diariamente no Centro de São Paulo. Sebastiana é uma mulher negra. Ela inclusive vai  estar na nossa apresentação, no prédio do Brasil de Fato. E foi fantástico porque ela representa muitas pessoas que saem para trabalhar todos os dias e não lhes sobra tempo sequer para passear com o cachorro ou para um momento de lazer.

E uma outra escolha foi um jovem estudante negro, militante. O que nos chama muita atenção na escolha dessa pessoa e que a equipe acompanhou, é que ele estuda, trabalha e gasta muitas horas, cerca de cinco horas todo dia. E aí tem um momento que ele fala: “Não sobra tempo para pensar em me cuidar, para fazer terapia”.

Quando a gente pensa nisso, a gente pensa que a pessoa trabalha, fica estressada, estuda, não tem tempo e cinco horas seria um tempo maravilhoso para esse estudante poder se dedicar mais ao que ele está estudando, se aprofundar mais.

E isso nos leva a pensar, por exemplo, que pessoas que moram mais próximas da universidade ou do trabalho podem com essas cinco horas estudar mais, ter lazer, dormir melhor, ir ao médico. Mas não é um tempo que boa parte da população de São Paulo e de outras cidades do Brasil e, porque não do mundo, poderia usar para ter uma qualidade de vida melhor.

Então a escolha desse desses personagens, eu atribuo principalmente à equipe que trabalhou com a gente no Brasil de Fato, a Carol Oliveira, que é diretora, o Marcelo Cruz, que também é diretor, ao Rodrigo Chagas e Rodrigo Gomes, que são coordenadores do filme.

Com a supervisão e roteiro do Vitor Shimomura e também da produção da Camila Aguiar e de outras pessoas que, de alguma forma, contribuíram para esse filme. Então, esse filme é uma construção coletiva, foi pensado inicialmente aqui pela fundação, mas teve um desenvolvimento e escolhas muito acertadas. 

Então, quando a gente vê a vida desses dois personagens se cruzando, um rapaz jovem e uma senhora, e ambos vindo de lugares diferentes de São Paulo, mas encontramos algo que é comum entre eles: o tempo que é perdido no transporte público, que poderia ser diferente.

E o que me chama muita atenção, eu sou originalmente do Rio, que também não tem um transporte bom, é bem complicado, mas pensando aqui em São Paulo, que tem às vezes distâncias curtas, eu não consigo contar o quilômetro, eu conto tudo por tempo, às vezes distâncias muito curtas, levamos tanto tempo no transporte, que parece que é longe, mas é perto.

Então, eu acho que é isso sobre os personagens, agradeço a equipe que trabalhou com a gente, que foi uma equipe fantástica e que fez boas escolhas.

Me parece que existem debates intrínsecos quando falamos sobre o direito à cidade, sobre a tarifa zero, e quais são as populações mais impactadas. E o filme retrata isso muito bem com a escolha desses personagens, mas também com os debates, com as falas, com os argumentos que vão aparecendo por parte dos especialistas. Isso também foi uma ideia concebida desde a originalidade desse documentário? Que outros assuntos importantes são intrínsecos?

A tarifa zero  é fundamental porque o preço, o custo do transporte é importante. Às vezes é determinante para uma pessoa decidir se vai sair de casa para ir ao médico ou não. 

Uma coisa que me impacta muito é pensar, por exemplo, nas áreas que têm desertos alimentares. É um conceito que eu aprendi e me impactou muito. É pensar que tem áreas da cidade que não tem um sacolão perto. Ou seja, a pessoa não tem a possibilidade de comprar uma fruta fresca sem ter que usar um transporte para chegar a um sacolão, ou a um supermercado, onde tem esse alimento e ter acesso a uma alimentação de qualidade.

Então, se a gente pensar que a população periférica é mais afetada por uma questão econômica, isso é um somatório de coisas graves. 

De pensar também, por exemplo, as mulheres negras periféricas,  que recaem sobre elas as tarefas de cuidado, que é um absurdo isso ainda ser assim, hoje em dia, mas ainda é a realidade, que são as mulheres que cuidam de familiares de doentes, de crianças. 

E aí você pensa, familiar doente, essa mulher precisa pegar um transporte para levar no médico, precisa pegar um transporte para levar a criança na escola, para comprar comida, para fazer uma série de atividades. O custo disso é absurdo. E uma cidade que não está preparada, que não tem um supermercado perto, que não tem, às vezes, um posto de saúde próximo, então, tudo para quem está nas periferias de São Paulo, por exemplo, em outras do do Brasil até, você precisa se deslocar para fazer alguma coisa. 

Então, você tem custos e soma também a qualidade do transporte, que é ruim. Quanto mais periférico você está, pior é o transporte. Pode ser que não tenha trem perto, pode ser que não tenha o metrô perto. O ônibus pode passar a cada ‘X’ horas, atrasar. Então, a gente vai tendo um somatório de problemas que vai aumentando o tempo no transporte público e a desistência, seja econômica ou seja pela possibilidade de mobilidade que as pessoas têm. Principalmente as pessoas periféricas, muitas negras, muitas mulheres e aí vai se somando uma série de problemas. 

E estamos falando de bem viver, que as pessoas possam ter qualidade de vida. Então é muito interessante, e triste ao mesmo tempo, observar o quanto a qualidade e o custo do transporte impactam na nossa vida como um todo.

O que se discute para para qualificar e melhorar o transporte público das grandes cidades do país? Como, por exemplo, os grandes debates sobre a qualidade do transporte vêm sendo tomados por essa “revolução verde”? A que interesses ela serve? Quem está bancando? Quem vai ser financiado? Quem vai ser favorecido com esse tipo de transição verde? Queria te ouvir um pouquinho sobre essa escolha editorial de ter colocado um assunto que de alguma maneira parece que foge um pouquinho do debate em si, mas na verdade tem tudo a ver, porque mais uma vez, a cidade está em disputa, o que a gente quer colocar como prioridade quando falamos de transporte público de qualidade? 

Uma boa questão é quem define o transporte, as políticas de transporte na cidade. É quem realmente precisa usar esse transporte de forma mais intensa, quem pega ônibus, quem pega metrô, quem é que define? Essa pergunta eu vou deixar em aberta, que eu acho que é para a audiência do Bem Viver pensar e também se sentir estimulado.

E eu acho que isso também é um pouco da proposta do documentário: estimular as pessoas a pensar mais sobre a mobilidade e sobre o papel das pessoas, nós, moradores das cidades, nas definições de políticas. 

Então, convidar as pessoas a participarem, ver formas de como se mobilizar, o que também é complexo se pensar que a pessoa estuda e trabalha, gasta cinco horas no dia. Essas cinco horas seriam fantásticas também para pensar o seu tempo, em como melhorar a qualidade de vida na sua cidade. O documentário também dá pistas, estrategicamente pensado, pensando em nós, classe trabalhadora. 

Agora, sobre a questão da “Revolução Verde”, vou chamar assim, me chocou muito quando eu vi numa pesquisa da Fundação Rosa Luxemburgo, que saiu no ano passado, que chama  ‘Em Nome do Clima’, uma projeção de mais de 8.000% de aumento de mineração de lítio no mundo.

Ora, estamos falando de uma transição energética que está baseada no aumento da proporção de mineração, isso só falando do lítio, sem falar de outros minerais que são importantes também.

O lítio é importante para bateria de equipamentos elétricos, como computador e outras coisas, mas pensando no nosso tema, baterias de carros elétricos, que são tidos hoje como um caminho fantástico para a gente poder fazer essa mudança nas cidades. 

Só que vamos pensar em São Paulo, uma cidade abarrotada de carros. Se a gente substituir cada carro que é por combustão por carro elétrico, vai solucionar o problema? A gente vai continuar tendo um monte de carro. Pode reduzir, vamos pensar, os poluentes no ar. Mas, ao mesmo tempo, vamos estar aumentando a mineração e não vai resolver a questão da mobilidade.

O Júlio vai continuar talvez levando as mesmas cinco horas para se locomover entre trabalho e faculdade. Então é uma solução? E a questão é que assim, a solução parece tão simples: melhorar a qualidade e o custo do transporte público. 

O valor da do transporte, ele é fundamental e é importantíssimo. E ele precisa ser associado a outras coisas, como a qualidade do transporte. Investir, por exemplo, em transportes elétricos como trens, trens elétricos que transportam muito mais pessoas por hora do que o carro elétrico, do que um ônibus, mesmo que elétrico.

Então, melhorar a qualidade do transporte, a disponibilidade do transporte, não somos contra a eletrificação de ônibus, de metrôs, de transportes públicos coletivos. Mas esses transportes precisam ter qualidade.

A gente precisa de cidades que sejam agradáveis para se locomover a pé. Calçadas quebradas, a gente tem lugares onde não conseguimos passar a pé, imagina um cadeirante. Como uma pessoa com mobilidade reduzida consegue transitar em São Paulo? Então, temos que ver a questão da mobilidade como um todo.

Em uma cidade como o Rio de Janeiro, por exemplo, que é super quente, a gente precisa de árvores, de passeios, de calçadas arborizadas, lugares agradáveis, ciclovias eficientes. Não são ciclovias que começam num ponto e termina em lugar nenhum. Pensar em bicicleta, por exemplo, como um um veículo capaz de mobilidade.

E além disso, claro, não está no documentário, mas pensando na cidade, as áreas de desertos alimentares precisam acabar. A gente precisa ter trabalho próximo ao local de moradia. A gente precisa pensar a cidade. 

Esse documentário é curto, tem 30 minutos mais ou menos, mas ele também é um convite para quem assiste esse documentário a pensar o seu direito à cidade e como podemos ter cidades melhores. Eu falei um monte de coisa aqui, mas coisas que estão na minha cabeça, mas outras pessoas podem ter ideias muito melhores. Eu acho que a gente traz esse desafio de pensar a cidade por quem usa, por quem vive na cidade.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio SINTSEPANSA; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.

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