O presidente do Haiti, Jovenal Moise, foi assassinado dentro da própria casa na madrugada desta quarta-feira (7). A informação foi transmitida pelo premiê interino do país, Claude Joseph, e confirmada por agência de notícias.
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O ataque, por volta da 1h, foi feito por um grupo ainda não identificado, mas alguns dos envolvidos estariam falando em espanhol.
A primeira-dama, Martine Marie Etienne Joseph, também foi baleada. Informações do correspondente do Brasil de Fato, Lautaro Rivara, apontam que a primeira-dama teria sido transportada para a Flórida, nos EUA, em estado grave. Não há qualquer confirmação de sua morte até o momento.
Joseph repudiou o “ato odioso, inumano e bárbaro” e pediu calma. “Todas as medidas para garantir a continuidade do Estado e proteger a Nação foram tomadas. A democracia e a República vão vencer.”
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Autoridades do país disseram ter frustrado uma “tentativa de golpe” de Estado contra o presidente, que teria sido alvo de um atentado mal sucedido em fevereiro. Mais de 20 pessoas foram presas na ocasião, inclusive um juiz federal do Tribunal de Cassação e uma inspetora geral da Polícia Nacional.
A oposição negou uma tentativa de golpe, mas há meses pressionava pela renúncia de Moise e pela nomeação de um presidente interino para um período de transição.
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Governava por decretos
Moise governava o Haiti desde 2017 e, no ano passado, rompeu com o Legislativo e passou a governar por decretos. Ele dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, o que causou revolta da oposição, que reclamava o fim do mandato em 7 de fevereiro deste ano.
A atual crise política no Haiti se iniciou na última eleição presidencial, realizada em 2015. No país, o mandato do presidente dura cinco anos e começa no dia 7 de fevereiro do ano seguinte às eleições.
As eleições de outubro de 2015 terminaram com a vitória de Moise no primeiro turno, mas a votação foi anulada após denúncias de fraude. Declarado vencedor na eleição organizada um ano depois, o atual presidente assumiu o cargo finalmente em 7 de fevereiro de 2017. Por isso, Moise dizia ter direito a um mandato de 60 meses, enquanto a oposição afirma que o presidente já teria cumprido o período legal do mandato.
* Notícia atualizada às 11:20
* Notícia novamente atualizada às 14:24