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medidas severas

Após quarentena rigorosa, Índia tem 2 casos a cada 100 mil habitantes; Brasil tem 35

País asiático adotou as medidas de isolamento mais rígidas entre todas as nações afetadas pela pandemia

29.abr.2020 às 08h39
Nova Delhi (Índia)
Praveen S.

Trabalhadoras costuram máscaras durante bloqueio nacional imposto pelo governo da Índia como medida preventiva contra coronavírus - Arun Sankar / AFP

Quase 50 dias após registrar a primeira morte por covid-19, a Índia começa a colher os frutos de um período de isolamento rigoroso. E não se trata apenas do azul que voltou a colorir o céu de Nova Delhi, capital do país e uma das cidades mais poluídas do planeta.

O pais asiático contabiliza 2,32 casos do novo coronavírus para cada cem mil habitantes. Para se ter uma ideia, o índice no Brasil é de 34,8. Ou seja, a incidência proporcional do vírus é 15 vezes maior do que na Índia.

O número de mortes por covid-19 também parece refletir a eficácia das medidas de distanciamento social, consideradas as mais restritivas entre todas as nações afetadas pela pandemia. Até o momento, a doença matou 1.008 indianos — um quinto do número registrado no Brasil, que tem uma população seis vezes menor.

“Países adotam diferentes critérios para definir quem será testado, que tipo de testes serão feitos e com qual intensidade. Por isso, as comparações com base em números absolutos nem sempre são ideais”, explicou o médico Prashanth Nuggehalli Srinivas, pesquisador do Instituto de Saúde Pública (IPH) em Bangalore, no sul da Índia, em entrevista ao Brasil de Fato.

“É preciso sempre considerar as diferenças populacionais e as políticas de testes adotadas. Mas é claro que qualquer medida que reduza a chance de as pessoas se encontrarem e conviverem, como fez a Índia, tende a funcionar, porque desacelera a transmissão”, completou.

Ambos os governos reconhecem que há subnotificação dos casos. A Índia testou cerca de 550 mil pessoas até o momento. O governo brasileiro não sabe informar quantos testes foram feitos nem quantos kits para testagem estão disponíveis.

Um levantamento da Universidade de Oxford, no Reino Unido, colocou o Brasil em 60º lugar entre 75 países, considerando o número de testes de covid-19 realizados até o momento para cada 1 milhão de habitantes. A Índia aparece na 66ª posição.

Nas últimas 24 horas, o Brasil teve 5.789 novos casos e 480 mortes por coronavírus. A Índia registrou 1.897 novos casos e 73 óbitos por covid-19. O número de pacientes recuperados é de 32,5 mil no Brasil e 7,5 mil na Índia.

Perspectivas

A quarentena na Índia, que começou no dia 24 de março, está prevista até 3 de maio. Porém, há expectativa de que as políticas de isolamento sejam estendidas por mais duas semanas em cinco estados, incluindo as regiões de Nova Delhi e Mumbai, cidades mais populosas do país.

Por enquanto, as ruas seguem vazias em todo a Índia. Só se a admite circulação de trabalhadores de serviços essenciais e de quem sai de casa para comprar comida ou medicamentos. Mesmo nesses casos, há relatos de violência e repressão policial contra cidadãos que teriam "rompido a quarentena", especialmente no interior do país.

Os estados mais afetados são Delhi, Maharashtra, Madhya Pradesh, Gujarat e Uttar Pradesh, no centro, na costa oeste e no norte do país.

O principal desafio, segundo analistas, será o custo social e econômico da paralisação. O primeiro-ministro Narendra Modi anunciou dois pacotes de auxílio totalizando o equivalente o R$ 123 bilhões. Mesmo assim, pesquisas apontam dezenas de mortes causadas pelo abandono do Estado aos trabalhadores migrantes e às famílias vulneráveis durante a pandemia.

A Índia tem 800 milhões de pessoas em situação de pobreza e quase 90% da força de trabalho atua na informalidade, sem nenhum tipo de seguridade social. Cerca de 600 milhões de indianos têm escassez de água e 194 milhões estavam subnutridos antes mesmo do início das paralisações.

Alerta

O governo indiano investe menos de 1,3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde. Há um mês, o país era visto como um “terreno fértil” para o vírus, devido a suas mazelas históricas e perfil demográfico — falta de saneamento básico e alta densidade populacional nas periferias das grandes cidades, por exemplo.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o médico indiano Mradul Kumar Daga ressaltou que, enquanto a ciência busca compreender as origens e o comportamento do novo coronavírus, não há medida mais eficaz que o isolamento social.

“Não tenho dúvidas de que o vírus estará por aí. Ele vai continuar circulando por um bom tempo”, disse. “Foi assim com a gripe suína de 2009, que vai e vem. Talvez a saída seja alternar os períodos de isolamento, com as informações que temos hoje. Mas não há razão para pânico, porque a severidade e os números caem ao longo dos anos. Então, a covid-19 seguirá conosco, mas será menos letal com o passar do tempo”.

Sobre os méritos da Índia na contenção da pandemia até o momento, o médico indiano cita o exemplo do estado de Kerala, na região sul, que realizou testes massivos e adotou quarentenas de 28 dias — o dobro do recomendado pela OMS.

O setor privado concentra 72% dos hospitais e 60% dos leitos hospitalares na Índia. O governo central cogita transformar parte das instituições privadas em unidades de atendimento exclusivo a pacientes de coronavírus, para aliviar a sobrecarga do setor público após a quarentena. O Ministério da Saúde não divulgou o valor estimado do investimento nem quais hospitais estariam na mira do Estado.

Sem políticas de isolamento social, o sistema público indiano — menos abrangente que o Sistema Único de Saúde (SUS) — não seria capaz de absorver o aumento do número de pacientes durante a pandemia. Hoje, nenhuma cidade indiana registra falta de leitos de UTI para tratamento da covid-19, ao contrário do que ocorre em capitais brasileiras como Manaus, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro.

Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos quatro chefes de Estado que se omitiu ou se posicionou contra medidas de isolamento social para conter o vírus. Completam a lista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, Aleksandr Lukashenko, da Bielorrússia, e Emomali Rakhmov, do Tajiquistão.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: brasilcovideconomiaíndiasaúde
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